Ética e Liderança Cristã: abril 2019

sexta-feira, 12 de abril de 2019

Como falar em público? 5 dicas para falar como um grande negociador


Falar em público costuma ser uma das principais dificuldades para a maioria das pessoas. Algumas, inclusive, acabam comprometendo situações extremamente importantes, como apresentações ou mesmo o fechamento de um negócio por não saber como se comunicar bem.

Porém, saber como falar em público é crucial para o sucesso profissional. Afinal, ser capaz de unir boas práticas de oratória e comunicação faz toda a diferença na hora de fechar uma negociação.

Pensando nisso, trouxemos 5 dicas essenciais para você aprender a falar em público. Acompanhe a leitura e confira!

A importância da oratória
Podemos definir a oratória como a capacidade de falar bem em público. Apesar de objetivo, esse significado está longe de traduzir tudo o que ela é, considerada uma verdadeira arte.

Utilizar a oratória é essencial para conseguir convencer sua audiência de um determinado ponto de vista ou ideia.

Um bom orador não faz uso apenas de um bom argumento, mas, principalmente, de um modo de falar envolvente e agradável, conquistando todo mundo que está ouvindo.

Ao longo da história, algumas personalidades se destacaram por apresentarem uma ótima oratória, sendo capazes de hipnotizar todos que os assistiam.

Martin Luther King Jr., em 1963, eternizou um dos discursos mais admirados de todos os tempos, conhecido como “Eu tenho um sonho” (I have a dream, em inglês).


Nesse discurso, ele faz um apelo às autoridades pelos direitos civis e igualdade à população negra norte-americana.

Até os dias de hoje, esse discurso é considerado como um dos mais importantes da história.

Embora a oratória esteja intimamente conectada à política, não podemos falar que seu uso se dá apenas em palanques e em discursos dirigidos às grandes massas.

Essa habilidade de falar e conquistar pessoas pode ser utilizada em diversos cenários, como reuniões profissionais, discursos de formatura, negociações, entrevistas de emprego e muitas outras situações.

A oratória é uma poderosa ferramenta para aquela pessoa que precisa conquistar seus ouvintes, mas muito se engana quem imagina que falar em público é um dom natural. Na verdade, isso é o resultado de muita prática e treino, e pode ser desenvolvido por qualquer pessoa.

5 dicas para falar em público
Se tornar um mestre orador demanda tempo e dedicação. Porém, não são todas as pessoas que pretendem investir tanto esforço nessa habilidade.

Mesmo assim, se você quer aprender a falar em público esperando apenas adquirir o necessário para melhorar suas capacidades de comunicação em curto prazo, ainda há algumas boas práticas que você pode acompanhar.

As principais são:

1. Utilize o storytelling
Uma das técnicas de comunicação mais antigas da história da humanidade, a contação de histórias (ou storytelling), foi pouco usada no mundo dos negócios, tendo sido introduzida apenas há alguns anos de maneira massiva e organizada.

Contar histórias faz parte da nossa natureza e é uma forma de captar a atenção de todos rapidamente.

Você não precisa inventar uma obra de ficção sempre que for falar, mas pode usar o storytelling de maneira mais simples, exemplificando situações que aconteceram com você ou com conhecidos para ilustrar o seu discurso.

Assim, em uma negociação, você oferecerá para a outra parte mais do que números ou oportunidades, mas sim uma experiência a ser recordada.

Sabendo conectar as histórias com o seu objetivo, as chances de conseguir alcançar o sucesso são muito maiores.

2. Treine suas falas
Em algumas situações em que precisamos improvisar, dificilmente lançaremos mão de alguma fala pronta. Nesses casos, é fundamental estar sempre preparado para conseguir desenvolver uma boa conversa.

Entretanto, em outras situações, é perfeitamente possível preparar totalmente o discurso.

Um dos maiores problemas encontrados por quem não sabe como falar em público é a insegurança. Por isso, dedicar um tempo na elaboração do seu discurso, inclusive treinando cada uma das falas, é a melhor maneira de ganhar confiança para falar quando for necessário.

3. Respire fundo e controle o ritmo
Alguns aspectos da fala influenciam diretamente uma apresentação em público, principalmente no que diz respeito à entonação.

Nesse sentido, dois grandes problemas ganham destaque:

O uptalk: quando as afirmações acabam soando como indagações;
O vocal fry: quando a voz fica baixa e falha, particularmente nas partes finais das sentenças.
Para corrigir esses problemas, o ideal é respirar fundo, mantendo o fôlego até o final das frases. Dessa forma, você consegue manter um ritmo suficiente para que a entonação não se perca no decorrer do discurso.

4. Reduza seus níveis de estresse
O estresse está sempre à espreita quando estamos falando em público.

Existem diversas maneiras de se estressar nessas situações, pois elas, por si só, já criam uma predisposição para tal.

Atrasos, problemas técnicos, falta de familiarização com o espaço onde será o discurso, entre outros elementos, contribuem para aumentar os níveis de estresse.

É claro que algumas situações estão completamente fora do nosso controle. Entretanto, para a maioria dos casos, é possível tomar uma atitude de reversão.

Por isso, procure chegar mais cedo, andar pelo palco onde será sua apresentação, conversar com seu público, entre outras atitudes.

Isso ajuda muito na hora de se sentir “em casa”, quebrando a ideia de uma plateia totalmente desconhecida e, consequentemente, reduzindo seus níveis de estresse.

5. Cuide da sua postura
Um dos fatores que mais influenciam a confiança e, consequentemente, a qualidade da fala em público é a sua postura corporal.

Além de um conteúdo interessante e de uma boa oratória, o nosso corpo diz muito sobre a maneira como nos posicionamos.

Dependendo daquilo que pretendemos passar para nossos ouvintes, adotar uma linguagem corporal correta pode fazer toda a diferença nos seus objetivos.

De maneira geral, o ideal é manter o seu corpo ereto, cuidando da gesticulação e articulando as palavras com calma e imposição.

Partindo desses pontos, você passará uma mensagem de confiança e autoridade para sua plateia que, consequentemente, ouvirá seu discurso com muito mais atenção e disponibilidade para seus argumentos.

A oratória e os gatilhos mentais
Saber como falar em público é uma arte que precisa de muito treino e testes, descobrindo assim o que funciona melhor para os seus objetivos.

Dependendo da sua capacidade de oratória, você será capaz de incluir diversos gatilhos mentais na sua plateia ou na outra parte que está participando da negociação.

Os gatilhos mentais são diretrizes que o cérebro humano adota para evitar os trabalhos longos de reflexão para as tomadas de decisão.

Isso significa que, muitas vezes, a nossa mente acaba trabalhando no modo automático. E você pode se aproveitar disso, utilizando e aplicando os gatilhos mentais de forma correta para engajar pessoas e motivar determinadas ações.

Publicado originalmente em Hotmart

quinta-feira, 4 de abril de 2019

Liderança: qual o seu estilo? Vamos conhecer os 6 estilos?


Sérgio Lopes (*)

Uma das melhores definições de liderança é: “a capacidade de influenciar pessoas para obter resultados”. Mas qual é a melhor maneira de influenciar os outros?

Influência é uma competência sempre associada ao processo de comunicação humana. Os melhores comunicadores são aqueles que conseguem transmitir as mensagens de forma clara e precisa, fazendo com que as pessoas entendam claramente e se mobilizem para atender ao “chamado”.

E como exercer uma influência positiva por meio de um processo de comunicação mais assertivo, que gere clima organizacional saudável e desafiador e resultados de alta performance?

Em minha experiência de mais de 30 anos liderando pessoas e equipes e desenvolvendo outros líderes, posso afirmar que o uso de diferentes estilos, adequados às diversas situações da gestão estratégica e do cotidiano, podem elevar o moral das pessoas e consequentemente os resultados.

Existem diversos modelos de estilos de liderança e, em minha opinião, o que pode apresentar melhores resultados é o modelo do Daniel Goleman, apresentado em detalhes no livro O Poder da Inteligência Emocional (Primal Leadership), escrito em parceria com Richard Boyatzis e Anne McKee.

Goleman, a partir de pesquisa com mais de 3.000 gestores em diversas empresas, identificou seis estilos de liderança e seus impactos na gestão. Goleman destaca que “todos os estilos já haviam sido tratados com outros nomes, mas o diferencial deste modelo está na compreensão dos recursos de inteligência emocional exigidos para cada abordagem”.

Vamos conhecer os 6 estilos?


Visionário
Utiliza como referência a construção de um futuro promissor compartilhado, conduzindo as pessoas rumo a esse “sonho”. A partir dessa visão, cria um clima organizacional “intensamente positivo”, sendo o mais ressonante dos estilos. Seu uso é recomendado quando as mudanças rumo à um novo futuro “requerem uma nova visão, ou quando há necessidade de clareza na direção”.

Conselheiro
Explora o alinhamento das metas da empresa com as metas pessoais, de forma a manter as pessoas firmes na busca de resultados. Com esse alinhamento, consegue gerar um clima “extremamente positivo” e saudavelmente desafiador. Este estilo, muito próximo do líder coach, contribui em muito para que as pessoas melhorem seu desempenho, desenvolvendo competências a longo prazo.

Agregador
Este estilo consegue criar harmonia “conectando as pessoas entre si”. É muito importante da formação de equipes, criando um clima organizacional positivo. Sua aplicação é recomendada também para resolver problemas de relacionamento – pessoal ou profissional – entre os membros do time; apoiar as pessoas em momentos de elevada tensão ou stress e; para o fortalecimento de vínculos que potencialize a sinergia.

Democrático
Compartilha o processo decisório e a geração de alternativas e oportunidades com as pessoas e equipes, valorizando as contribuições de cada um. Ao gerar o comprometimento individual a partir da participação, cria um clima positivo na equipe. É recomendável o uso deste estilo quando a decisão pode ser compartilhada, “ao obter adesão ou consenso”. Pode ser útil também para “conquistar a valiosa colaboração dos funcionários”.

Agressivo
Inicialmente há que se ter cuidado com o termo “agressivo”, pois essa palavra na nossa cultura pode ter conotação negativa. O termo utilizado na obra original é “pacesetting”, que numa tradução livre pode ser “ajuste de ritmo”.

Este estilo tem como característica marcante a definição e atingimento de “metas desafiadoras e estimulantes”. Quando usado em excesso e com demasiada frequência gera clima organizacional negativo. O estilo é muito apropriado para “obter resultados de alta qualidade de uma equipe motivada e competente” e com alto grau de maturidade.

Despótico
O termo no original em inglês é “commanding”, que numa tradução alternativa também pode ser definido como “autoritário”.
Em situações de emergência o uso deste estilo “mitiga temores determinando uma direção clara”. Como é mal aplicado, tanto na forma como na frequência, gera clima organizacional extremamente negativo, sendo o mais dissonante dos estilos. Se a situação for de crise para provocar uma virada rápida, este estilo pode ser muito útil. Também se aplica a funcionários problemáticos que precisam de uma gestão mais assertiva.

O “segredo” do uso produtivo dos estilos é aplicar o mais adequado conforme a situação e/ou o momento. Para isso, é fundamental que você conheça, a partir de seus comportamentos no dia-a-dia, quais são seus estilos mais presentes e os menos utilizados. Para esse entendimento, existem assessments de estilos de liderança que podem ser aplicados em até 360º para que gerem planos de desenvolvimento. Certamente, um bom Mentor pode ajudá-lo nessa jornada.

Publicado originalmente em Administradores

(*) Sérgio Lopes — Especialista em Liderança e Consultor em Gestão. Sergio Lopes possui mais de 40 anos de experiência, sendo 35 em Recursos Humanos, Liderança de pessoas e processos e mais de 10 anos em Consultoria organizacional. Criador do modelo Performance Total (Propósito + Competência + Resultado). Co-autor do livro “Os Loucos Geram Mais Resultados” ed. Resultado, lançado em 2018.  http://www.performancetotal.com.br/