Ética e Liderança Cristã: 2016

segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

Liderança é uma Escolha


O pai estava em cima de uma escada alta, pintando alguns detalhes das janelas do segundo andar da casa e o seu filho de 4 anos, buscando imitar o pai, sem que alguém percebesse, decidiu subir os degraus.A mãe, quando viu o menino na metade do caminho ao topo, entrou em pânico e começou a gritar. O pai que estava concentrado em seu trabalho, ouvindo os gritos, olhou para baixo e só então percebeu o perigo. Fazendo sinal para que a mãe parasse de gritar, ele disse calmamente à criança:– Filho, olhe para cima, olhe para o papai e continue subindo.E assim que o menino chegou mais perto, o pai segurou-o em seus braços e o ajudou a descer em segurança.

Muito além de uma posição, uma sala, um cargo, uma cadeira ou uma caixinha no organograma, liderança é uma Escolha; a escolha de comprometer-se com os melhores resultados, mas também e principalmente, com as pessoas que entregam estes resultados. A escolha de deixar um legado que não seja apenas determinado pelos bens que você deixou, pelas organizações que liderou, pelos recordes que estabeleceu ou pelos produtos que desenvolveu, mas também pelas vidas que influenciou e pelos líderes que formou, contribuindo assim para que as organizações se tornem mais humanas e sustentáveis, e o futuro seja um lugar melhor para todos.
Infelizmente, existem muitas pessoas que chegaram ao “topo da escada”, ocupam posições de liderança, mas ainda não escolheram liderar. Chefes distraídos, que ainda não perceberam que, a partir do momento em que passam a ocupar posições de maior destaque, responsabilidade e projeção, as pessoas o escolhem como referência e exemplo e, por isso, tendem a “seguir os seus passos”. Você pode não gostar e até mesmo não aceitar essa responsabilidade, contudo, essa escolha não é você quem faz, mas as pessoas que estão ao seu redor. Querendo ou não, as pessoas estarão buscando referências em você.
Talvez você esteja pensando: “Então, já que eu passo a ser referência para as pessoas, preciso me tornar alguém perfeito?”. Não! Não existem líderes perfeitos, mas tampouco existem líderes que não estejam em aperfeiçoamento. Assim como em casa você anseia que seus filhos se tornem pessoas e profissionais de sucesso, e o seu exemplo é a melhor maneira de ajuda-los nessa jornada; em sua organização, como alguém que ocupa uma posição de liderança, o seu desejo também deveria ser de ajudar aqueles que estão nos “degraus mais baixos”, a se sentirem inspirados por seu exemplo e então se esforçarem pra subir a escada. E pra isso, você não precisa ser perfeito; mas apenas demonstrar com suas atitudes que está tentando melhorar, que se interessa genuinamente pelas pessoas, e que elas podem se arriscar em subir esses “degraus” num ambiente seguro, onde o erro inédito não será motivo de punição, mas de aprendizado, e que você estará por perto caso elas necessitem de sua ajuda.

Publicado em Blog do Fabossi

segunda-feira, 3 de outubro de 2016

5 dicas para ser um líder autêntico e responsável

Poucas transições testam o caráter de uma pessoa quanto a de assumir um papel de liderança de alto escalão.
Uma coisa é ser proficiente em uma função ou conjunto de habilidades em particular, outra bem distinta é assumir a responsabilidade e ganhar o respeito de funcionários com diferentes histórias de vida, funções e culturas.
Para muitos líderes, esta transição é marcada por um período de autoquestionamento. O recém-nomeado pergunta a si mesmo: Será que sou forte o suficiente? Extrovertido o suficiente? Conseguirei lidar com exposição constante? Perante esta incerteza, os líderes naturalmente buscam modelos que possam copiar.
No entanto, curiosamente, nem sempre o melhor caminho é imitar os estilos de liderança dos outros.
"Muitas vezes as pessoas acham que precisam mudar ou se moldar em uma versão idealizada de liderança", diz Brenda Booth, professora titular de prática de gestão na Kellogg School.
"Isto cria uma espécie de síndrome do impostor. Elas pensam que, se forem verdadeiramente autênticas, as pessoas não irão aceitá-las".
Tornar-se um líder não exige adotar uma nova personalidade. Significa amplificar seu verdadeiro eu, com foco e disciplina. A chave é ser autêntico, apoiando-se nas próprias experiências, valores e pontos fortes.
"A autenticidade não é desculpa para estar focado excessivamente em si mesmo", diz Brooke Vuckovic, professora leitora de coaching de liderança na Kellogg School. "É estar alinhado ao seu caráter e valores, a fim de liderar de forma eficaz. Isso dá trabalho".
Assim, como um novo líder sênior alcança este alinhamento? Booth e Vuckovic oferecem cinco dicas de liderança autêntica.

1. Conheça a si mesmo
"A pedra angular da autenticidade é o autoconhecimento", diz Booth. "É se sentir confortável consigo mesmo para poder liderar a organização de forma a não se sentir eticamente comprometido ou como se fosse um charlatão".
Em parte, isso significa estar consciente do seu caráter singular, seus valores, pontos fortes e deficiências. Décadas de pesquisa sobre liderança mostram que não há uma maneira certa de liderar.
Ao contrário, o que distingue os líderes é sua capacidade de compreender o impacto que têm sobre outras pessoas. "Muitos líderes são caracteristicamente extrovertidos", diz Booth.
"Eles prosperam em ambientes sociais e dão discursos ousados e inspiradores. No entanto, os tipos mais introvertidos também podem ser grandes líderes".
Tomemos, por exemplo, Douglas Conant, um introvertido assumido (e formado pela Kellogg) que se tornou CEO da Campbell's Soup em 2001, um ano turbulento para a empresa.
A despeito do período de demissões durante essa época, Conant conseguiu elevar a moral, alcançar resultados e ganhar o respeito dos funcionários de toda a empresa.
Conseguiu essa feita não por meio de discursos grandiosos, cerrando o punho em reuniões em toda a empresa, mas sim aproveitando seu dom natural de conexão em ambientes mais íntimos.
Um das suas marcas comportamentais registradas era andar pelos corredores, o que lhe permitia conhecer os funcionários individualmente ou em pequenos grupos. Ele sempre enviava notas escritas à mão para as pessoas que queria reconhecer.
"Essa era sua versão de liderança autêntica", diz Booth. "Tinha um toque pessoal". A questão não é encontrar a medida apropriada no indicador de introversão-extroversão, mas simplesmente estar ciente da sua personalidade e usá-la em seu benefício.
Talvez ainda mais importante do que a personalidade é compreender os próprios valores e propósitos.
Uma maneira de explorar valores e propósitos, diz Vuckovic, é reservar um tempo para fazer um levantamento da sua vida em capítulos detalhados, o que pode ajudar a compreender a si mesmo em termos narrativos.
"Histórias ajudam os líderes a explicar de onde vieram, o que eles representam e por que eles lideram. Tudo isso está relacionado à visão que projetam", diz a pesquisadora.
"A maioria dos líderes não é movida apenas pelo valor ao acionista", continua. Por isso, é importante desenvolver uma forte compreensão daquilo que o motiva e como você deseja motivar outras pessoas.
"O reconhecimento é importante? É importante ter uma cultura adepta à diversão? Quanto mais claro você for sobre o que motiva você e as pessoas ao seu redor, mais autêntico e eficaz você será como líder".

2. Saiba como se conectar
Seja discursando em um auditório lotado ou conversando com um funcionário, é importante estabelecer uma conexão sincera que corresponda às necessidades da situação.
"Esta capacidade de se conectar e demonstrar acessibilidade é um componente central da presença do executivo. As pessoas que demonstram as qualidades que compõem a "simpatia" transmitem cordialidade, sem dúvida, mas também congruência", diz Vuckovic.
Em outras palavras, suas ações devem estar alinhadas com suas palavras, e suas palavras com seu lado emocional.
Porém, ser congruente implica também se adaptar à situação do momento. Se um líder se prepara para uma grande reunião, mas apenas seis pessoas participam, insistir em aderir ao roteiro original pode fazer as pessoas presentes perderem o interesse.
"Geralmente é a incongruência que faz as pessoas sentirem que você não é autêntico", diz ela.
Os líderes também devem ser hiperconscientes da cultura na qual operam. "Você quer ser você mesmo, mas com atenção", diz Vuckovic.

3. Seja discreto
"Ser líder autêntico não significa revelar detalhes pessoais inadequados, falar sobre si mesmo incessantemente ou dizer às pessoas como você se sente o tempo todo", diz Vuckovic.
"A questão em ser autêntico é que isto o libera para focar nas outras pessoas. Assim, você deve sempre se perguntar antes de expressar algo pessoal: É relevante para a tarefa em questão? Contribui para que esta pessoa entenda meus valores e a decisão em pauta?"
Divulgar informações demais, especialmente se for algo altamente íntimo, pode causar um impacto negativo na reputação do líder e pode pôr em dúvida sua capacidade de monitorar a si mesmo.
Há também a questão de como os líderes transparentes devem se comportar quanto à tomada de decisões de alto nível.
"Às vezes, ser totalmente transparente não é nem prudente nem uma opção", diz Booth. Leve em consideração um cenário em que a administração sênior discute uma possível reorganização.
Se a decisão ainda não foi tomada, não faz sentido compartilhar estas informações com os funcionários, pois a produtividade seria claramente prejudicada.
E, no caso de fusão ou cisão, a diretoria deve, às vezes, manter as informações sigilosas por razões de confidencialidade.

4. Coloque seus pontos fortes em jogo
Todo líder tem pontos fortes e fracos. Alguns são bons em levantar o moral, outros são bons em assegurar a produtividade. Alguns são mentores natos, outros preferem manter mais distância.
É importante conhecer suas limitações e descobrir como compensá-las, possivelmente, certificando-se de que outros líderes podem ajudar a desempenhar esses papéis.
"Se for necessário impor reduções de custos ou cortes de pessoal deverá haver uma liderança mais forte", diz Booth. "Se precisar elevar a moral, será preciso outro tipo de liderança".
Um único líder pode conseguir fazer as duas coisas com autenticidade, mas nem todos têm essa capacidade. "Algumas pessoas são programadas para serem duronas", diz ela, apontando para Donald Rumsfeld, famoso na comunidade de espionagem por sua eficiência implacável.
"Ele chamava aleatoriamente supervisores ou analistas de linha de frente para perguntar-lhes o que estavam fazendo", diz ela. "Não é a pessoa ideal para elevar o moral".

5. Continue pedindo feedback
Líderes autênticos acolhem feedback, tanto formal quanto informal, embora Booth adverta contra a se preocupar demais com a popularidade.
"Ser autêntico não é um concurso de popularidade", diz Booth. "As pessoas podem não gostar do que você faz, mesmo se você for autêntico. Mas se você se concentrar no que é certo para a organização, fazer escolhas éticas e tratar os funcionários com dignidade, é provável que você ganhe o respeito da grande maioria".
Se o feedback tratar de uma fraqueza conhecida, por exemplo, impaciência crônica, é útil acompanhar seu próprio progresso.
Um líder pode, eventualmente, ficar sabendo de uma falha sobre a qual não tinha conhecimento, digamos, uma linguagem corporal estranha. Também deverão ter em mente o contexto do feedback ao decidir sobre como reagir.
Vuckovic toma o exemplo de um líder introvertido cujo antecessor era extrovertido e carismático: "Alguém poderia dizer a você: 'Eu queria que você fizesse mais reuniões divertidas como costumávamos fazer, elas deixavam as pessoas realmente empolgadas'", diz ela.
"E digamos que você já tenha visto algumas delas e sabe que não poderia reproduzi-las de forma autêntica, e que você seria uma imitação barata. Primeiro, é necessário determinar o que essas reuniões divertidas almejavam—seria a comunicação? Socialização com os demais? Comemoração? Para você, pode ser melhor atingir essas metas de forma diferente ou apoiar alguém na realização dessas reuniões. Identifique o que é necessário, depois determine "como" de uma forma que seja autêntica para você".
"Você precisa de pessoas honestas para atuar como amoladores para mantê-lo afiado e em linha com seus valores", diz Vuckovic. "Mas lembre-se: filtre este feedback e decida sobre no que agir. Pode haver momentos em que você diz 'Eu te ouvi, eu entendo o que você está dizendo, mas não vou mudar nada'".

Texto publicado com a permissão da Northwestern University (em representação da Kellog School of Management). Publicado originalmente no Kellogg Insight.

Publicado em Exame

Ética bíblica versus ética cultural

A proposta da ética do mundo é manter o desfrute dos prazeres pecaminosos, eliminando suas consequências naturais. A pílula do dia seguinte mata o óvulo fecundado antes da nidação, que é sua fixação nas paredes do útero para desenvolvimento (algo que acontece cerca de dez dias após a relação sexual). Dizem que um óvulo nos primeiros dias após a fecundação não é um ser humano. Por conseguinte, não possui dignidade ou direitos humanos.
Biblicamente, o melhor modo de impedir uma gravidez indesejada é resguardar-se sexualmente para o casamento. Nossos atos acarretam resultados, isso se chama responsabilidade.
Quanto à legalização da prostituição, todas as pessoas devem ser tratadas com respeito e jamais rechaçadas por preconceito ou orgulho. Ademais, cabe ao Estado garantir aos cidadãos o acesso à saúde, educação, segurança e inclusão social. Até um criminoso deve ser tratado como gente, criatura de Deus. Mas não se pode concordar com a erotização cultural, a banalização do sexo e a comercialização do corpo. Essas práticas afetam tanto a vida física, quanto espiritual (1Co 6.9-20; 1Ts 4.1-8). Sendo assim, os cristãos discordam do estabelecimento da prostituição como profissão.
Resumindo, não é bom ou certo, aquilo que a Bíblia diz que é ruim e errado. Além disso, evitamos até mesmo aquelas coisas que não são necessariamente pecaminosas, mas podem gerar obstáculos ao testemunho e evangelização (1Co 9.16-27; 1Ts 55.22).
Dito de outro modo, há um sentido em que a fé bíblica é contracultural e parece antiquada. Orientados pela noção de que o ser e a autoridade de Deus devem ser percebidos em todas as áreas da vida, nos posicionamos a favor de qualquer proposição que, ao mesmo tempo, beneficie o ser humano e honre devidamente a Deus.

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Autor: Rev. Misael Nascimento
Fonte: IPB Rio Preto

Publicado em Bereianos

sábado, 20 de agosto de 2016

5 estilos de liderança e quando eles funcionam melhor

Tomar decisões, direcionar a equipe e comandar projetos são algumas das atribuições de um líder.
Não existe, porém, uma fórmula única para executar essas tarefas com sucesso. Dependendo do objetivo a ser alcançado, o estilo da chefia pode variar – e muito.
O professor George Kohlrieser, da escola de negócios suíça IMD, uma das mais importantes do mundo, criou um guia com cinco tipos de liderança, indicando para quais situações eles funcionam melhor.
O trabalho foi baseado em conceitos definidos pelo psicólogo e consultor Daniel Goleman e foi cedido com exclusividade a EXAME.com.
Veja abaixo:

1. Liderança coercitiva
O que é: é aquele estilo de liderança retratado no ditado "manda quem pode, obedece quem tem juízo". É marcado por controle e comando.
Funciona? Sim, mas nó no curto prazo. "Ameaças funcionam se você aumentar o grau delas cada vez mais. Quando líderes coercitivos ficam sem ameaças novas, eles não conseguem fazer as coisas", escreve Kohlrieser.
Deve ser usado? É uma boa alternativa para situações de crise, para ajudar no início de uma recuperação ou solução de um problema. Mas, se o líder sabe demonstrar seu "senso de confiança e autenticidade", provavelmente não precisará disso, reforça o professor.

2. Liderança confiante
O que é: é marcado pela habilidade do líder de inspirar outras pessoas a confiar em sua visão e segui-la por vontade própria. É um estilo "forte, positivo e visionário", nas palavras de Kohlrieser, e que exige um vínculo forte baseado na confiança.
Funciona? Sim, pois a equipe confia na ligação que tem com o líder e, por isso, irá segui-lo. É um tipo de liderança crucial quando uma nova visão é exigida ou quando é necessária uma direção clara.
Deve ser usado? Sim. É a melhor forma que os chefes têm para conseguir que seus subordinados atinjam alto desempenho no longo prazo, segundo o especialista.

3. Liderança afiliativa
O que é: é um tipo de liderança que coloca as pessoas em primeiro lugar e evita conflitos.
Funciona? É efetivo para curar feridas em equipes divididas e para motivar durante períodos de estresse. Mas, por outro lado, "líderes afiliativos podem ter dificuldades em dar feedbacks duros ou chamar a atenção", pondera o professor.
Deve ser usado? Com parcimônia. Kohlrieser lembra que o estilo tem pontos positivos, mas que o líder precisa ter uma postura mais confiante quando uma ação crítica for necessária.

4. Liderança democrática
O que é: é o viés seguido pelo chefe que considera a opinião de todos e espera um consenso para tomar decisões.
Funciona? Pode até dar certo, mas com ressalvas. Esperar que todos participem para decidir algo pode demorar muito e criar uma "burocracia terrível". Mas pode ser positivo nas organizações que conseguirem simplificar a democracia para que ela não impeça o progresso, diz o professor.
Deve ser usado? Em partes. Algumas características desse estilo podem ser combinadas com as da liderança confiante. Nas equipes em que as pessoas confiam umas nas outras e nos seus líderes, cada funcionário está disposto a permitir que os demais tomem decisões em seu nome, mas também a opinar quando for preciso.

5. Liderança de ritmo
O que é: é o clássico modo do líder que pressiona o time por meio da definição de metas duras.
Funciona? Depende. Se a equipe for altamente motivada, pode ser eficaz para trazer resultados rápidos. Se combinado com empatia e compaixão, pode ajudar a desenvolver a equipe; sem esses pontos, terá inevitavelmente um efeito negativo, escreve Kohlrieser.
Deve ser usado? Sim, desde que seja no curto prazo e que esteja aliado à empatia e compaixão. "Caso contrário, não use", adverte o especialista.

Publicado em Exame


quinta-feira, 2 de junho de 2016

Ética e a pena de morte

Embora o texto [Gênesis 9.6] proíba terminantemente tirar a vida humana e ordene também terminantemente que se tire a vida de qualquer um que derrame sangue, podemos supor que a expressão é uma hipérbole e que o texto fala de tirar a vida de pessoas inocentes. Isso ocorre porque a Lei determina que se tire a vida de alguém em alguns casos, como homicídio doloso (Êx 21.12-16), mas não no caso de homicídio culposo, isto é, sem a intenção de matar (Nm 35.6-34).
O princípio da lei do talião (i.e., vida por vida) fica esclarecido nos mandamentos que Eu Sou dá ao povo da aliança acerca do homicida (Nm 35.16-21) e no ensino paulino sobre o cristão e o Estado. No caso de homicídio culposo, o condenado é banido para uma cidade de refúgio, não para uma penitenciaria, até a morte do sacerdote (Nm 35.22-28). No entanto, no caso de homicídio doloso, aquele cometido com intenção de matar, exige-se a pena de morte. No NT, os cristãos não devem se vingar por nenhum mal que venham a sofrer, mas deixar que a ira de Deus vingue esse mal (Rm 12.19). Por sua vez, Deus estabelece o governo como seu ministro, um vingador que executa a ira sobre aquele que pratica o mal (Rm 13.4). O Senhor e Rei supremo municia as autoridades públicas com a espada, o instrumento de morte, para o castigo do malfeitores. A lei que diz: "Quem derramar sangue de homem, terá seu sangue derramado pelo homem" (Gn 9.6) é prova de que, como ministros de Deus, as autoridades públicas têm a responsabilidade de executar a pena de morte no caso de crime de morte. Essa é uma obrigação, não uma opção. Deus diz três vezes: "Cobrarei" (Gn 9.5).
O sangue inocente derramado no caso de assassinato tem de ser compensador: Deus exige prestação de contas por esse sangue, porque ele é vingador (2Rs 9.26; Sl 9.12; Hb 12.24), mas os textos não especificam como. O sangue inocente contamina o culpado e é expiado pela morte do assassino (1Rs 2.32) ou mediante propiciação (Dt 21.7-9). Mesmo no caso de homicídio culposo, o homicida não pode ser posto em liberdade antes da morte do sumo sacerdote. Se o sangue inocente não for expiado, Deus trará condenação à terra (Dt 19.13; 2Sm 21; 1Rs 2.5, 6, 31-33). Se a pessoa que derramar sangue inocente não for castigada, a comunidade que se recusa a estabelecer a justiça será castigada por esse sangue derramado. Por causa do valor que tem a vida humana, por levar a imagem de Deus, e por causa da justiça exigida por derramar sangue inocente, Deus outorga à humanidade a autoridade judicial de impor a pena de morte. Isso demonstra mais uma vez que ele designou a raça humana para governar essa terra em seu nome. Essa autoridade é a base do governo organizado (Rm 13.1-7). Deus institui o lar antes da Queda, para criar uma sociedade em que o amor pode prosperar. Após o diluvio, ele institui o Estado para evitar o crime. Nahum M. Sarna diz: "A destruição do antigo mundo requer o repovoamento da terra e a correção dos males que trouxeram o Dilúvio. Dai por diante, a sociedade tem de estar firmada em bases morais mais seguras".
A lei tinha o cuidado de proteger quem era acusado falsamente. Eram necessárias pelo menos duas ou três testemunhas para se condenar alguém por um crime (Dt 19.15). Se uma testemunha cometesse perjúrio, o juiz responsável pelo processo deveria impor ao perjuro o mesmo que este pretendia fazer com o acusado, até mesmo a vida pela vida (Dt 19.16-21). Por fim, as próprias testemunhas tinham de participar da execução (Dt 17.2-7).
Entretanto, o assassino que se arrepende de verdade de seu crime, deve ser tratado com misericórdia (Pv 28.13). Embora tenha tirado a castidade de Bate-Seba e assassinado o marido dela, Davi experimentou perdão com base nos atributos divinos e sublimes da graça, do amor inesgotável e da misericórdia (2Sm 12.13-14; Sl 51). O sangue de Cristo fez a propiciação definitiva por todos os pecados de todos os seus eleitos (Hb 7.23-28).

Autor:Bruce K. Waltke
Fonte: WALTKE, K. Bruce. Teologia do Antigo Testamento: uma abordagem exegética, canônica e temática. São Paulo: Vida Nova, 2015, p.343-4.

Publicado em Apologética e Teologia Reformada


terça-feira, 10 de maio de 2016

10 perguntas a fazer antes de marcar uma reunião

Quero crescer na minha capacidade de liderar reuniões - para executar reuniões melhores, e servir aqueles com quem eu estou me reunindo. Aqui está o meu plano para a preparação para as reuniões que são produtivas e um incentivo para todos que comparecerem.
Já participei de muitas reuniões que não tinham fim, passavam horas extras e mesmo depois de um tempo considerável juntos, não ficou claro o que nós tínhamos realmente atingido ou acordado. Infelizmente, muitas dessas reuniões foram iniciadas e liderada por mim!
Eu criei uma série de perguntas que eu trabalho nelas antes da reunião, e que eu trago comigo no meu iPad para ajudar a guiar a discussão. Este exercício não leva muito tempo para ser concluído, e faz com que passemos um tempo mais frutífero juntos.

1) Qual é o propósito da reunião?
Qual é a meta para usar o tempo juntos? Como você vai saber se a reunião foi um sucesso? Se isso não pode ser respondido, a reunião não deve acontecer.

2) O que seria útil para eles para lerem / verem / ouvirem antes de nos encontrarmos?
Dar às pessoas tempo para se preparar vai levar a melhores resultados. Quanto mais tempo as pessoas têm para se preparar (e sabendo de antemão o que está sendo pedido deles), o mais provável é que eles estão a dar um contributo considerado e útil.

3) Como vou começar a reunião?
Isso pode ser reafirmando o propósito do encontro, mas também poderia envolver a revisitar o que aconteceu desde a última reunião, ou check-in sobre como eles estão indo.

4) Quais são as principais coisas que eu quero comunicar, e como eu quero comunicá-las?
É útil para ser claro sobre não apenas o que você gostaria de dizer (incluindo quaisquer pontos específicos de atenção), mas também como você gostaria de dizer isto. A maneira de falar fala mais alto (se não mais) do que as próprias palavras.

5) Que perguntas que tenho para eles?
Existe alguma coisa que você não tem certeza sobre o que beneficiariam com uma clarificação?

6) Que objeções ou perguntas que poderão ocorrer?
Semelhante à pergunta anterior, esta é uma oportunidade para entrar na pele da pessoa ou pessoas com quem você está se encontrando, e antecipar possíveis problemas que possam existir.

7) Que materiais de apoio que eu preciso levar comigo?
Isto poderia incluir material de referência que não foi distribuído anteriormente (ver Pergunta 2), ou formulários que poderiam ser assinados, etc.

8) Que resposta eu vou pedir?
Estou pedindo-lhes para fazer alguma coisa? Isso precisa ficar claro em sua mente antes de se reunir, e você pode precisar de pensar sobre como você vai perguntar.

9) Como posso ser um incentivo para eles?
Isso pode parecer uma pergunta excedente, mas eu quero ser um incentivo para aqueles com quem eu vou encontrar, e isso ajuda a ser intencional por considerar de antemão como isso pode ser alcançado. Também é útil para orar por este resultado.

10) Como vou fazer o acompanhamento após a reunião?
Por exemplo, vou enviar um agradecimento via e-mail, ou distribuir ata da reunião ou um conjunto de medidas de ação?

Esse é o meu plano. Como você se prepara para as reuniões que faz?

Original por 
Tradução: Márcio Melânia

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

7 sinais de que você tem tudo para ser um ótimo chefe

Liderança não é um talento, mas uma habilidade adquirida com o tempo e - se você tiver sorte - boas experiências profissionais.
"É uma competência que começa a ser aprendida em casa, na escola, com os amigos e finalmente com os próprios chefes que você vier a ter”, diz José Augusto Figueiredo, presidente da consultoria de recursos humanos LHH|DBM.
Assim, todos nós podemos aprender a ser chefes, garante Jill Geisler, autora do livro “Como se tornar um ótimo chefe” (Editora Sextante) e professora na Loyola University Chicago.
Claro que tempo e boas experiências não bastam: é preciso muito esforço e disposição se tornar apto ao cargo. "Qualquer pessoa tem a capacidade de liderar, desde que aceite trabalhar duro para assimilar os comportamentos e valores exigidos de um gestor", afirma Jill.
Por isso, embora acessível a todos na teoria, o poder costuma ser oferecido a profissionais que demonstrem um perfil claro para o desafio. É no “embrião de líder” que as empresas costumam investir, por meio de programas de coaching e treinamentos especiais.
Mas quais são os sinais de que uma pessoa tem tudo para se tornar uma gestora de sucesso - alguém cuja autoridade não é imposta pelo organograma, mas aceita de bom grado pela equipe?
Veja a seguir alguns traços típicos que denotam preparo para a função:

1. Você se expressa muito bem
Seja para conciliar interesses, seja para motivar outras pessoas, bons chefes precisam ter um excelente domínio da linguagem oral e escrita. De acordo com Figueiredo, poucas competências são tão importantes para a liderança quanto a clareza, a expressividade e a assertividade da comunicação.

2. Você sabe escutar
Não basta saber falar ou escrever muito bem: também é preciso ter os ouvidos sensíveis. “Um líder em potencial absorve o que dizem os superiores, os colegas, os concorrentes”, diz Figueiredo. “Essa escuta também vale para os ambientes, isto é, ele sabe fazer uma leitura inteligente e cautelosa dos jogos de poder na empresa”.

3. Você enxerga o “grande quadro”
Você fica completamente absorvido pelas tarefas do dia a dia ou consegue olhar mais ao longe? De acordo com Geisler, profissionais com potencial para a liderança costumam se interessar pela organização como um todo, da sua estratégia geral às suas relações com a concorrência. “São pessoas com visão e pensamento sistêmicos”, diz.

4. Você expõe problemas - e oferece soluções
Muitos profissionais têm o hábito de se queixar das falhas da empresa onde trabalham e esperar que uma outra pessoa cuide delas. Não é o caso de quem tem jeito para a chefia: além de identificar as lacunas, esse tipo de funcionário se oferecer para repará-las. Em vez de criticar vagamente o que vai mal, ele se precupa com a evolução geral e se engaja para promovê-la.

5. Você é alegre
Pessoas com esse perfil também costumam ter uma personalidade afável e aberta, na visão de Figueiredo. “Elas têm sempre um sorriso no rosto e contagiam os colegas com leveza e bom humor, o que será fundamental para motivá-los e liderá-los no futuro”, explica.

6. Você faz alianças
Geisler diz que há dois tipos de funcionários: aqueles que trabalham exclusivamente com as pessoas do seu círculo mais próximo, e aqueles que buscam fazer pontes com áreas e colegas mais distantes. Os futuros chefes pertencem ao segundo grupo. “Eles sabem o valor da reciprocidade, e oferecem ajuda porque sabem que um dia vão recebê-la em troca”, afirma a professora.

7. Você é visto como alguém ético e trabalhador
O caráter de um líder em potencial é respeitado e admirado por todos. Trata-se de uma pessoa conhecida por sua generosidade, responsabilidade e consistência. “Eles dividem os méritos pelos acertos, assumem a culpa pelos erros e se provam sempre confiáveis”, diz Geisler.

Publicado em Exame


segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Liderança Cristã (mensagem e estudos sobre Presbíteros e Diáconos)

Há uma liderança natural, que, mesmo sendo um dom de Deus, não se restringe aos cristãos. É a capacidade que algumas pessoas têm de inspirar confiança, expor suas idéias, aglutinar pessoas e comanda-las. Há também a liderança cristã, que além desta capacidade, inclui a vocação e a bênção especial de Deus. Vamos comentar sucintamente o que a Palavra de Deus nos diz sobre: (1) A chamada para a liderança, (2) A capacitação para a liderança, (3) O espaço da liderança, e (4) A recompensa da liderança.

A chamada para a liderança
Os líderes cristãos verdadeiros não o são por vontade própria e, muito menos, por ambição ou vaidade. Eles são chamados ou vocacionados por Deus (Jr 1.4,5). Jesus, depois de orar, “chamou os que ele mesmo quis” e “designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar” (Mc 3.13-14). O líder mais famoso da igreja, no primeiro século, identificava-se como “Paulo, chamado pela vontade de Deus, para ser apóstolo de Jesus Cristo” (1 Co 1.1; Gl 1.1). Deus chama os seus líderes e servos onde, como e quando quer: Moisés, no monte Horebe; Samuel, no Tabernáculo de Silo; Paulo, na estrada de Damasco; Pedro, André, Tiago e João, às margens do mar da Galiléia; Mateus, numa coletoria… Cabe-nos somente orar rogando ao Senhor da Seara que chame e envie trabalhadores para a sua seara (Lc 10.2), ou seja, lideranças firmes, santas e eficazes.

A capacitação para a liderança
Vimos que Jesus “designou doze para estarem com ele e para os enviar a pregar” (Mc 3.14). Esta sequência é importante e válida para todos os líderes cristãos, não somente para os pastores ou pregadores. Todos precisam primeiro estar em comunhão com o Senhor. Isto, mais do que estudos e treinamentos, os capacitará para a liderança verdadeiramente cristã.
Pois, como dizia o apóstolo Paulo:
“… a nossa suficiência vem de Deus” (II Co 3.5).
Esta priorização do espiritual não deve ser usada como licença ou justificativa para o despreparo intelectual, técnico ou mesmo existencial. Deus provê oportunidades de treinamento para os seus líderes e servos, às vezes anos antes de chamá-los. Os cristãos vêem estas oportunidades como portas abertas por Deus e, muitas vezes, como direcionamentos para a vida. Sem saber o que Deus faria de sua vida no futuro, Moisés “foi educado em toda a ciência dos egípcios” (At 7.22) e, depois, passou anos nos desertos de Midiã. A educação e a experiência lhe foram muitos úteis quando Deus o chamou e enviou ao Egito para libertar o seu povo e o conduzir por aqueles desertos. Muito antes de sua conversão e chamada para o ministério da Palavra, Paulo foi “educado aos pés de Gamaliel”, um dos maiores mestres do seu tempo (At 22.3). Deus capacita com talentos naturais, dons espirituais e treinamento para lideranças e ou ministérios específicos (Rm 12.4-8; I Co 12.4-11).

O espaço de cada liderança
Deus também define o espaço para cada liderança. Tanto em Rm 12 como em I Co 12, Paulo usa a figura do corpo humano para referir as diferentes lideranças e diferentes ministérios na igreja. Ele escreveu:
“Deus dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve” (I Co 12.18).
É como dizemos: “A pessoa certa no lugar certo”. Os líderes e coordenadores de uma igreja precisam conhecer e respeitar as áreas de liderança e ministérios uns dos outros. Não há hierarquia, mas há lideranças mais ou menos abrangentes. Há liderança de lideranças (Não deixe de ler Gl 2.6-9; Ef 4.11-12; Tt 1.5; Hb 13.17; I Pe 5.1-3).

A recompensa da liderança
Uma palavra final de incentivo. O Senhor encoraja e promete recompensar os líderes, ministros e servos fiéis, que cumprem cabalmente a sua missão. Toda liderança, seja na igreja ou no mundo, é trabalhosa, difícil, muito difícil. Além do trabalho em si, há circunstâncias adversas, incompreensões, críticas e oposição. O líder terá momentos de desânimo, vontade de desistir; sentirá solidão e será tentado de muitas maneiras. Coisas da vida… da carne… ou do diabo! Paulo sabia das coisas. Por isso escreveu estas belas palavras de conforto e encorajamento:
“Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão” (I Co 15.58).
Além disso, esse apóstolo, no fim da vida, falou com convicção de sua própria recompensa:
“Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor… me dará naquele dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda” (II Tm 4.7,8. Ver I Pe 5.1-4).
Alguém já disse:
“Deus não chama líderes capacitados. Ele capacita aqueles que ele chama.”

Publicado em Pastor Elber Lenz César

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Expert dá 8 dicas para administrar melhor o seu tempo em 2016

Conversamos com Christian Barbosa, especialista em gestão de tempo e produtividade. Ele listou oito passos para organizar melhor o seu dia e ter uma rotina mais equilibrada.

Já estamos em 2016 e você ainda tem aquela sensação de que não viu 2015 passar. Sem contar as vezes que se pegou dizendo que não tem tempo para nada ou respondeu a um amigo que está “na correria”. Será que o tempo é tão curto assim e tudo tão urgente para vivermos sempre correndo? Não, não é. Pelo menos é o que defende Christian Barbosa, especialista em gestão de tempo e produtividade. “O problema não é a quantidade de horas que temos, o que faz a diferença é o uso dessas horas. Estamos trabalhando mal, em maior quantidade, com mais estresse e menos resultados.

Isso tudo porque gerenciamos nosso tempo de forma incorreta”, afirma.

Segundo Barbosa, em um ambiente desorganizado e sem planejamento, as pessoas têm mais chances de ficarem estressadas, sem energia, sem motivação, sem ânimo para os relacionamentos e mal conseguem cuidar da própria saúde. E é daí que vem a impressão de que o tempo está correndo mais rápido. “A pessoa que não organiza as tarefas acaba virando escrava das circunstâncias e tudo se torna uma urgência”, diz o especialista.

A solução? Planejamento. “Algumas pessoas parecem ter medo dessa palavra, pois acham que é uma tarefa muito complicada. Meu conselho é que as pessoas experimentem uma nova forma de gestão, adequada à própria maneira de agir e de se organizar”, afirma Barbosa. Ao fazer isso você trabalhará menos, se planejará melhor e ainda focará no que é realmente importante. O especialista listou oito dicas para administrar melhor o seu tempo e ter uma rotina mais equilibrada, com melhores resultados na vida profissional e, consequentemente, na pessoal.

1 – PLANEJE COM TRÊS DIAS DE ANTECEDÊNCIA
É comum pensar e organizar apenas o "hoje". Mas a recomendação do especialista é começar olhando ao menos três dias para frente. Se você conseguir organizar uma semana inteira, melhor ainda. Na hora de planejar, avalie a duração de cada atividade e não exagere, pois sempre deve sobrar tempo para eventuais urgências que possam aparecer. “A partir do momento que começamos a pensar com antecedência o tempo sempre será um aliado. Se você pensar na última hora, ele nunca vai ser favorável”, diz Barbosa.

2 – ANOTE A SUA PROGRAMAÇÃO
Todas as tarefas devem ser anotadas, pois se você não consegue mensurar e enxergar tudo que deve ser feito, fica impossível gerenciar o tempo. Não adianta tentar deixar tudo gravado na cabeça. Não importa onde você vai anotar seus compromissos. A escolha dessa ferramenta se baseia no estilo de cada pessoa. Segundo o especialista, a ideal é aquela com a qual você mais se identifica. Pode ser uma agenda de papel, um aplicativo ou um software.

3 – AVALIE A AGENDA TODOS OS DIAS
Ao checar seus compromissos diariamente você consegue priorizar tudo o que deve ser feito e checar se existem horas suficientes para cumprir o que foi planejado.

4 – FUJA DA URGÊNCIA
Procure adiantar as tarefas que você precisa realizar e não deixe que o prazo fique curto. Quando chegar ao trabalho, comece pelas atividades mais rápidas e reserve algumas horas para as pendências que, inevitavelmente, surgem ao longo do dia. Depois, foque no que é importante.

5 – CLASSIFIQUE AS TAREFAS
Segundo o especialista, todas as tarefas podem ser distribuídas em uma das esferas do que Barbosa chama de “Tríade do Tempo”. Existem as atividades urgentes – em que o prazo está curto ou acabou; as atividades importantes – que trazem resultado e possuem tempo para serem realizadas; e as atividades circunstanciais – que não agregam valor e fazem você apenas perder tempo. Ele afirma que o foco sempre será reduzir as atividades urgentes, priorizando-as para que sejam eliminadas rapidamente. O passo seguinte é aumentar as tarefas importantes, que ajudam a reduzir as urgências e mantém você equilibrado. E, por último, eliminar as circunstanciais, aprendendo a dizer não ou simplesmente excluindo-as da sua rotina.

6 – PREPARE-SE PARA OS IMPREVISTOS
É muito importante ter um tempo reservado para possíveis imprevistos e urgências. Ao realizar o planejamento das tarefas, não lote sua agenda de compromissos.“Recomendo que você mensure as atividades do seu dia e veja quantas horas tem planejadas x horas disponíveis”, diz Barbosa. Afinal, durante um dia de trabalho podem surgir diversas tarefas urgentes a serem realizadas, que exigirão uma reprogramação da agenda.

7 – APRENDA A DIZER NÃO
Se você, como muita gente, tem dificuldade para dizer não, a dica do especialista é criar o que ele chama de “lista da clareza”. Divida a folha em duas colunas. De um lado, liste todas as ações aceitáveis, e, do outro tudo, aquilo que você negará. Por exemplo: na lista do “sim” considere uma viagem no fim de semana, mudar de empresa... No lado do “não”, coloque aquele curso não muito interessante ou um evento no dia em que a sua agenda já está cheia. Valem momentos do ambiente pessoal e do profissional. O importante é considerar a sua disponibilidade e vontade de realizar tais atividades. A partir do momento que decidir o que fazer, a posição deverá ser mantida. “No início, pode parecer difícil mas esta é uma atitude pequena e simples que começa dentro de você, reafirma a importância da sua resposta e evita conflitos internos”, afirma. Ao aprender a montar esta lista, você vai se organizar melhor e criar recursos para dizer a verdade diante de qualquer situação.

8 – DELEGUE
Apesar de grande parte das pessoas terem um perfil mais centralizador, delegar é de extrema importância. “Quanto mais você delega, mais tempo tem disponível. Com isso, você consegue subir na cadeia de trabalho na empresa e na cadeia de produtividade, pois sobra mais tempo para evoluir em outras áreas da vida”, diz.

Publicado em Marie Claire