Ética e Liderança Cristã: 2018

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Como fazer um treinamento de liderança com sua equipe


5 dicas para ajudar a qualificar sua equipe!
Durante a trajetória profissional, atingir um cargo de liderança é um dos grandes objetivos de muitas pessoas. Mas e depois disso, o que fazer?
Todos os gestores, incluindo aqueles de longa data e com muita experiência, precisam estar em constante atualização pensando sempre no desenvolvimento de suas habilidades.
Para isso, o treinamento de liderança é essencial por ser uma maneira de promover a capacitação de profissionais de alta performance.
Agora, se você é empreendedor e tem outras pessoas trabalhando em seu negócio, saiba que parte do sucesso de grandes empresas é a realização de treinamentos consistentes, que possibilitem o desenvolvimento dos funcionários.

Quer saber mais sobre esse assunto?

Neste artigo, vamos mostrar como construir e aplicar um treinamento de liderança voltado para o desenvolvimento de habilidades de gestores.
Separamos 5 passos necessários para que o treinamento tenha resultados e permita o crescimento da empresa.

1. Identifique as necessidades dos seus líderes
Um bom treinamento de liderança deve estar pautado nos pontos fortes e fracos de cada um dos gestores da empresa. Então, conhecer esses pontos é o primeiro passo para criar e aplicar um treinamento.
Existe um mito de que pessoas que ocupam altos cargos em uma empresa não possuem pontos fracos, nem precisam desenvolver os seus pontos fortes.
Porém, tenha certeza de que até mesmo os melhores líderes precisam desenvolver alguma aptidão e se manter em constante crescimento.
A identificação dos pontos fracos e fortes deve ser feita de forma individual, com base nas características e histórico profissional de cada um dos gestores.
Dessa forma, é possível conhecer as necessidades individuais dos líderes e propor alguma intervenção certa para cada pessoa.
Pontos fortes podem ser potencializados, ao passo que pontos fracos podem ser contornados durante o treinamento.
Acredite: mesmo que você pense que seus gestores não têm nada para melhorar, é possível encontrar alguns pontos de melhoria até mesmo durante o treinamento. E não pense que estamos falando apenas de habilidades técnicas.
É possível que você identifique alguns aspectos comportamentais que podem impedir o desenvolvimento de alguém em seu negócio, causando estagnação, baixos resultados e interferências negativas em outros profissionais.
Os pontos fracos e fortes de um gestor influenciam diretamente no comportamento dos membros da equipe, tendo em vista a posição estratégica e importante ocupada pelas lideranças em uma organização.
Por isso, avalie com atenção tudo que você acredita que pode ser melhorado.

2. Crie planos de carreira individuais
Quando estamos lidando com gestores, o treinamento de liderança alcança melhores resultados quando realizado em conjunto com a apresentação de um plano de carreira.
O líder deve estar consciente de onde deseja chegar e quais etapas deve seguir para alcançar suas metas dentro da empresa.
Dar uma visão global das funções e cargos a serem ocupados ao longo da trajetória, facilita a percepção dos pontos fortes e fracos de cada pessoa, o que faz com que elas consigam pensar nos pontos que precisam melhorar.
Além disso, o plano de carreira ajuda você, como empreendedor, a identificar quais são as características e habilidades necessárias para cada cargo, o que facilita quando você for criar um treinamento.
O resultado esperado de um treinamento de liderança é capacitar os gestores para que eles desenvolvam suas funções com muito mais precisão e eficiência, além de prepará-los para ultrapassar a posição atual e subir dentro da empresa.
Por isso, o plano de carreira deve ser aplicado em conjunto com o treinamento. Assim, as pessoas conheçam não apenas o lugar onde estão, mas também onde podem chegar e o que é necessário fazer para que isso aconteça.

3. Faça treinamentos técnicos e comportamentais
Como dissemos em nossa primeira dica, existem dois aspectos que podem ser abordados em um treinamento de liderança:

  • Habilidades técnicas;
  • Desenvolvimentos comportamentais.
  • Um treinamento que não contemple os dois elementos é considerado incompleto, por não permitir o equilíbrio entre as duas competências.

Um líder deve saber lidar com pessoas, ou seja, não basta que ele seja extremamente experiente e uma autoridade em sua área de atuação, se não souber conversar e delegar tarefas para outros.
Mas você sabe o que seriam aspectos comportamentais e aspectos técnicos? E como eles podem ser trabalhados durante o treinamento de liderança?
Os aspectos técnicos estão relacionados com a capacitação profissional do gestor, sua experiência e preenchimento dos requisitos para progredir no plano de carreira.
Já os aspectos comportamentais são de caráter subjetivo e estão ligados ao perfil do líder. São elementos como a facilidade para resolver conflitos e a boa comunicação.
Os dois caminhos podem ser percorridos durante um treinamento de liderança, de forma a permitir o amadurecimento completo do gestor. Depende de você entender em qual aspecto deve focar mais.

4. Promova trocas de experiências
Os treinamentos devem ser aplicados de forma a permitir o compartilhamento de experiências entre gestores.
Quando diversos profissionais em cargos de liderança passam juntos por um treinamento, os resultados se mostram muito mais positivos.
Além da integração, esse modelo faz com que cada líder consiga aprender e ao mesmo tempo ensinar, partilhando, ainda que de forma indireta, suas vivências.
Com isso, todos os envolvidos conseguem ter uma ideia do que o outro faz e podem, assim, aplicar novas estratégias em suas áreas a partir da visão dos outros gestores.
Trata-se de um momento para a reflexão e absorção de conhecimentos tanto profissionais quanto comportamentais.
Nada melhor do que reunir em um mesmo treinamento profissionais com um mesmo objetivo: ajudar no crescimento da empresa e, também, aperfeiçoar suas próprias habilidades de liderança para ser um profissional melhor.

5. Considere contratar uma consultoria externa
Uma das grandes dificuldades durante a aplicação do treinamento de liderança é a manutenção da neutralidade. Por estar muito próximo dos líderes da empresa, pode ser que você nem sempre consiga identificar pontos fortes e fracos das pessoas.
Como já dissemos, esse é o primeiro passo para conseguir criar maneiras de ajudar no desenvolvimento dos profissionais que trabalham com você. Mas se você não consegue identificar o que precisa ser melhorado, nunca conseguirá pensar em uma forma de capacitar suas lideranças.
Se esse for seu caso, considere a contratação de uma consultoria de RH externa, o que garante uma visão neutra sobre os profissionais da empresa.
O olhar de terceiros imparciais é muito mais assertivo, capaz de identificar aspectos que, apesar de muitas vezes evidentes, passam despercebidos pelos empreendedores.
É absolutamente normal deixar passar algo quando o contato e envolvimento com os processos internos é grande.
Mas se você não pode fazer esse tipo de investimento agora, uma outra alternativa é começar a se comunicar mais com seus gestores para receber feedbacks mensais ou até mesmo semanais.
Assim, você consegue perceber o que outros profissionais estão pensando a respeito de cada um e pode, então, propor melhorias.

Ajude seus líderes a desenvolverem suas habilidades
Dentro da empresa, os líderes são vistos como referência para os profissionais que compõem uma equipe.
Por esse motivo, o desenvolvimento dessas pessoas é fundamental para que todos consigam evoluir juntos.
Isso significa que o treinamento de liderança tem resultados que vão muito além do gestor, já que influencia uma área inteira da empresa. Afinal, líderes bem treinados conseguem motivar uma equipe com muito mais facilidade.
Além disso, um bom treinamento oferece também benefícios como a resolução de conflitos internos.
Por isso, procure sempre incentivar suas lideranças a buscar por capacitação, qualificação e crescimento.
Se você já entendeu a importância do treinamento e desenvolvimento dos profissionais que trabalham com você e quer ajudá-los a se capacitarem, não deixe de ler nosso post com dicas para implementar um treinamento online em sua empresa.

Publicado originalmente em Blog Hotmart

quinta-feira, 23 de agosto de 2018

O líder antifrágil


Vanessa Prado

Quem nunca se programou para chegar cedo a um compromisso e perdeu a hora porque encontrou um congestionamento terrível no meio do caminho? É comum sermos surpreendidos por situações aleatórias não previstas que geralmente causam desconforto e irritação. Mas não precisa ser sempre assim.
Diante do caos, algumas pessoas preferem a paralisia, outras mobilizam seus esforços para enfrentar a adversidade e tem gente que simplesmente cresce com o ocorrido. Aliás, é por isso que a imprevisibilidade do mundo atual revela três diferentes tipos de líderes: os frágeis, os resilientes e os antifrágeis.
Os frágeis são aqueles muito sensíveis a qualquer tipo de mudança externa. Enquanto os negócios vão bem, eles sustentam o autocontrole; mas, quando são expostos à desordem, desfalecem e perdem o rumo. Os resilientes têm a capacidade de suportarem a pressão e não sucumbir enquanto a tormenta passa, graças à sua flexibilidade. Já os antifrágeis não apenas resistem às intempéries provocadas pelo contexto VUCA (de volatilidade, incerteza, complexidade e ambiguidade), como também aproveitam a instabilidade para crescer.
O conceito do líder antifrágil apareceu pela primeira vez em 2012, no livro “Antifrágil: coisas que se beneficiam com o caos” (Ed. Best Business), escrito pelo libanês Nassim Nicholas Taleb. Segundo ele, o principal pesadelo da maioria dos gestores é perceber que o mercado que controlam de repente muda e suas convicções pouco valem dali em diante. Líder antifrágil, portanto, é quem não se amedronta diante do novo; pelo contrário, até aprecia a mudança porque sabe que ela é o motor do seu progresso.
Essa lógica veio romper com o antigo entendimento de que o oposto de fragilidade é a força ou a resistência e que essas são características do líder resiliente. Inclusive, Taleb faz uma comparação: dizer que algo resistente é o oposto de frágil é como afirmar que neutro é o oposto de negativo.
Agir como uma pessoa antifrágil não implica em ser masoquista ou ficar procurando situações caóticas. Tem a ver, sim, com uma percepção positiva acerca dos desafios e a convicção de que o desconforto é a mola propulsora de qualquer amadurecimento significativo na vida.
Infelizmente, muitos líderes apertam o “botão catástrofe” diariamente. Diante de qualquer chateação, já se abatem. Assemelham-se a vasos de porcelana que, frente ao menor impacto, logo se quebram. E suas equipes percebem isso na hora.
Pode prestar atenção. Líderes antifrágeis adoram promover o progresso quando o caos se estabelece e enquanto a maior parte dos profissionais comuns instintivamente procura abrigo para se proteger. Eles não temem o erro, as incertezas e alguns desgostos pontuais.
Como bem lembra Taleb, fala-se muito sobre o estresse pós-traumático, mas poucos comentam acerca do amadurecimento de quem enfrenta um trauma. Os garotos tailandeses que ficaram na caverna durante aqueles 18 intermináveis dias, possivelmente saíram de lá com algumas sequelas emocionais e boa parte delas favorecerá – em vez de prejudicar – o tipo de vida que eles terão daqui em diante. Sim! Quem enfrenta uma situação-limite dessa natureza tende a enxergar a maior parte dos problemas como tempestade em copo d’água.
Cada vez mais iremos nos deparar com situações aleatórias que trarão desordem e angústias. A questão é que o faremos com elas: iremos quebrar como um vaso de porcelana, resistir aos fortes ventos como um bambu chinês que não sai do lugar ou nos fortalecer como o sistema imunológico do corpo humano, que evolui ao lidar com diferentes vírus ou bactérias?

Publicado originalmente em Wellington Moreira

sexta-feira, 3 de agosto de 2018

4 Dicas fundamentais do relacionamento humano


Ernesto Artur Berg (*)

Somos seres humanos e todos queremos alcançar êxito e felicidade. Mas, é preciso reconhecer: seu sucesso e prosperidade dependem em grande parte de outras pessoas. Certamente que nossas escolhas, postura e atitude perante a vida são elementos fundamentais ao nosso sucesso, e isso é indiscutível. Contudo, já pensou alguma vez no enorme papel que os outros desempenham no nosso êxito e na nossa felicidade?
Reflita sobre isso e ficará convencido de que grande parte do que você conseguiu, ou irá conseguir, depende essencialmente da forma como você mantém relações com as outras pessoas. Isso se aplica a todas as áreas da nossa vida, seja profissional, familiar, conjugal, financeira, comunitária, religiosa, ou entre amigos. Sua ascensão profissional, por exemplo, depende mais de sessenta por cento do bom relacionamento que você tem com seu chefe. Se você não concorda com isso, sugiro então bater de frente com ele, e descobrirá que a corda, provavelmente, arrebentará do lado mais fraco: o seu.

Quatro dicas fundamentais do relacionamento humano

1. Troque positivamente
Um dos pontos essenciais das relações humanas é que no convívio com pessoas, todos nós queremos alguma coisa uns dos outros. O chefe quer lealdade e produtividade dos subordinados e os subordinados querem reconhecimento e segurança na empresa; os pais querem que os filhos obedeçam e os filhos querem que os pais os amem e protejam; os casais querem afeto e amor mútuos; o vendedor quer que os clientes comprem e os clientes desejam satisfação com a compra, e assim por diante. É fácil percebermos que ter sucesso nas relações humanas significa dar à outra pessoa algo que ela deseja em troca do que nós desejamos. Não se trata de egoísmo, mas de uma visão lúcida e inteligente que expressa a essência da arte de saber conviver e aprender com as pessoas. Desse entendimento dependem o crescimento e a maturidade dos nossos relacionamentos e, em boa parte, a nossa felicidade.

2. Contribua pessoalmente
Outro ponto fundamental das relações humanas é que todos nós possuímos em abundância várias coisas que as outras pessoas precisam de nós, ou gostariam de ter. Se você proporcionar essas coisas a elas, elas prazerosamente lhe oferecerão as coisas que você precisa ou deseja. Cabe a você aperfeiçoar-se e aprimorar-se, pessoal e profissionalmente, para que tenha muito com que contribuir com as outras pessoas. Uma pessoa próspera tem maior possibilidade de beneficiar os outros do que um indivíduo fracassado. Uma pessoa feliz tem chances muito maiores de disseminar felicidade do que um indivíduo infeliz. Se você encontrar uma pessoa de sucesso - seja homem ou mulher - em qualquer profissão ou campo de atividade, irá descobrir que esse indivíduo aprendeu a dominar a arte de relacionar-se bem com as pessoas e que soube tornar-se útil aos outros, porque tornou-se um caminho onde encontram ajuda.

3. Ganhe o coração das pessoas
Estamos na era da tecnologia e da informação. Os meios de comunicação (televisão, telefone, rádio, jornal), a internet e as mídias sociais aproximam as pessoas cada vez mais e tornam o mundo pequeno, ao alcance de uma ligação no celular ou um clique no mouse. As atividades profissionais e econômicas estão se tornando muito complexas e especializadas e, por conta disso, as pessoas passam a ser cada vez mais importantes para nós, pois as possibilidades de comunicação aumentaram exponencialmente. E, queira ou não, você vai ter que conviver diariamente com pessoas, goste delas ou não, por que elas estão aqui para ficar e, se você quiser ter sucesso no mundo de hoje, terá sempre que levar em consideração as outras pessoas.
Logo, se você refletir um pouco verá que uma das grandes dificuldades que as pessoas têm consiste num problema de relações humanas, e elas parecem não perceber que muitos dos seus fracassos surgem por não saberem relacionar-se apropriadamente com outros. Se você quiser ser realmente bem sucedido com pessoas, você precisa aprender a ganhar o coração delas, mais do que suas mentes.
Usar argumentos lógicos e racionais pode ser muito convincente, e também vantajoso, sempre que quisermos provar nosso ponto de vista ou obter aprovação de alguma demanda que fazemos. Mas, se quisermos interagir e construir sólidas relações com as pessoas, não é o racionalismo nem a inteligência que farão isso acontecer. É porque as pessoas, bem mais do que racionais, são - na grande maioria das vezes -, seres emocionais, e reagem primeiramente a fatores emotivos. É nisso que reside a psicologia do relacionamento humano: utilizar os comportamentos e atitudes que facilitam conviver, conquistar e conservar a cooperação e confiança das pessoas, respeitando-as e valorizando-as para que aflore um sentimento de aceitação, amizade e compartilhamento de experiências positivas.

4. Elogie
É muito comum acontecer que as pessoas a quem menos demonstramos respeito são as que mais convivem conosco, tanto no âmbito profissional quanto familiar. A intimidade pode provocar indiferença e falta de atenção. Curioso é que, para que as pessoas se sintam respeitadas, pequenas coisas são necessárias. O elogio é uma dessas pequenas coisas. Quando foi a última vez que você fez um elogio sincero a alguém da família - esposa, marido, filho, mãe, pai etc.-, a alguém no trabalho - colega, subordinado, chefe (sem a conotação de bajulação) -, a alguém que lhe prestou um bom serviço? A pessoa que disser que fez isso na semana passada está mal na fita, porque conseguiu lembrar-se de algo que ocorreu dias atrás, quando deveria fazê-lo diariamente, por várias vezes. Sempre encontraremos algo que podemos elogiar em alguém, mesmo que não apreciemos a pessoa: pela rapidez com que nos atendeu, por um trabalho bem feito, por uma refeição bem preparada, pelo esforço que fez, pela paciência com que nos aturou, pelo vestido bonito, pela bela camisa, pela perseverança que demonstrou etc.

Só para lembrar:
A inabilidade de conviver com os outros é a primeira causa das crises e infelicidades, tanto pessoais, quanto no trabalho. Aprender a desenvolver - e manter - um relacionamento humano de qualidade pode fazer mais por sua vida profissional e pessoal do que, provavelmente, qualquer outro fator em sua vida.

Texto extraído e condensado do livro O Livro das Relações Humanas - Seu Manual para Obter Sucesso com as Pessoas, de Ernesto Berg, Juruá Editora. Para maiores detalhes, ou adquirir a obra acesse www.quebrandobarreiras.com.br.

(*) Ernesto Artur Berg é administrador e sociólogo, com pós-graduação pela FGV de Brasília. Comandou a área de Desenvolvimento Gerencial do Serpro em Brasília, e foi Consultor Senior da Alexander Proudfoot Company de São Paulo. Sócio-diretor da Berg & Cia., empresa especializada em desenvolvimento organizacional e de recursos humanos. Prestou consultoria e conduziu cursos e seminários para mais de 400 empresas, como: Petrobras, Coca-Cola, Embratel, Correios, Citibank, Cia. Vale do Rio Doce, Bosch, O Boticário, Siemens, Renault, Unimed, Banco do Brasil, Caixa Econômica. É autor de 10 livros, dentre os quais Negociações Inteligentes, Manual do Chefe em Apuros, Quem Roubou o Meu Tempo? e Explosão de Idéias. Conheça o site do autor

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com

Gestão de Projeto


José Renato Santiago (*)

O dia a dia de cada um de nós tem estado cada vez mais cheio e repleto de responsabilidades. São inúmeros os diferentes papéis que devemos assumir ao longo de nova vida pessoal e profissional.
Além disso, os assuntos relacionados com cada um destes papéis, muitas vezes não têm qualquer alinhamento ou relação entre si. Há, no entanto algo, um artifício que seja, que permite potencializar o sucesso no atendimento dos objetivos traçados junto as várias atividades e atribuições que possuímos.
É fato que toda atividade deve possuir um objetivo ou meta a ser alcançada, sem a qual não se consegue sequer ter o entendimento sobre o real motivo da execução de qualquer atividade. Sendo assim, há: Objetivo.
Também é verdade que toda e qualquer atividade a ser desenvolvida, possui começo, meio e fim, isto é, há um prazo pré-definido a ser atendido. Sendo assim, há: Prazo.
Por fim, existem insumos, isto é, elementos e componentes com os quais e com quem devemos interagir tendo em vista viabilizar o atendimento da meta traçada. Sendo assim, há: Stakeholders (termo em inglês sem qualquer outra melhor tradução em português).
Ora, não é impossível identificar que estes três elementos são os componentes básicos que compõem um Projeto: Prazo, Objetivo e Stakeholders.
É imediato considerar que a gestão de qualquer atividade segue de maneira direta, a forma como se gerencia um projeto. Eis o óbvio que se torna tão necessário para se alcançar o sucesso. Toda atividade pode, e deve, seguir os preceitos que fundamentam a gestão de um projeto.
Tanto no campo pessoal como profissional cabe considerar a possibilidade de seguir este alinhamento, ou talvez uma receita:

- Definir o objetivo e meta;
- Definir o prazo de execução;
- Definir os stakeholders e insumos necessários para atendimento do objetivo, dentro do prazo desejado;

Assim como em qualquer organização, que necessita potencializar o sucesso de suas ações, não é diferente o entendimento a ser adotado por todo profissional presente na mesma.
E certamente, esta disciplina e organização potencializará sucesso similar no plano pessoal.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/

(*) Doutor e Mestre em Engenharia de Produção pela Escola Politécnica da USP. Pós-graduado em Engenharia da Qualidade - Educação Continuada em Engenharia da USP, Pós-graduado em Marketing pela ESPM e Graduado em Engenharia Elétrica com ênfase em Computadores pela FEI. Consultor de Empresas com grande experiência no desenvolvimento de projetos voltados para Inovação, Gestão do Conhecimento, Gestão de Pessoas, Capital Intelectual, Gestão de Projetos e Sustentabilidade. Tem atuado, por mais de 20 anos, em empresas nacionais e multinacionais nos segmentos de Engenharia, Construção, Eletroeletrônico, Tecnologia, Tratamento de Água e Bens de Consumo. Articulista e autor de dezenas de livros, dentre os quais se destacam, "Buscando o Equilíbrio", "Gestão do Conhecimento - A Chave para o Sucesso Empresarial" e "Capital Intelectual - O Grande Desafio das Organizações". Administrador do site www.boletimdoconhecimento.com.br

terça-feira, 24 de julho de 2018

Primeira Consultoria de Jesus Cristo

Convide Alguém que possa te Ajudar

Deide Claudino da Costa

Em uma festa muitas coisas desagradáveis podem acontecer, entre elas uma é a falta de bebidas, e foi bem isto que aconteceu em um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia (João 2.1-10).
Os noivos não souberam calcular a quantidade de convidados e deixaram o vinho acabar antes do término do evento, a demanda não foi capaz de atender a procura, o que em uma empresa gera muitas reclamações e perdas de clientes.
Já não havendo soluções por parte do bufê contratado, eis que entre os convidados Jesus Cristo se solidarizou com os noivos, e prestou sua primeira consultoria, uma aula teórica e prática para os organizadores. Pediu para encher seis potes de pedras, que cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água cada um, mostrando assim a quantidade necessária para atender a todos convidados presentes.
Criar tumulto é fácil, deixe isto para os amadores, se pretende ter sucesso em seus projetos, convide alguém que verdadeiramente tenha conhecimento, pois quando surgir um problema ele saberá soluciona-lo.

Publicado em Administradores

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Limites: você sabe reconhecer os seus?


Por Ricardo Pereira(*)

Você conhece os seus limites? Ou espera que a vida te mostre quais são? Muitas vezes achamos que somos como o super homem ou a mulher maravilha e vamos acumulando tarefas e obrigações sem nos dar conta de que, sim, somos somente seres humanos.
Quando tudo está bem, é fácil fazer mais uma coisinha aqui, outra ali, e de repente, quando menos nos damos conta, o acúmulo destas coisas ficou tão grande que a vida não está mais equilibrada, e aí é hora de parar. Acredito que você já tenha passado por momentos assim, não é? E como descobriu que já havia ultrapassado os limites de um equilíbrio saudável?
Eu costumo fazer muita coisa ao mesmo tempo. Brinco que minha mente está sempre trabalhando e pensando em novas ideias e projetos. Também não gosto de ficar parada fisicamente. Volta e meia preciso sair, dar uma caminhada, fazer alguns exercícios. Gostaria de encontrar mais amigos, mas muitas vezes a correria impede. Porém, nos últimos dias, o excesso de atividades acabou me levando a parar de forma compulsória. Fiquei dois dias sem poder realizar muita coisa e isso me serviu para repensar o que estava fazendo de errado. A resposta: limites, ou melhor, a falta deles.
Na ânsia ou empolgação por realizar tantas atividades legais ao mesmo tempo, simplesmente esqueci de que sou apenas humana, e que, sim, muitas vezes é preciso parar e me adequar ao que posso fazer sem prejuizo ao meu equilíbrio físico e emocional. Tenhamos certeza de que se a gente não sabe impor limites a si mesmo, a vida o fará. E às vezes nem demora muito! Aliás, agradeça quando não demorar muito, porque aí dá mais tempo de acertar as pontas antes!

Parada compulsória
Quanta gente que trabalha feito louca, sem horas de descanso nem momentos de lazer com a família, de uma hora para a outra descobre que está doente e precisa parar compulsoriamente? Essas historias são super comuns. E depois, em geral, estas mesmas pessoas saem dessa fase mais equilibradas, dando mais valor à qualidade de vida, tempo livre e equílibrio em tudo que fazem?
Estes momentos também servem para nos mostrar que não somos insubstituíveis na maioria dos casos. Quando eu tinha minha agência de comunicação, alguns anos atrás, também aconteceu comigo. Cuidava de tantas coisas ao mesmo tempo e achava que não poderia parar. Mas aí tive que ficar quieta no meu canto por cerca de duas semanas por questões de saúde, e percebi que tudo continuou. Nessas horas sempre aparecem as melhores pessoas e a ajuda certeira para fazer a vida seguir. E aí resta olharmos de camarote, para que, de uma próxima vez, tenhamos a sabedoria de parar antes de ultrapassarmos os nossos limites, e a humildade de reconhecer que o mundo gira, mesmo quando estamos parados.

Dê limites para os outros também
Algo importante que costuma acontecer é que, em geral, pessoas que fazem muitas coisas ao mesmo tempo e assumem muitas responsabilidades para si, também acabam deixando a porta aberta para surgirem ainda mais coisas e responsabilidades em suas costas. É como se houvesse uma plaquinha em suas testas onde estaria escrito algo assim: “Pode deixar comigo. Eu dou conta de mais essa tarefa”. Só que não pode ser desta forma.
Muitas vezes aquela tarefa curta de meia hora que você topa fazer de última hora é exatamente a meia hora de descanso que você planejava ter, percebe? Portanto, é preciso dar limites para os outros também, saber dizer “não” sem culpa, ou simplesmente explicar que no momento não é possível, mas podem conversar de novo adiante. Tudo é uma questão de equilíbrio!
É claro que muito do que coloquei aqui depende da fase de vida em que estamos. Há momentos em que precisamos dar tudo de nós, fazer o melhor que pudermos para as coisas funcionarem bem. Se você está com um projeto novo e importante, se acabou de ter bebê, se está trabalhando e estudando para terminar logo a faculdade e ganhar mais… talvez sejam momentos onde provavelmente terá que ultrapassar um pouco os limites e se dedicar mais, dormir menos, deixar a balança pender um pouco mais de um lado do que de outro. Mas esse tipo de coisa não pode ser constante, percebe? É preciso que, após essa fase, exista uma outra de maior equilíbrio para recarregar as energias.
Espero que este artigo de hoje sirva para lembrá-lo que, apesar de às vezes não parecer, você precisa e merece um pouco de descanso também. E deve parar aquele momento necessário para refletir o que anda saindo do controle. Lembre-se que se não fizer isso voluntariamente, em algum momento a vida acaba lhe cobrando, portanto, alguns minutinhos para repensar e colocar a rotina em ordem parecem ser a fórmula mais adequada para conseguir os melhores resultados, concorda? Boa sorte e muito equilíbrio!

(*) Educador financeiro, palestrante, Sócio cofundador do Dinheirama e autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse. No Twitter: @RicardoPereira E no Linkedin: Ricardo Pereira

Publicado originalmente em Dinheirama

quarta-feira, 11 de julho de 2018

A lógica do servir


Rodolfo Garcia Montosa (*)

"Quem é o maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve".
Com estas palavras, durante a última ceia narrada por Lucas (22:27), Jesus provoca todo o modelo mental reinante. A lógica em curso é que serve quem está "por baixo", e é servido aquele "mais importante". Não é a toa que este mundo funciona tão mal, tem tanta injustiça e tantas pessoas infelizes.
Jesus traz um ensino não somente com palavras, mas com sua própria vida. Ele é sério e muito determinado quando trata desse assunto de serviço. Sua palavra aos discípulos não soa como sugestiva, mas como ordem a ser cumprida. Como Ele é Senhor, pode ordenar. Ordena e manda com a autoridade de quem vive.
Mas, sendo bem franco, parece-me que a palavra do "mundo", que o maior deve ser servido, faz mais sentido. Pense comigo: Aquela pessoa que chegou naquela posição trabalhou, esforçou-se, destacou-se. Ela merece. Certo? Errado! Essa lógica é típica da natureza pecaminosa e decaída da humanidade. Faz parte de um pensamento egoísta e ensimesmado.
Conta-se de uma pessoa que se mudou para outro país. Este país era feito de pessoas muito generosas e educadas. Logo de início, um de seus novos colegas ofereceu-se para dar uma carona toda manhã. Chegavam cedo na empresa e seu amigo estacionava o carro bem longe da porta de entrada. Eram duas mil vagas no estacionamento. Demoravam algum tempo caminhando naquele grande estacionamento vazio. Nos primeiros dias ele não disse nada. Até que chegou um dia que perguntou: "Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos bem cedo, o estacionamento sempre vazio, e você deixa o carro lá no final". Seu colega logo respondeu, simples assim: "é que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar bem atrasado, melhor que fique mais perto da porta, você não acha?"
Essa pequena história traz luz de que existe uma grande lógica no princípio que Jesus ensinou. Imagine-se participando de um grupo de dez pessoas, sendo que todas as dez querem ser servidas. O que aconteceria? Algumas ou todas ficariam infelizes e insatisfeitas. Agora imagine que todas, sem exceção, decidissem servir umas às outras. Certamente todas ficariam felizes.
Essa é a lógica do servir: se todos servirem, todos serão servidos.
Não é difícil imaginar a revolução na sociedade se todos tivessem a atitude de servir o outro. O ensino de Jesus, portanto, é revolucionário. "Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem." (Jo 13:17).
Afinal, no Reino de Deus, quem não serve não serve!



(*) Graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP e Teologia pela FTSA, pós-graduado em Administração Financeira pela FGV-SP e MBA Executivo pela USP- SP. É diretor e fundador do Instituto Jetro. Foi colunista da Revista Igreja e da Revista Saber e Fé. Fez parte dos Conselhos da Editora Mundo Cristão, e atualmente faz parte da Missão Portas Abertas e da Fundação Eduardo Carlos Pereira. Pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Londrina e empresário no setor de serviços, sendo diretor presidente da BR Consórcios, empresa que administra diversas marcas de Consórcios no Brasil.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com

sexta-feira, 18 de maio de 2018

'Enigma do trem' fará você questionar a racionalidade de suas decisões


O dilema do trem questiona os valores de nossas decisões

A situação é a complicada: um trem avança sem freios e está prestes a atropelar cinco pessoas que estão sobre a linha férrea. Você está ao lado da estrada, em frente a uma alavanca que, caso seja puxada, consegue desviar o trajeto da composição. No entanto, se você acionar o equipamento, o trem vai atropelar outra pessoa na linha ao lado.
Você tem dez segundos para tomar uma decisão. Se não fizer nada, cinco pessoas morrem. Se você puxar a alavanca, elas serão salvas, mas, como consequência, outra pessoa vai morrer. O que fazer?
Esse experimento, conhecido como "o dilema do trem", é um cenário clássico entre filósofos e sociólogos - ele é usado para estudar o modo como tomamos decisões e para confrontar diferentes perspectivas sobre uma mesma situação.

Conflito ético
Por um lado, há quem acredite que o correto seria causar o menor dano possível, ou seja, a melhor opção seria puxar a alavanca para salvar mais vidas, mesmo que uma pessoa acabe morrendo.
Do outro lado, alguns argumentam que seria imoral intervir na situação, causando um dano que não ocorreria sem a interferência, mesmo que as intenções sejam boas.
A espiral de perguntas poderia ser infinita: salvar cinco pessoas é melhor que salvar apenas uma? É correto salvar cinco pessoas, mas matar uma que não estava correndo risco? Quem escolheu não puxar a alavanca, mudaria de opinião se fossem 100 pessoas a morrer e não apenas cinco?


Segundo pesquisadores, nossa opinião sobre o dilema muda quando deparamos com ele na prática

Na prática
"Esse dilema é sobre o bem-estar do indivíduo em contraponto ao bem-estar de um grupo", diz o sociólogo Dries Bostyn, da Universidade de Gante, na Bélgica.
Bostyn liderou uma equipe de pesquisadores que tentou aplicar na prática o dilema hipotético. Eles usaram um caso diferente, mas que segue a mesma lógica.
Para seu experimento, Bostyn reuniu um grupo de 300 voluntários que se dispuseram a enfrentar o problema.
Ele perguntou para uma parte deles: em uma jaula há cinco ratos e em outra apenas um. Com uma contagem regressiva de 20 segundos, caso o voluntário não faça nada, os cinco ratos vão sofrer um choque elétrico que causará dor. Se antes do tempo acabar, a pessoa apertar um botão, apenas um rato, que está em outra jaula, levará o choque.
Segundo o sociólogo, 66% dos voluntários disseram que apertariam o botão para que o rato solitário recebesse o choque, o que evitaria que o grupo de cinco sofresse. Outros 34% disseram que não fariam nada e, consequentemente, os cinco ratos receberiam a descarga.


Para seu teste, Bostyn colocou cinco ratos em uma gaiola e um animal em outra; no meio, um botão que supostamente acionava um choque elétrico 

Depois, os pesquisadores colocaram outro grupo de voluntários diante da situação real. O resultado foi divergente. Eles ficaram diante da gaiola com cinco roedores e da outra, com apenas um.
Entre as caixas, havia o botão para aplicar o choque (na realidade, ele não produzia choque elétrico de fato, mas os participantes foram levados a acreditar que sim). O cronômetro começava a avançar e as pessoas tinham que decidir o que fazer, rapidamente.
Neste caso, 84% dos voluntários apertaram o botão para salvar os cinco ratos. Somente 16% não fizeram nada para evitar o possível efeito - resultado diferente de quando o teste é aplicado apenas na teoria.

Mudança
Para Bostyn, esse resultado sugere que "o que as pessoas pensam não corresponde ao o que elas fazem na prática".
Um dos resultados mais interessantes do teste, segundo os pesquisadores, foi o sentimento contraditório experimentado pelos participantes.
"Foi fascinante ver as pessoas que acharam ter tomado uma boa decisão e depois pediram desculpas por sua escolha', diz Bostyn. "É uma questão muito interessante para estudar no futuro."
O experimento de Bostyn ainda tem várias limitações, pois é difícil comparar a morte de um rato com a de um ser humano.
No futuro, o pesquisador pretende fazer um teste em que a mesma pessoa responde ao caso hipotético e, depois, é submetida à experiência real.

Voltando ao trem, você mudou de opinião?

Publicado originalmente em BBCBrasil

segunda-feira, 14 de maio de 2018

Liderar a si mesmo para liderar os demais


Nelma Sá (*)

O dia a dia, dentro e fora do trabalho, exige uma tomada rápida e constante de uma enormidade de decisões

Vemos por todos os lados treinamentos focados em liderança, quase sempre com um viés focado no mundo dos negócios. Faz sentido, principalmente quando lembramos que no jargão corporativo, "líder" é a palavra que vem cada vez mais sendo usada no lugar de "chefe".
Mas um indivíduo não lidera apenas uma equipe. O dia a dia, dentro e fora do trabalho, exige uma tomada rápida e constante de uma enormidade de decisões. Portanto, mais do que pensar em que está à nossa volta, precisamos pensar em nós mesmos. Em outras palavras: temos que ser líderes de nossas próprias vidas para guiá-la pelos caminhos que nos permitam conquistar nossos sonhos e projetos.
Ao nos fortalecermos, aprimorarmos o autoconhecimento e embarcamos em uma jornada que leva de carona todos os outros em nosso redor. Nos tornamos, assim, pessoas melhores e líderes capazes de inspirar, motivar e encorajar qualquer time a buscar grandes resultados.
Há aquelas pessoas que acreditam que não nasceram para ser líderes, mas isso não existe. Esse tipo de pensamento nada mais é do que uma representação dos próprios medos. Todos nós nascemos com potenciais de liderança, a única diferença é que alguns indivíduos precisam de um impulso para desenvolvê-los.
Hoje temos à nossa disposição instrumentos que mapeiam as nossas potencialidades e respectivos desafios (aspectos a desenvolver). Esse é o primeiro passo para o desenvolvimento da liderança. Em seguida, é fundamental que experienciemos esses potenciais, de forma que possamos refletir e compreender o nosso padrão de funcionamento, que está inconsciente em nós. Essa é inclusive a ideia por trás da Jornada de Autoliderança, um programa da Todos os Cantos de viagens para o Brasil e para o exterior durante as quais exercitamos o nosso autoconhecimento em meio a longas caminhadas marcadas pela reflexão, pelo silêncio, pela contemplação.
Outro aspecto importante de ser ressaltado é que cada indivíduo desenvolve o seu potencial dentro do próprio ritmo, inexistindo um prazo pré-determinado para o alcance dos objetivos. Os resultados, porém, são evidentes em todas as pessoas. Desenvolver a autoliderança significa ampliar a capacidade de concretização, aprender a desenvolver e a gerir os desafios, fazer escolhas conscientes e alinhadas com os princípios e valores. A partir daí, vamos nos tornando donos de nossas próprias vidas, conectados com a liberdade e responsabilidade pelas escolhas.
É um processo que também nos permite respeitar nossa própria singularidade e, consequentemente, respeitar o outro na sua diversidade. E ainda abre a oportunidade para sermos verdadeiros conosco, reconhecendo em nós mesmos o "lugar interior" a partir do qual tomamos nossas escolhas e decisões.
Não importa se com isso vamos nos tornar grandes CEOs ou pais e mães de família. Uma vez desenvolvida a autoliderança, somos capazes de ditar o caminho de nossas próprias vidas. Caminhar rumo à felicidade e paz interior é o grande prêmio.

(*) Administradora de empresas, educadora, coach e vice-presidente da Unipaz São Paulo. A executiva já passou por esses desafios e hoje ajuda mulheres nessa transição.

Publicado originalmente em Administradores

quinta-feira, 26 de abril de 2018

Habilidade para liderança é talento ou aprendizado?


Quem não tem talento para liderar consegue reverter com aprendizado? Confira o que diz Eduardo Ferraz, que acaba de lançar o livro "Gente de Resultados".

O consultor Eduardo Ferraz escolhe ficar exatamente no meio de duas correntes de liderança opostas. Não acredita que liderar seja só um talento inato, tampouco que seja virtude totalmente passível de aprendizagem, influenciada apenas pelo ambiente.

“Existe um componente genético e há fortíssimo componente ambiental”, diz Ferraz, que acaba de lançar o livro “Gente de Resultados: Manual Prático para formar e liderar equipes enxutas e de alta performance” (Ed. Planeta Estratégia).

Predisposição inata fica evidente, por exemplo, em jovens que, quase sem experiência profissional, demonstram facilidade em influenciar colegas de faculdade ou de estágio em trabalhos e atividades em grupo.
A genética de dominância é percebida e valorizada em seleções de programas de trainee, que, em geral, recrutam os candidatos com mais potencial de liderança.
Na visão do especialista, treinamentos aperfeiçoam a habilidade de liderança em quem já tem talento e podem desenvolver essa competência em quem não apresenta essa característica naturalmente. Mas até certo ponto.

“Por experiência, digo que é possível aprimorar bastante a habilidade com treinamento. Mas, em uma pessoa totalmente submissa, com aversão a comandar é extremamente difícil que isso aconteça”, explica.

A metáfora usada pelo ganhador do Nobel de economia em 2000, James Heckman, que compara a personalidade a um prédio, é uma das principais referências de Eduardo Ferraz. Mudar a estrutura de um edifício é impossível, mas reformas que alterem o acabamento são possíveis. Você não muda um prédio de lugar, mas pode alterar a sua cor, a iluminação, entre outros aspectos.
“É possível que uma pessoa tímida aprenda a fazer palestras. É trabalho, é esforço, mas é possível”, diz Ferraz. No entanto, não há treinamento que transforme essa mesma pessoa introvertida em alguém extrovertido.
Na teoria de Heckman, a introversão é comparável à estrutura do prédio e a habilidade de falar em público e a introversão, ao acabamento. “Uma palestra dura duas horas, mas como fazer isso com a liderança? O sujeito não pode bancar o chefe por uma ou duas horas. Por isso, existe um limite de aprendizado de liderança”, diz.

Aptidão e motivação
Numa escala de zero a 100 na liderança, ninguém vai de um oposto a outro apenas com treinamento e estudo, garante Ferraz. “É necessário que ela tenha alguma aptidão, ou que seja neutra, nem submissa, nem dominante”, diz. Ele cita como exemplo alguém que não busca cargo de liderança, mas também não a rejeitaria caso aparecesse uma oportunidade assim na sua carreira.
É que mais do que aptidão, a uma palavra-chave de abertura para o desenvolvimento da liderança é motivação. Confira a relação das duas virtudes (aptidão e motivação) no desenvolvimento de um líder, em cinco cenários diferentes:

Aptidão alta e motivação alta
Obviamente, o melhor cenário para o sucesso em cargo de liderança surge da união entre vontade de aprender e talento para liderar.

Aptidão baixa e motivação baixa
“Se você não tem aptidão e não tem motivação diga não com todas as letras a uma proposta trabalho em cargo de liderança”, recomenda o especialista. Pessoas assim se dão melhor em atividades mais técnicas que não exijam gestão de pessoas.

Aptidão alta e motivação baixa
Ainda que o profissional tenha talento, a falta de motivação é crítica e não é indicado forçar a barra. “Quando percebo que a pessoa não gosta digo que não vale a pena aceitar um cargo de liderança seja para agradar o chefe ou por cona da pressão de assumir uma empresa familiar”, diz Ferraz.

Aptidão média e motivação média
Medianamente motivado e apto, o profissional terá que lançar mão de algum esforço caso queira se aprimorar em função de liderança, segundo o autor do livro “Gente de Resultados”. Caso não se motive mais é provável que não consiga passar de um líder também mediano na sua carreira.

Aptidão baixa e motivação alta
Uma pessoa com baixa aptidão para liderança, mas que esteja extremamente motivada tem mais chance de ter sucesso como líder do que a pessoa que tem talento, mas não tem motivação, segundo o especialista. “ Sem aptidão, vai ser mais difícil, precisa de muito mais esforço mas, é possível”, diz Ferraz.

Publicado originalmente em Exame

quarta-feira, 25 de abril de 2018

Você é um bom ou ótimo líder?


Joel Comiskey(*)

Um livro que impactou a minha vida grandemente é o From Good to Great (Do Bom ao Ótimo, em tradução livre), de Jim Collins. Collins comparou grandes empresas que registraram vendas recordes por longos períodos de tempo com empresas de “comparação” ou “medíocres”, que existiam no mesmo período de tempo. As empresas de “comparação” ou estagnaram ou apenas experimentaram um crescimento modesto, enquanto as grandes empresas continuaram a bater recordes por longos períodos de tempo. Collins e sua equipe de pesquisa fizeram a pergunta “por quê”? Quais foram os fatores por trás do sucesso das empresas recordistas? Por que as empresas “medíocres” não conseguiram acompanhar?
Uma das principais razões foi o foco. Collins compara grandes empresas ao ouriço, um animal com a aparência de um porco espinho, que faz uma coisa bem: defender-se. As empresas medíocres, de comparação, eram como raposas que perseguem muitos objetivos e interesses ao mesmo tempo. Ouriços são lentos, firmes e despretensiosos. Mas, ao contrário da raposa, eles são capazes de simplificar o mundo e se concentrar em uma visão abrangente.
Escrevendo sobre os líderes das grandes empresas, Collins diz: “Os líderes do bom ao ótimo foram capazes de eliminar muito barulho e bagunça e focar apenas nas poucas coisas que teriam o maior impacto” (p. 87). Eles não ouviram o clamor das multidões, mas focaram suas empresas em uma visão simples. Por outro lado, Collins escreve: “As empresas de comparação lançaram muitos novos programas, frequentemente com grande fanfarra e alvoroço para motivar as tropas” (p. 178). Elas queriam eventos externos para motivar as tropas. Os ótimos líderes, por outro lado, não precisavam do alvoroço porque estavam firmemente focados em sua visão.
Collins escreve sobre a clareza e simplicidade nos ótimos líderes: “Eles têm uma percepção penetrante que lhes permite ver através da complexidade e discernir os padrões subjacentes. Ouriços veem o que é essencial e ignoram o resto ”(91). Por outro lado, Collins escreve: “As empresas de comparação eram dispersas, difusas e inconsistentes” (92).
A igreja em células é muito simples: faça discípulos. O perigo é complicar essa simplicidade e adicionar bagunça e alvoroço. Pode parecer certo envolver as pessoas com eventos e atividades sem fim, mas a atenção delas se dispersa e o discipulado sofre.
Ao escrever sobre as empresas de comparação, Collins diz: “Elas são dispersas ou difusas, movendo-se em muitos níveis, nunca integrando seu pensamento em um conceito geral ou visão unificadora.” Mas então ele diz: “Ouriços simplificam um mundo complexo em uma única ideia organizadora, um princípio básico ou conceito que unifica e guia tudo. Não importa o quão complexo seja o mundo, um ouriço reduz todos os desafios e dilemas a simples – de fato, quase simplistas- ideias de ouriço ”(91).
E você? Você é um ouriço ou uma raposa? Você está claramente focado em fazer discípulos através do ministério celular? Ou está sempre procurando novas maneiras de manter as pessoas ocupadas e entretidas? Dizer não àquelas coisas que fazem com que você se desvie da visão é uma coisa boa. Você também precisará dizer sim a todas aquelas coisas que ajudam você a fazer discípulos que fazem discípulos. A igreja em células é muito simples. Não complique demais.

Publicado originalmente em MDA

(*)É uma das maiores autoridades mundiais sobre o movimento de igrejas em células. Tem PhD em crescimento da igreja pelo Seminário Teológico de Fuller. Foi missionário no Equador.

sábado, 21 de abril de 2018

A ética cristã e o aborto


Por Eliseu Antonio Gomes

INTRODUÇÃO
Na maior parte dos grandes questionamentos éticos, a Bíblia Sagrada possui posicionamento definido e cristalino.
A ética embasada na Lei de Deus e no ensinamento de Cristo é obviamente uma escolha melhor, revela lógica e bom senso, do que uma ética que ambiciona basear-se no iluminismo ou em filosofias mais nova. A partir de um ponto de vista bíblico, é possível declarar por qual motivo o cristão deve ser ético, e também qual é a verdadeira origem da sua vontade de ser ético.

I – ABORTO: CONCEITO GERAL E BÍBLICO

1.1 Conceito geral de aborto
O aborto é o fim da gravidez, a interrupção do nascimento, é a remoção de um embrião ou feto antes que ele possa sobreviver fora do útero, ou seja, é causar a morte do embrião ou feto. Ao ocorrer espontaneamente, é descrito como aborto espontâneo. Se o aborto é causado de propósito, é então chamado de aborto induzido ou "aborto espontâneo induzido". A palavra aborto é freqüentemente usada para significar apenas abortos induzidos.
Hipócrates (460 a.C. - 370 a.C.), foi médico grego, considerado o pai da medicina na cultura ocidental, autor do juramento que leva seu nome. O Juramento de Hipócrates, escrito entre o terceiro e quinto século a.C. é um dos mais conhecidos textos médicos gregos e considerado mais que um rito de passagem para graduados em medicina. O juramento feito solenemente pelos médicos, por ocasião de sua formatura, é a expressão mais antiga da ética médica no mundo ocidental. Apresenta as bases de vários princípios aos profissionais na área da saúde que continuam sendo de suma importância na atualidade. A síntese deste documento aborda os deveres que o médico deve ter para com o seu professor e para com a profissão; inclui os princípios de sigilo e não maleficência; abrange a integridade de vida, a assistência aos doentes e o desprezo pela sua própria pessoa.
Por conta do Juramento de Hipócrates, é amplamente visto como questionável o exercício da interrupção da gravidez na área legal da medicina.

A militância pró-aborto costuma salientar os seguintes argumentos a favor da sua posição:
• O direito da mulher sobre o seu corpo;
• O fato de não se autorizar o aborto faz com que haja muitos abortos clandestinos que envolvem riscos graves para a saúde;
• As mães pobres, que são forçadas a dar à luz aos seus filhos, têm muitos problemas financeiros;
• As mulheres não devem ser forçadas a trazer filhos indesejados ao mundo;
• As mulheres não devem ser obrigadas a trazer filhos gravemente deficientes ao mundo;
• As vítimas de violação ou de incesto não devem ser forçadas a seguir com a gravidez;
• A dissuasão, se for usada, deve ser verbal e pessoal, e não legal;
• O apoio oficial a mães que tiveram filhos sem terem condições materiais para isso é muito dispendioso.

1.2 O aborto no contexto legal.
A consciência da pós-modernidade alega que quando permitido por lei, o aborto no mundo desenvolvido pode ser um dos procedimentos mais seguros na medicina. É discutível a afirmação da Organização Mundial de Saúde quando diz que os abortos induzidos não aumentam o risco de problemas mentais ou físicos a longo prazo, segundo matéria do Journal of Obstetrics and Gynaecology Canada, abortos realizados em instalações insalubres causam 47 mil mortes e 5 milhões de internações hospitalares a cada ano, com cerca de 45% de fracassos.
As leis do aborto e as visões culturais ou religiosas dos abortos são diferentes em todo o mundo. Em algumas áreas, o aborto só é legal em casos específicos, como estupro, problemas com o feto , pobreza , risco à saúde da mulher ou incesto. Em muitos lugares, há muito debate sobre as questões morais, éticas e legais do aborto. Aqueles que se opõem ao aborto freqüentemente sustentam que um embrião ou feto é um humano com direito à vida , e assim eles podem comparar o aborto ao assassinato. Aqueles que defendem a legalidade do aborto freqüentemente sustentam que uma mulher tem o direito de tomar decisões sobre seu próprio corpo. Outros favorecem o aborto legal e acessível como uma medida de saúde pública.

1.3 Conceito bíblico de aborto.
Tal como a eutanásia, o aborto não é objeto de nenhum estudo específico nos livros da Bíblia Sagrada. Contudo, mais ainda do que em relação à eutanásia o texto de Êxodo 23.7, que aborda a defesa do Senhor ao inocente e ao justo, deve ser entendido como pondo de lado qualquer possibilidade de concretizar esse ato, pois Deus não justificará o ímpio. Na lei mosaica, provocar a encerramento da gravidez de uma mulher era tratado como ato criminoso, causar a morte do feto era cabível do pedido de retaliação (Êxodo 21.22,23).

1.4 O aborto na história da igreja.
Em 1973, Jane Wade foi à Justiça americana afirmando que sua gravidez tinha origem em um ato de violação e reclamava a exigência do Estado em que mantivesse a sua gravidez. Ela alegou seu direito a privacidade, com base na Constituição, e afirmou que essa privacidade se entendia ao útero. Seu caso ficou conhecido como Processo Roe-Wade. A sentença dada pelo Tribunal defendeu seu direito à privacidade e consequentemente arrastou vários outros casos de desejo ao aborto a uma situação de extrema permissividade. Vários anos depois que Jane Wade ganhou seu processo e abortou, admitiu que havia mentido, declarou que não havia sido violada e a gravidez fora consequência de falha nos métodos contraceptivos que usara. Em 1995 ela se converteu a Cristo, deixou seu trabalho em uma clínica de aborto e integrou-se a uma igreja cujo pastor é um dos líderes do Movimento Militante Pró-Vida.

II – O EMBRIÃO E O FETO SÃO UM SER HUMANO

2.1 Quando começa a vida?
A Bíblia nos ensina sobre a origem da vida: "E formou o Senhor Deus o homem do pó da terra e soprou em seus narizes o fôlego da vida; e o homem foi feito alma vivente' (Gênesis 2.7). Após o homem ser formado através do processo sobrenatural da combinação das substâncias que há na terra, o Criador lhe soprou o fôlego da vida, dando início, assim, à vida humana. Baseado neste nesse fato, entendemos que, cada ser que é formado, a partir da fecundação, o sopro de vida lhe é assegurado pela lei biológica estabelecida por Deus.
Em Isaías 49.1, encontramos o inicio do segundo dos quatro Cânticos do Servo, que retrata a missão do Messias e há a exortação para que a nação de Israel despreze os conselhos de sabedoria humana. A passagem bíblica refere-se a Jesus Cristo, que se tornaria um ser humano desde o ventre de Maria, que teria que se encarnar e seria conhecido como o Emanuel, que significa Deus conosco (Isaías 7.14).
Sobre a chamada ao ministério profético de Jeremias temos, no capítulo 1 e versículo 5, a informação que Deus o chamou antes que ele fosse formado no útero de sua mãe. Não se trata de reencarnação, trata-se do conhecimento absoluto que Deus tinha de Jeremias e do seu plano soberano para a vida dele antes que ele fosse concebido.
Em Gálatas 1.15, Paulo escreve que Deus o separou ao ministério apostólico antes que ele nascesse. Com isso, não queria dizer que sobre nascer e ser separado fisicamente de sua mãe, e sim sobre ser separado e colocado à parte por Deus para o serviço desde o seu nascimento.

2.2 O que diz a bíblia.
A Bíblia mostra claramente que, no entender de Deus, o feto é uma pessoa.
• Jó 3.3 pressupõe a continuidade entre o ser que é concebido e o ser que nasce.
• Jeremias 1.5 e Isaías 49.1 descrevem a forma como Deus se relaciona com a pessoa quando esta ainda está no ventre de sua mãe.
• O Livro de Salmos, em 139.13-16, revela de maneira comovente que Deus é quem cria o ser humano desde o útero, desenvolve o ser humano no ventre de sua mãe.
• Salmo 51.5 diz que a pessoa tem a tendência de pecar desde o ventre
• Em Lucas 1.41, João Batista é descrito como "criancinha" (brephos, em grego). O texto narra o episódio em que ele saltou de alegria quando ainda estava no ventre de sua mãe Isabel, quando esta recebeu a saudação de Maria, que viria a ser a mãe do Salvador. E em Lucas 2.16, o mesmo termo grego é usado para descrever Jesus, já nascido.

2.3 Qual a posição da igreja?
No mundo greco-romano era comum a prática do aborto. Foi preciso que os pais da igreja entrassem em cena para condenar essa prática. No Didaquê (século II): "Não matarás o embrião por meio do aborto, nem farás que morra o recém nascido". Essa questão contribuiu para estabelecer o debate acirrado, primeiro entre os gregos e depois entre os cristãos, sobre o momento em que o bebê, ainda em formação, recebia a alma, tornando-se um ser humano. Por influência de Aristóteles, o pensamento cristão aderiu à ideia de que o feto era animado pela alma humana apenas em uma fase tardia de sua gestação. Tomás de Aquino afirmou depois que na primeira fase o feto tinha uma alma vegetal, na segunda tinha uma alma animal e só na terceira recebia uma alma que podia ser considerada humana. Em 1588, o Papa Xisto V eliminou esse princípio aristotélico.

III – TIPOS DE ABORTO E SUAS IMPLICAÇÕES ÉTICAS
A legislação brasileira autoriza a interrupção da gravidez em três casos somente. Neste tópico apresentamos as principais implicações éticas para estes tipos de aborto.

3.1 Aborto de Anencéfalo
Em 2012, o Supremo Tribunal Federal (STF) legalizou a interrupção da gravidez de feto anencéfalo (má-formação rara do tubo neural). A principal implicação ética desta decisão está no descarte de um ser humano por apresentar uma má formação cerebral. Trata-se de uma ideologia racista chamada "eugenia" que defende a sobrevivência apenas dos seres saudáveis e fortes. Uma nítida incoerência de quem defende os direitos humanos e ao mesmo tempo age de modo discriminatório. Neste quesito enfatizam as Escrituras: para com Deus, não há acepção de pessoas (Romanos 2.11). Como aceitar a ideia de que Deus não rejeitaria um ser humano em seus primeiros dias de existência?

3.2 Aborto em caso de estupro
Como não é necessária a comprovação do crime de estupro e nem autorização judicial para o aborto, a lei é permissiva e complacente com a interrupção da gravidez sob a alegação de estupro sem que ele tenha ocorrido. Assim, discute-se a inviolabilidade do direito à vida do nascituro (Art. 5°, CF e Art. 2° do CC). Outra questão ética relaciona-se ao fato de que um crime não pode justificar outro crime.
Para os cristãos o ensino bíblico é claro: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem" (Romanos 12.21). Não convém reagir ao mal com outro mal, o que só produz mais mal. A reação do crente convertido a Cristo é mudar a situação da maldade para atitudes de bondade, benevolência, benignidade, magnanimidade.

3.3 Aborto terapêutico
Procura-se justificar clinicamente esta ação sob a alegação de que a vida de um adulto tem maior valor que a de um ser em gestação. Daí surge questões éticas quanto à valoração da vida humana. Uma pessoa merece viver e outra não? Tertuliano, em sua obra Apologeticum (197), ensinava que não existe diferença entre uma pessoa que já tenha nascido e um ser em gestação. Outra questão é acerca do poder sobre a existência.
É Deus quem dá a vida e nos permite viver em nosso corpo físico. Podemos decidir quem deve viver ou morrer? É apenas da alçada de Deus levar o homem à beira da tumba e quando toda a esperança parece ter tido o fim, levantá-lo outra vez. Estar neste mundo ou deixá-lo é uma decisão que cabe ao Criador e jamais algo que satisfaça aos desejos pessoais de alguma criatura humana. Cada ser gerado tem um propósito nobre a cumprir, maior que a vontade pessoal, portanto, interromper uma gestação é notadamente um enorme equívoco. Portanto, ajamos com sabedoria, prudência e critério, nunca nos esquecendo da sacralidade da vida humana. As Escrituras Sagradas afirmam que a vida e a morte são, unicamente, da alçada divina (1Samuel 2.6; Filipenses 1.21-24).

CONCLUSÃO
Todos os cristãos comparecerão diante do tribunal de Cristo, , no segundo advento, portanto deve estar empenhado em pregar a revelação da Palavra de Deus exatamente como ela é. estar sempre preparado para proclamar a Verdade, deve abordar a questão do pecado na vida daqueles que servem ao Senhor e na vida de quem é pecador não arrependido. A doutrina de Cristo deve ser exposta com mansidão, mesmo que rejeitada (1Timóteo 4.1,2).
Valorizar a dignidade humana, o direito à vida e o cuidado à pessoa vulnerável são princípios imutáveis do cristianismo. Na sociedade secular, o cristão autentico deve tomar cuidado com relativismo e estar alerta quanto às ações de manipulação de sua consciência e o desrespeito à vida humana,

https://en.wikipedia.org/wiki/Hippocratic_Oath
https://en.wikipedia.org/wiki/Abortion

Para conhecer mais leia "Ética Cristã: Confrontando as Questões Morais de Nosso Tempo", CPAD, p.44.

Material em fase de conclusão

Publicado originalmente em Eliseu Antonio Gomes

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Como escrever suas metas e tirá-las do papel


Wellington Moreira(*)

Todo início de ano marca um rito de passagem para muita gente, já que costuma gerar promessas do tipo: "Eu vou voltar a estudar!", "De agora em diante cuidarei da minha saúde!" e "Passarei mais tempo com os filhos!", entre outras. Mas várias dessas resoluções de ano-novo continuam apenas como boas intenções porque não se tornam verdadeiras metas ou as pessoas acabam gastando pouca energia em sua execução.
Se você me permite, quero dividir alguns aprendizados sobre esse assunto que podem ser úteis em sua vida:

1) Metas são diferentes de simples tarefas. Só podemos chamar de meta aquele alvo que revela um propósito desafiador, de realização possível, com significância pessoal e prazo máximo de execução. Ou seja, que exige esforço, competência e engajamento ao longo de algum tempo, é possível de ser feito e tem deadline.

2) Coloque tudo no papel. O ato de escrever é um importante exercício de racionalização, ajuda a elucidar o que realmente é prioritário para você e ainda aumenta o seu compromisso com as metas estabelecidas. Ou seja, não se trata de mero preciosismo.

3) Queira mais menos coisas. Muitas pessoas dirigem energia simultaneamente para várias iniciativas - que demandam tempo e dinheiro -, depois não conseguem dar conta delas e acabam desistindo de tudo. Lembre-se de que, além das suas metas, você ainda tem de cumprir uma rotina que já ocupa a maior parte do seu tempo.

4) Equilíbrio é fundamental. Alguns estudos mostram que precisamos estabelecer metas em quatro diferentes campos: pessoal, profissional, familiar e financeiro. Contudo, é importante tomar o cuidado de equilibrar os pleitos, pois é comum que metas no campo pessoal se choquem com objetivos financeiros ou então que um alvo profissional anule o propósito familiar maior - ou vice-versa.

5) Cuidado com aquilo que você quer. Todo objetivo grandioso exige renúncias e precisamos ter o cuidado de não fazer escolhas erradas, como é o caso de quem quer ter uma carreira executiva meteórica e ainda pretende dar atenção total à família e à sua saúde. É cada vez mais comum pessoas "chegarem lá" e logo depois se arrependerem do que escolheram para si.

6) Sem plano de ação só existem boas intenções. Qualquer tipo de meta exige um "como" estruturado. Se você não sabe o passo a passo que deve seguir até o cume da montanha, então possui um propósito que dificilmente se materializará. Para alcançar metas é fundamental desenvolver o lado pragmático das coisas, perguntando-se constantemente: "O que preciso fazer agora?"

7) Deixe de lado aquilo que não é prioritário. Reserve 20% da sua agenda para as metas que definiu ou, infelizmente, acabará consumido pela rotina. Esse tempo virá das coisas que hoje você faz, mas não costumam ajudá-lo a progredir.

8) Disciplina na execução. Muitas pessoas escrevem aquilo que dizem querer alcançar e depois esquecem a folha de papel em algum canto da casa. Lembre-se de que não é a qualidade da meta que o faz "chegar lá" e sim a capacidade de se manter focado naquilo que sabe ser o correto a fazer.

9) Crie lembretes. Colar as metas na porta do quarto, junto ao espelho do banheiro ou no papel de parede do computador parecem medidas muito simplórias, mas esse tipo de lembrete mantém você atento naquilo que realmente importa.

10) Estabeleça marcos de verificação. De tempos em tempos, é importante medir os progressos alcançados e a forma mais fácil de fazer isso é definir desde já quando é que você vai parar para ver o que está ok e o que precisa ser mudado logo. Uma forma simples e fácil de manter este tipo de controle é inserir desde já todos os marcos necessários em sua agenda de compromissos do smartphone.

Todo ser humano tem a necessidade de deixar um legado, mas antes é necessário construí-lo. Ao longo desse ano você fará inúmeras coisas, mas será que se dedicará àquilo que o fará evoluir e crescer? Faço votos que a resposta seja positiva.

(*) Mestre em Administração de Empresas, possui MBA em Gestão Estratégica de Pessoas e é especialista em Comunicação Empresarial.
Palestrantente e consultor empresarial nas áreas de Desenvolvimento Gerencial e Gestão de Carreiras, também é professor universitário em cursos de pós-graduação e conferencista em grandes eventos nacionais, como o CBTD (Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento). 
Membro do IBCO (Instituto Brasileiro de Consultores Organizacionais), também é colunista de diversos jornais e portais de internet, bem como autor três livros já publicados, entre eles "O Gerente Intermediário" (Ed. Qualitymark, 2010), referência no país. 
Diretor-executivo da Caput Consultoria, entre seus principais clientes corporativos constam organizações do porte de: Companhia Siderúrgica Nacional, OnixSat, Peróxidos do Brasil, Concessionários Scania, Atlas Schindler, Sonhart, Midiograf Gráfica e Editora, Confepar, Inusittá Ambientes Planejados, Dentalclean, Construtora Plaenge, Romagnole Produtos Elétricos, Folha de Londrina, Scriba Projetos Editoriais, Editora Positivo, Móveis Nicioli, Castrolanda, LDC-SEV, Uniodonto Brasil, Grupo Hayonik e Correios.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com e comunicada sua utilização através do e-mail artigos@institutojetro.com

terça-feira, 27 de fevereiro de 2018

A importância do registro da organização religiosa


Flavio P. de Souza

O exercício regular da atividade religiosa por meio das Organizações Religiosas está condicionado, dentre outros, à constituição da personalidade jurídica destas. A não observância dos preceitos legais gera conseqüências negativas à liderança religiosa e seus membros, como veremos a seguir. Trataremos aqui, resumidamente, da importância do Registro da Organização Religiosa e das consequências negativas advindas do seu estado irregular. Todavia, convém esclarecer preliminarmente que quando nos referirmos a Organizações Religiosas, estamos nos referindo a todas as confissões religiosas, Igrejas e templos de qualquer culto, ok?
As Organizações Religiosas são pessoas jurídicas de direito privado, garantindo-se às mesmas a liberdade de criação, organização e estruturação interna, o que lhes dá efetividade para o exercício pleno da Liberdade Religiosa, nos termos do parágrafo 1º do art. 44 do Código Civil.
É bom esclarecer que essa liberdade não dispensa o cumprimento das formalidades estabelecidas em Lei, uma vez que para adquirir personalidade jurídica a Entidade Religiosa, como se verá adiante, deve ser registrada.
Outrossim, deve-se ter em mente que a Liberdade Religiosa assegurada na Constituição e implementada no Código Civil, deve ser exercida nos termos e limites legais, sob pena de ferir outros Direitos, como por exemplo, a vida, a dignidade da pessoa humana e a incolumidade física das pessoas. Neste sentido é o Enunciado Nº 143, da III Jornada de Direito Civil, Conselho da Justiça Federal, senão vejamos:

"A liberdade de funcionamento das organizações religiosas não afasta o controle de legalidade e legitimidade constitucional de seu registro, nem a possibilidade de reexame pelo judiciário da compatibilidade de seus atos com a Lei e com seus Estatutos".

Nesse contexto, para o devido registro da Instituição Religiosa, deve o líder religioso, primeiramente, elaborar o Estatuto e posteriormente a Ata de fundação, que será redigida no momento da Assembléia de fundação da Entidade Religiosa. Ato contínuo, tais documentos devem ser registrados no Cartório de Registro Civil de Pessoas Jurídicas, nos termos da Lei de registros públicos, Lei nº 6.015/73. Isto deve anteceder ao inicio das atividades Religiosas, pois somente com o registro dos referidos documentos é que a Instituição Religiosa gozará de personalidade jurídica própria.
Após o devido registro do Estatuto e da Ata, proceder-se-á junto a Receita Federal, a inscrição no CNPJ (Cadastro Nacional das Pessoas Jurídicas). Não obstante, deverão ser providenciadas as autorizações pertinentes junto a Prefeitura Municipal e Bombeiro Militar. Noutro giro, várias são as consequências negativas para os Líderes Religiosos que não cumprem os procedimentos legais acima expostos, uma vez que Instituição irregular perde vários benefícios e sofre vários riscos. São eles:

a) Não fará jus ao benefício da Imunidade religiosa - As Organizações Religiosas são imunes a impostos, como por exemplo, IRPJ, IPTU, ITBI, IPVA, ISS, ICMS, nos termos do art. 150, VI, "b" da CRFB/88;
b) Não poderá registrar-se no CNPJ, no Estado e no Município - sujeitando-se às sanções previstas nas leis tributárias;
c) Em virtude de a Organização Religiosa não possuir personalidade jurídica, o Líder e os membros, serão responsabilizados pessoalmente pelas infrações legais e responsabilidades junto a terceiros, de maneira análoga as sociedades de fato;
d) O Templo Religioso sofrerá Autuação pelos órgãos fiscalizadores, com aplicação de multas, bem como interdição.
e) Não havendo pessoa jurídica constituída, o Líder religioso poderá sofrer sanções Administrativas fiscais e criminais, em razão da confusão patrimonial dele com a atividade religiosa.

Portanto, verifica-se que a ausência de registro da Organização Religiosa trará muitas consequências negativas na condução das atividades religiosas, e isso por razões específicas. A uma, porque a situação irregular impedirá o gozo dos benefícios constitucionais. A duas, porque impede o funcionamento regular da Entidade, sujeitando seus lideres e - em alguns casos seus membros - a diversas sanções legais. Por isso, a sugestão é bem simples: antes de estabelecer uma Organização Religiosa, providencie de antemão o devido registro do seu Estatuto e Ata de fundação, a inscrição no CNPJ, bem como as autorizações pertinentes. Atue dentro da Lei!

Publicado originalmente em Instituto Jetro

As 3 chaves-mestras das pessoas vitoriosas




Você sabe o que é necessário fazer para ser promovido, ou então para ser altamente produtivo, ou ainda, ser reconhecido como uma pessoa realizadora? É simples: faça o que a maioria das pessoas não está disposta a fazer.
Seja você um membro de equipe, um gestor de equipe ou um dirigente, o sucesso das pessoas vitoriosas advém da disciplina em fazer as coisas que você sabe que precisam ser feitas, mesmo que você não sinta a menor vontade de fazê-las. Mas a verdade é que, se você regularmente praticar este tipo de autodisciplina, automaticamente irá se destacar do resto da turma, porque a maioria das pessoas não quer "pegar na enxada" e fazer o trabalho duro.
Elas preferem acomodar-se, pois sentem-se melhor fazendo as rotinas, ou as tarefas fáceis. Mas, no longo prazo, o que é fácil, ou simples de fazer, não leva a lugar algum e ainda pode criar problemas. O que é necessário fazer - mas que no momento parece difícil, ou mesmo chato -, vai tornar as coisas muito melhores e mais fáceis para você no futuro, mesmo que no momento você não sinta a menor vontade de realizar. Por isso, a palavra autodisciplina assusta muita gente, mas é apenas uma questão de como você encara isso. Gente de sucesso domina plenamente a arte da autodisciplina e não faz disso um drama.
Zig Ziglar, um dos maiores palestrantes motivacionais americanos estudou por mais de uma década alguns dos maiores homens de negócios daquele país tentando descobrir o que os tornava tão diferentes. A conclusão a que ele chegou é esta: eles não são mais inteligentes ou mais talentosos do que a maioria das pessoas. A grande diferença é que eles consistentemente fazem o que as outras pessoas não se dispõem a fazer. Eles adotam três princípios básicos:

1°- Faça, mesmo que tenha medo.
Um dos maiores sabotadores de nossos objetivos é o medo, porque ele inibe a ação. Da próxima vez que você não quiser agir por medo de fracassar, siga em frente e faça o que tem que fazer, apesar do medo, porque a ação paralisa o medo. A ação concentrada une mente e esforços, não dando espaço nem ambiente a dúvidas e receios.

2°- Adote hábitos, não resultados de curto prazo.
Só começar algo depois que tudo estiver perfeito é um dos maiores erros que podemos cometer, pois é uma atitude perfeccionista que adia indefinidamente o início de um projeto, empreendimento ou trabalho importante. Para manter-se motivado, cultive hábitos de trabalho consistentes, que levem a resultados, em vez de se preocupar com resultados imediatos. Pode levar algum tempo para ver os frutos desse trabalho, porque depende de continuidade e perseverança, mas concentrando-se no dia a dia o triunfo automaticamente acontecerá.

3°- Fixe os olhos no resultado final.
Os desafios de hoje talvez não o motivem muito, contudo você deve ter fé de que no longo prazo eles apenas representam esforços passageiros necessários. Veja o quadro na sua totalidade; veja a realização final. Com essa perspectiva, convicção e fé, você terá forças para avançar nos momentos mais difíceis, quando todos já recuaram. Logo, não se trata de autodisciplina, mas de você adotar comportamentos positivos repetidos diariamente que acabam tornando-se hábitos vencedores, e que levam você aos objetivos maiores. Pessoas bem-sucedidas compreendem melhor do que ninguém que, para realizarem seus sonhos, elas têm que também fazer muitas coisas das quais não gostam, mas são imprescindíveis, e não perdem tempo se lamentando por ter de fazê-las.
Perguntaram, certa vez, ao grande bilionário do petróleo H. L. Hunt qual o segredo do sucesso. Ele respondeu que, para ter sucesso, eram necessárias duas coisas e nada mais. Primeiro, disse ele, você precisa saber exatamente o que quer. A maioria das pessoas nunca chega a tomar essa decisão. Em segundo lugar, prosseguiu, você deve determinar o preço que terá de pagar para consegui-lo e começar a pagá-lo.

Portanto, faça!
A diferença básica entre os que realizam muito e os que realizam pouco é a "orientação para a ação". Os homens e mulheres que alcançam grandes feitos na vida têm grande autodisciplina e são intensamente orientados para a ação. Estão em constante movimento e sempre ocupados. Quando têm uma ideia, imediatamente começam a agir. Por outro lado, os que realizam pouco, ou nada, estão sempre cheios de boas intenções, mas sempre têm uma desculpa para não agir imediatamente. É com razão que se diz: que o inferno está cheio de gente com boas intenções.

Publicado originalmente em Instituto Jetro