Ética e Liderança Cristã: julho 2018

terça-feira, 24 de julho de 2018

Primeira Consultoria de Jesus Cristo

Convide Alguém que possa te Ajudar

Deide Claudino da Costa

Em uma festa muitas coisas desagradáveis podem acontecer, entre elas uma é a falta de bebidas, e foi bem isto que aconteceu em um casamento no povoado de Caná, na região da Galileia (João 2.1-10).
Os noivos não souberam calcular a quantidade de convidados e deixaram o vinho acabar antes do término do evento, a demanda não foi capaz de atender a procura, o que em uma empresa gera muitas reclamações e perdas de clientes.
Já não havendo soluções por parte do bufê contratado, eis que entre os convidados Jesus Cristo se solidarizou com os noivos, e prestou sua primeira consultoria, uma aula teórica e prática para os organizadores. Pediu para encher seis potes de pedras, que cabiam entre oitenta e cento e vinte litros de água cada um, mostrando assim a quantidade necessária para atender a todos convidados presentes.
Criar tumulto é fácil, deixe isto para os amadores, se pretende ter sucesso em seus projetos, convide alguém que verdadeiramente tenha conhecimento, pois quando surgir um problema ele saberá soluciona-lo.

Publicado em Administradores

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Limites: você sabe reconhecer os seus?


Por Ricardo Pereira(*)

Você conhece os seus limites? Ou espera que a vida te mostre quais são? Muitas vezes achamos que somos como o super homem ou a mulher maravilha e vamos acumulando tarefas e obrigações sem nos dar conta de que, sim, somos somente seres humanos.
Quando tudo está bem, é fácil fazer mais uma coisinha aqui, outra ali, e de repente, quando menos nos damos conta, o acúmulo destas coisas ficou tão grande que a vida não está mais equilibrada, e aí é hora de parar. Acredito que você já tenha passado por momentos assim, não é? E como descobriu que já havia ultrapassado os limites de um equilíbrio saudável?
Eu costumo fazer muita coisa ao mesmo tempo. Brinco que minha mente está sempre trabalhando e pensando em novas ideias e projetos. Também não gosto de ficar parada fisicamente. Volta e meia preciso sair, dar uma caminhada, fazer alguns exercícios. Gostaria de encontrar mais amigos, mas muitas vezes a correria impede. Porém, nos últimos dias, o excesso de atividades acabou me levando a parar de forma compulsória. Fiquei dois dias sem poder realizar muita coisa e isso me serviu para repensar o que estava fazendo de errado. A resposta: limites, ou melhor, a falta deles.
Na ânsia ou empolgação por realizar tantas atividades legais ao mesmo tempo, simplesmente esqueci de que sou apenas humana, e que, sim, muitas vezes é preciso parar e me adequar ao que posso fazer sem prejuizo ao meu equilíbrio físico e emocional. Tenhamos certeza de que se a gente não sabe impor limites a si mesmo, a vida o fará. E às vezes nem demora muito! Aliás, agradeça quando não demorar muito, porque aí dá mais tempo de acertar as pontas antes!

Parada compulsória
Quanta gente que trabalha feito louca, sem horas de descanso nem momentos de lazer com a família, de uma hora para a outra descobre que está doente e precisa parar compulsoriamente? Essas historias são super comuns. E depois, em geral, estas mesmas pessoas saem dessa fase mais equilibradas, dando mais valor à qualidade de vida, tempo livre e equílibrio em tudo que fazem?
Estes momentos também servem para nos mostrar que não somos insubstituíveis na maioria dos casos. Quando eu tinha minha agência de comunicação, alguns anos atrás, também aconteceu comigo. Cuidava de tantas coisas ao mesmo tempo e achava que não poderia parar. Mas aí tive que ficar quieta no meu canto por cerca de duas semanas por questões de saúde, e percebi que tudo continuou. Nessas horas sempre aparecem as melhores pessoas e a ajuda certeira para fazer a vida seguir. E aí resta olharmos de camarote, para que, de uma próxima vez, tenhamos a sabedoria de parar antes de ultrapassarmos os nossos limites, e a humildade de reconhecer que o mundo gira, mesmo quando estamos parados.

Dê limites para os outros também
Algo importante que costuma acontecer é que, em geral, pessoas que fazem muitas coisas ao mesmo tempo e assumem muitas responsabilidades para si, também acabam deixando a porta aberta para surgirem ainda mais coisas e responsabilidades em suas costas. É como se houvesse uma plaquinha em suas testas onde estaria escrito algo assim: “Pode deixar comigo. Eu dou conta de mais essa tarefa”. Só que não pode ser desta forma.
Muitas vezes aquela tarefa curta de meia hora que você topa fazer de última hora é exatamente a meia hora de descanso que você planejava ter, percebe? Portanto, é preciso dar limites para os outros também, saber dizer “não” sem culpa, ou simplesmente explicar que no momento não é possível, mas podem conversar de novo adiante. Tudo é uma questão de equilíbrio!
É claro que muito do que coloquei aqui depende da fase de vida em que estamos. Há momentos em que precisamos dar tudo de nós, fazer o melhor que pudermos para as coisas funcionarem bem. Se você está com um projeto novo e importante, se acabou de ter bebê, se está trabalhando e estudando para terminar logo a faculdade e ganhar mais… talvez sejam momentos onde provavelmente terá que ultrapassar um pouco os limites e se dedicar mais, dormir menos, deixar a balança pender um pouco mais de um lado do que de outro. Mas esse tipo de coisa não pode ser constante, percebe? É preciso que, após essa fase, exista uma outra de maior equilíbrio para recarregar as energias.
Espero que este artigo de hoje sirva para lembrá-lo que, apesar de às vezes não parecer, você precisa e merece um pouco de descanso também. E deve parar aquele momento necessário para refletir o que anda saindo do controle. Lembre-se que se não fizer isso voluntariamente, em algum momento a vida acaba lhe cobrando, portanto, alguns minutinhos para repensar e colocar a rotina em ordem parecem ser a fórmula mais adequada para conseguir os melhores resultados, concorda? Boa sorte e muito equilíbrio!

(*) Educador financeiro, palestrante, Sócio cofundador do Dinheirama e autor do livro "Dinheirama" (Blogbooks), trabalhou no Banco de Investimentos Credit Suisse. No Twitter: @RicardoPereira E no Linkedin: Ricardo Pereira

Publicado originalmente em Dinheirama

quarta-feira, 11 de julho de 2018

A lógica do servir


Rodolfo Garcia Montosa (*)

"Quem é o maior: o que está à mesa, ou o que serve? Não é o que está à mesa? Mas eu estou entre vocês como quem serve".
Com estas palavras, durante a última ceia narrada por Lucas (22:27), Jesus provoca todo o modelo mental reinante. A lógica em curso é que serve quem está "por baixo", e é servido aquele "mais importante". Não é a toa que este mundo funciona tão mal, tem tanta injustiça e tantas pessoas infelizes.
Jesus traz um ensino não somente com palavras, mas com sua própria vida. Ele é sério e muito determinado quando trata desse assunto de serviço. Sua palavra aos discípulos não soa como sugestiva, mas como ordem a ser cumprida. Como Ele é Senhor, pode ordenar. Ordena e manda com a autoridade de quem vive.
Mas, sendo bem franco, parece-me que a palavra do "mundo", que o maior deve ser servido, faz mais sentido. Pense comigo: Aquela pessoa que chegou naquela posição trabalhou, esforçou-se, destacou-se. Ela merece. Certo? Errado! Essa lógica é típica da natureza pecaminosa e decaída da humanidade. Faz parte de um pensamento egoísta e ensimesmado.
Conta-se de uma pessoa que se mudou para outro país. Este país era feito de pessoas muito generosas e educadas. Logo de início, um de seus novos colegas ofereceu-se para dar uma carona toda manhã. Chegavam cedo na empresa e seu amigo estacionava o carro bem longe da porta de entrada. Eram duas mil vagas no estacionamento. Demoravam algum tempo caminhando naquele grande estacionamento vazio. Nos primeiros dias ele não disse nada. Até que chegou um dia que perguntou: "Você tem lugar demarcado para estacionar aqui? Notei que chegamos bem cedo, o estacionamento sempre vazio, e você deixa o carro lá no final". Seu colega logo respondeu, simples assim: "é que chegamos cedo, então temos tempo de caminhar - quem chegar mais tarde já vai estar bem atrasado, melhor que fique mais perto da porta, você não acha?"
Essa pequena história traz luz de que existe uma grande lógica no princípio que Jesus ensinou. Imagine-se participando de um grupo de dez pessoas, sendo que todas as dez querem ser servidas. O que aconteceria? Algumas ou todas ficariam infelizes e insatisfeitas. Agora imagine que todas, sem exceção, decidissem servir umas às outras. Certamente todas ficariam felizes.
Essa é a lógica do servir: se todos servirem, todos serão servidos.
Não é difícil imaginar a revolução na sociedade se todos tivessem a atitude de servir o outro. O ensino de Jesus, portanto, é revolucionário. "Agora que vocês sabem estas coisas, felizes serão se as praticarem." (Jo 13:17).
Afinal, no Reino de Deus, quem não serve não serve!



(*) Graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP e Teologia pela FTSA, pós-graduado em Administração Financeira pela FGV-SP e MBA Executivo pela USP- SP. É diretor e fundador do Instituto Jetro. Foi colunista da Revista Igreja e da Revista Saber e Fé. Fez parte dos Conselhos da Editora Mundo Cristão, e atualmente faz parte da Missão Portas Abertas e da Fundação Eduardo Carlos Pereira. Pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Londrina e empresário no setor de serviços, sendo diretor presidente da BR Consórcios, empresa que administra diversas marcas de Consórcios no Brasil.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com