O OUTRO O CONDUZIRÁ
por Henri Nouwen
O mundo diz: “Quando vocês são jovens são dependentes de seus pais e não podem ir aonde querem, mas quando ficarem mais velhos serão capazes de tomarem suas próprias decisões, tomar seus próprios caminhos e controlar seus próprios destinos”.
Mas Jesus nos dá uma visão completamente diferente da maturidade: é a habilidade e a disposição de ser guiado pelos outros.
O caminho do líder cristão ao é o caminho da ascensão, no qual o mundo investe tanto. É o caminho descendente que termina na cruz.
Aqui nós focamos na qualidade mais importante da liderança cristã no futuro. Não é uma liderança de poder e domínio, mas uma liderança de fraqueza e humildade, através da qual o servo sofredor de Deus, Jesus Cristo, se manifesta. Obviamente, não estou falando sobre uma liderança psicologicamente fraca, na qual o líder cristão é simplesmente a vítima passiva das manipulações do seu meio. Não, estou falando de uma liderança na qual o poder é constantemente abandonado em favor do amor. É uma verdadeira liderança espiritual.
O líder cristão do futuro precisa ser radicalmente pobre, viajando sem nada a não ser um cajado (“sem pão, sem mochila, sem dinheiro, sem uma segunda túnica” Mac. 6:8).
O que há de bom em ser pobre? Nada, exceto que isto nos oferece a possibilidade de exercer liderança, deixando que outros nos liderem.
Passaremos a depender das respostas positivas ou negativas daqueles a quem somos enviados e, dessa forma, seremos realmente conduzidos para onde o Espírito de Jesus nos quer guiar.
A abundância e as riquezas nos impedem de realmente discernir o caminho de Jesus.
Paulo escreve a Timóteo:”Mas os que querem ser ricos caem em tentação e cilada, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens na ruína e perdição” (I Tim. 6:9).
Se há alguma esperança para a Igreja no futuro, será a esperança de uma Igreja poder, que tem líderes dispostos a serem liderados.
Retirado do livro: Líder Cristão do século XXI
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