Ética e Liderança Cristã: 2012

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Líder: Criador de confusão ou conciliador


Oswaldo Luiz Gomes Jacob

Na vivência da Igreja temos percebido muitos líderes criadores de confusão em vez de conciliadores. É mais fácil usar de interesse pessoal do que trabalhar pela conciliação. Devemos nos expor para o bem do Corpo de Cristo. Tanto na denominação quanto na Igreja local temos essas duas classes de líderes.
Jesus não ensinou a confusão, mas a conciliação com base no amor fraterno, que vê o macro (visão mais ampla) e não o micro (visão apequenada). Que percebe o interesse maior em detrimento do interesse menor. Muitos líderes lutam por cargos e não por cargas. Eles não querem as cargas, mas sim os cargos que, muitas vezes, produzem desunião. São elementos maldosos, enganosos, egoístas e sem escrúpulos. É lamentável que no Reino de Deus tenha elementos desta espécie, que vivem na contramão da vontade de Deus criando um ambiente de desarmonia.

Líderes criadores de confusão
Os lideres criadores de confusão são megalomaníacos. Promovem a divisão da Igreja para atender seus próprios caprichos em função do seu personalismo. Eles não economizam atitudes e atos desonestos para conseguirem o seu intento. A sua filosofia é maquiavélica. Eles não estão preocupados com os meios utilizados desde que cheguem lá. Paulo os identificou em Filipos, pois eram inimigos da cruz de Cristo cujo deus era o ventre.
Os elementos que produzem divisão vivem com a corda na barriga e não no pescoço. Lutam pela liderança para o seu conforto pessoal. Eles são vaidosos, ditadores e gananciosos. Eles se utilizam de política baixa. São desonestos e aplicam golpes baixos. Não possuem ética. Não têm amor pelo próximo. O apóstolo João na sua Terceira Epístola, escrevendo a Gaio, líder da Igreja, se refere a um elemento que estava espalhando a discórdia.
O seu nome era Diótrefes. Olha o que velho apóstolo diz: "Escrevi à Igreja, mas Diótrefes, que gosta de ser líder entre eles, não nos recebe. Por isso, se eu vos visitar, trarei à memória as coisas que ele faz, proferindo palavras insensatas e maldosas contra nós. Como se isso não fosse o bastante, ele não recebe os irmãos, como também proíbe de fazê-lo os que querem recebe-los e ainda os exclui da Igreja. Amado, não imites o mal, mas sim o bem. Quem faz o bem é de Deus, mas quem faz o mal não viu a Deus" (vv.9-11). Este elemento está dentro do perfil do líder criador de caso, promotor da desunião ou discórdia.

Líderes conciliadores
Os lideres conciliadores são dóceis, amáveis e dialogam com maturidade. São excelentes interlocutores. Não permitem vaidades. São simples em sua expressão, sábios nas palavras e pródigos em fazer o bem. Eles procuram imitar Jesus. São íntegros, não admitem falar mal do próximo. Preservam a integridade das pessoas. São de confiança. Têm interesse em levar as cargas dos outros. Promovem a unidade, pelo Espírito, no vinculo da paz. São líderes que buscam uma comunicação eficiente visando a unidade do Corpo de Cristo. Não aceitam holofotes. Eles têm prazer em servir à semelhança do Mestre.
Não querem ser famosos, mas, sim, notórios. Desejam deixar um legado de amor, afetuosidade, diálogo, cuidado, trabalho duro, integridade e humildade. Eles não têm nenhum interesse em prejudicar quem quer que seja. São amigos na festa e no velório; na dor e no prazer. São pessoas solidárias. Buscam o interesse do outro. São especialistas em fazer pontes e não muros.
Trabalham para unir as pessoas e não separá-las. Eles têm o amor de Jesus; espírito intrépido e ousado de João Batista; a determinação evangelística de Paulo; a liderança forte de Tiago e a sinceridade de Pedro. Esses são líderes dos quais a Igreja precisa. Líderes que reconhecem seus erros, suas limitações e se humilham perante o Senhor que os perdoa e os usa em Cristo Jesus.
Que o Pai nos livre de líderes criadores de confusão, complicados e nos dê líderes comprometidos com a mensagem da cruz, em promover o amor fraternal e a união, bem como glorificar a Deus na sua liderança testemunhando o amor de Jesus ao mundo.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

O valor das metas no ministério cristão


Roberto Braz do Nascimento


Sonhar é preciso.
Sem sonhos começamos a morrer ou vivemos para cumprir os sonhos de outrem. No entanto, nas igrejas, muitos sonham alto mas não têm a mínima noção de como chegar ao sonho proposto no coração.

Deus sonhou em resgatar a humanidade e elaborou um plano para concretizar esse sonho maravilhoso. Com certeza, Deus pensou na maravilhosa bênção de voltar a ter o ser humano restaurado ao seu estado original, uma vez que o pecado tornou o homem um ser maldoso e distante do seu Criador. Mas Ele teve de idealizar uma estratégia para alcançar esse objetivo. A essa estratégia, que é um conjunto de ações e atitudes práticas e seqüenciais para alcançar o objetivo, chamamos de metas.

O ponto-chave para a realização de um ministério de sucesso passa necessariamente pela obtenção de uma visão clara e divina daquilo que queremos, pela encarnação dessa visão, tornando-a missão de vida, e pelo estabelecimento de metas para otimizar esta visão para não se perder na caminhada ministerial.

Um ministro do Evangelho precisa trabalhar dentro de uma visão clara. Todo líder precisa saber que a visão é o fundamento de toda tarefa em liderança. A visão exige ação e dedicação. Chamamos isso de missão. Contudo, sua visão de ministério não será realizada a não ser através de um ousado conjunto de metas.

Henry Kaiser disse: "Defina claramente o que você quer mais que qualquer outra coisa na vida; registre os meios pelos quais você pretende consegui-lo e não permita que nada, seja lá o que for, o impeça de alcançar essa meta." Na Bíblia encontramos exemplos claros de como Deus leva a sério esse assunto. A começar em Gênesis, nos deparamos com o chamado de Deus para Noé livrar a raça humana do extermínio.

Nesse episódio Deus revelou a Noé o seu plano de preservá-lo juntamente com sua família e, ao mesmo tempo, destruir a raça humana através do dilúvio. Veja que Deus deu a visão, que se tornou a missão de sua vida, mas a realização desta missão foi levada a cabo através de um plano de metas bem rígido e seqüencial estabelecido pelo próprio Deus, antes de qualquer coisa (Gn 6: 13-22).

Outro texto que me impressiona muito acerca desse assunto é o de 1Sm 15: 1-35. Nessa passagem, vemos Deus ordenando a Saul, rei de Israel, através de Samuel, a destruição dos amalequitas. Veja a ordem: "Vai, pois, pois agora, e fere a Amaleque, e destrói totalmente tudo o que tiver, e não lhe perdoes; porém matarás desde o homem até a mulher, desde os meninos até aos de peito, desde os bois até às ovelhas e desde os camelos até aos jumentos". 

Infelizmente Saul, ao invés de cumprir as metas de acordo com a visão que Deus lhe dera, fez do seu próprio jeito.
No primeiro texto vimos que Noé cumpriu as metas estabelecidas por Deus: construiu a arca, colocou os animais dentro dela literalmente como Deus lhe ordenara e teve seu nome eternizado como um líder fiel e vitorioso. Já no segundo exemplo, Saul não levou muito a sério a realização de sua tarefa ministerial de acordo com um plano de metas baseado na visão que Deus lhe dera, que era a de destruir completamente os amalequitas, e isso lhe custou o reinado e o seu nome passou para a história como um dos líderes bíblicos derrotados por infidelidade e incapacidade de dar conta da responsabilidade que recebera de Deus. Veja a importância das metas no ministério cristão.

As metas nos desafiam
Ninguém sobrevive sem desafios novos e interessantes. Desde a infância somos movidos por desafios: aprender a falar, andar, escrever, etc...

Na vida temos de estabelecer metas para alcançarmos nossos sonhos. Caso contrário, nossos sonhos acabarão se tornando pesadelos, uma vez que os sonhos não se realizam sem trabalho e esforço. Todo esforço e trabalho sem etapas mensuráveis não produzem os efeitos desejáveis. As metas podem produzir uma atmosfera propícia para suportarmos a espera de uma conquista.

Veja que Noé trabalhou mais de cem anos motivado pela salvação de sua vida e de sua família na construção da arca (Hb 11: 7). Jesus viveu como homem, mesmo sendo Deus, por 33 anos e meio, motivado pela salvação da humanidade (Fp 2:6-11). Leia esse texto. Cada ministro tem no reino de Deus uma missão, que é a de fazer outros discípulos, e deve desenvolver o ministério para o qual foi chamado dentro da visão recebida de Deus. Isso certamente nos desafia a estabelecer metas.

Jesus enfrentou a cruz porque essa era uma das metas estabelecidas em seu ministério. Foi um desafio grandioso, mas ele o fez, porque fazia parte de um todo que o levaria ao status de Salvador do mundo de acordo com o plano geral do Pai, que ele mesmo havia aceitado por amor do seu Santo Nome e também por amor à humanidade.

A realização de metas nos consolida como líderes (1Sm 15: 22)
Saul não foi consolidado como um rei de sucesso porque vacilou na hora de cumprir as metas estabelecidas por Deus através de seu líder espiritual que era Samuel. Cada pessoa que deseja tornar-se um líder de sucesso tem de cumprir suas metas na igreja.
Na vida, de um modo em geral, só conseguimos êxito quando alcançamos nossos alvos. Cada área da nossa vida tem de ser consolidada por metas alcançadas. Estabeleça suas metas na sua vida espiritual, familiar, material e pessoal e lute porque o seu sucesso depende de sua capacidade de perseguir as metas. Ouça o seu líder e seja fiel a ele. Não seja como Saul, que ignorou Samuel e fez as coisas do seu jeito.

A prática das metas treina nossa obediência: "Eis que o obedecer é melhor que do que o sacrificar."
Por causa do tempo em que vivemos no mundo sem Jesus, não estamos preparados para a obediência. Por isso as metas nos ajudam a treinar esse aspecto da nossa conduta diante de Deus. Sem obediência não alcançaremos êxito na vida.
A obediência aos pais, aos discipuladores, aos pastores e principalmente a Deus é indispensável. Temos de aprender a fazer as coisas do jeito de Deus. Não basta fazer! Há pessoas que acham que o importante é unicamente fazer, mas a Bíblia nos mostra que o importante é fazer como Deus deseja.

As metas curam o caráter, afiando nossas capacidades
As pessoas resistem às metas porque não são treinadas para receber ordens e não gostam disso. Sentem-se ofendidas, manipuladas e ameaçadas.

A visão que nos leva a uma missão e ao estabelecimento de metas despertará sonhos de ganhar vidas, de nos encontrarmos e de termos um ministério pautado em ações específicas que tragam resultados. Nosso medo das metas vem da referência negativa que temos na nossa tradição cristã baseada numa igreja onde o trabalho era feito por poucos e apreciado e criticado por muitos. Leia Hb 5: 8; Mt 9: 13; Ec 10: 10; 2Tm 2: 15.

As metas dão objetividade ao ministério
Um ministro não pode perder tempo com coisas supérfluas, nem tampouco perder tempo realizando aquilo que, embora seja bom, não faça parte da sua visão de ministério. Há muita coisa boa desenvolvida no mundo cristão, mas nem todas têm relação com a minha visão ministerial. E minha missão não é fazer tudo aquilo que é bom, mas aquilo que Deus preparou para mim. Nesse caso as metas nos ajudam muito porque elas nos tiram do ativismo e nos colocam nos trilhos da visão de Deus pra nós.

Jesus realizou seu ministério baseado numa visão clara revelada nos profetas. Encarnou sua missão de forma radical, mas com metas objetivas. Em Mc 1: 38 Jesus, que já havia curado muita gente no dia anterior, se recusa a ter sua agenda imposta pelo povo ou pelas circunstâncias daquele momento.

A multidão queria que Jesus continuasse por ali para curar os demais enfermos daquelas cercanias que estavam vindo até ele. Mas ele disse: "Vamos às aldeias vizinhas, para que ali eu também pregue, porque para isso vim." Isso deixa claro que o ministério cristão precisa de objetividade e não somente de ser preenchido com muitas atividades, por melhor ou mais interessantes que sejam.

Princípios para o estabelecimento de metas

1 - Mensurabilidade
Nunca se deve estabelecer uma meta que não possa ser medida. Exemplo: "minha meta é ganhar minha cidade para Jesus". Essa é uma visão, um sonho, e não uma meta. "Vamos treinar 500 líderes em 3 anos para evangelizar a cidade". Isso é uma meta mensurável. Cada meta é parte de todo um sistema de metas com a finalidade de cumprir a visão.

2 - Organização
Quando estabelecemos metas, somos forçados a organizá-las dentro de uma ordem de prioridades para que não haja conflito de metas ou duplicação de esforços. Sem organização é impossível alcançar sucesso. As pessoas envolvidas na visão de uma igreja ou ministério precisam saber o que elas devem fazer, como e quando.
O ministro cristão deve saber organizar-se e distribuir as tarefas de acordo com as aptidões, a visão em execução e os apelos da Palavra de Deus. Aprenda a separar as metas organizadamente: estilo de vida pessoal, atividades sociais, metas financeiras, metas de família, etc. Uma forma correta de organizar metas é escrevê-las e treinar as pessoas; no caso de metas pessoais, lê-las com freqüência e fazer avaliações periódicas.

3 - Separar as metas permanentes das temporais
As metas são muitas e precisamos aprender a separar as temporais das permanentes para não nos perdermos e ficarmos concentrados em um tipo só de meta, amargando o prejuízo da perda do foco ou visão. Exemplo: orar uma hora por dia deve ser uma meta permanente, porém evangelizar dois jovens no centro da cidade por semana não. A oração deve ser permanente: nunca devemos parar de orar; contudo evangelizar os jovens não.
As metas podem mudar, mesmo porque elas são muitas numa visão ministerial. Temos de estar atentos para modificarmos as metas assim que as situações exigirem.

4 - Realismo
Há muito exagero por aí. Os líderes nem sempre olham para a realidade que os cerca e isso é um perigo muito grande que pode render frustração e fracasso. Por exemplo: um seminarista de 2° ano num curso de 4 anos não pode estabelecer a meta de ser diretor do seminário em um ano. Mas, se ele estabelecer a meta de alcançar esse objetivo em 20 anos, isso fica mais realista. O ministério não suporta mágica. Ele é feito por homens e mulheres de visão, mas também por pessoas que sabem discernir seu potencial sem subestimá-lo nem superestimá-lo.

Conclusão
O desejo de Deus é que aprendamos a colocar em prática o propósito maravilhoso que ele tem para as nossas vidas através de metas mensuráveis e não vivamos por aí fazendo as coisas de qualquer jeito, sem organização. Lute e descubra o que Deus tem pra você e estabeleça como você vai fazer cada coisa e quando vai fazer.
O estabelecimento de metas é fruto de uma disciplina permanente. Não há como você elaborá-las de uma vez por todas. Seja um ministro de visão clara, apaixonado, a ponto de tornar sua visão na missão da sua vida. Seja capaz de estabelecer metas bem definidas e trabalhar focalizado nelas em todo o tempo.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com 

Antes de desistir


Rodolfo Montosa
“Mas a esperança volta quando penso no seguinte: O amor do Senhor Deus não se acaba, e a sua bondade não tem fim. Esse amor e essa bondade são novos todas as manhãs; e como é grande a fidelidade do Senhor! Deus é tudo o que tenho; por isso, confio nele.”
Lm 3.21 (NTLH)
 
Não existem estatísticas precisas, mas muitos pastores e líderes têm desistido do ministério, quer seja por causa do desânimo, pela dificuldade em obter resultados, pelas decepções com pessoas, ou pelo fascínio com outras coisas deste mundo. Sobre os que permaneceram firmes, arrisco-me afirmar que em algum momento pensaram em desistir pelos mesmos motivos. O que faz com que pessoas permaneçam e outras desistam?

A primeira característica evidente dos que permanecem firmes é uma profunda convicção de seu chamamento ao ministério. Mantém acesa a chama do primeiro amor ao Senhor e nunca deixam apagar de sua memória os momentos que marcaram esse chamamento. Renovam-se diariamente na presença do Senhor em seu momento devocional, deliciando-se na Palavra e socorrendo-se na oração. Sabem apreciar as grandes obras de Deus e ficam assombrados com o caráter do Senhor.

Outra característica notável nestes guerreiros é a capacidade de restringir suas expectativas e reconhecer os limites pessoais. Ao dosar melhor o que esperar, descansam na soberania de Deus. Se acontecer algo maravilhoso, reconhecem que foi a ação do Senhor. Caso o caos ao redor não apresenta melhoras, insistem na oração. Se a realidade de qualquer forma não mudar, mantém sua firme convicção que Deus tem seus propósitos, meios e tempos. Pode parecer certo conformismo, mas é mesmo. Afinal, sabem que Deus é Deus!
 
Percebo que muitos destes maratonistas no ministério adotam a prioridade de relacionamentos acima de tudo. Fazem amigos na caminhada. Tem sempre alguém com quem conversar, dar risadas, chorar, discutir, ou mesmo simplesmente ficar em silêncio.

Não são testemunhas isoladas das circunstâncias que os cercam, mas tem sempre algumas pessoas contando a história junto, pois viveram juntos. Respeitam, ouvem, mas também falam e são ouvidos. Muitas vezes são o instrumento de Deus para a visão exata para o momento, mas aceitam se a direção sair da boca do companheiro. São livres do desejo de serem proprietário das idéias.
Assim também aconteceu com o profeta Jeremias que estava a ponto de desistir de tudo e da própria vida. Contudo, ao invés de focar os problemas ao redor, as dificuldades nos relacionamentos, as frustrações do pouco resultado, o profeta conduziu seu coração ao que traz esperança. Faça isso também!


Revista Igreja (Número 25, pág 8)

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Modelo de liderança da Bíblia

Abraham Shapiro

Por sua influência real sobre o pensamento de toda a humanidade, a Bíblia é uma fonte de informações e prática sobre características de liderança.

Por que tantos grandes líderes hebreus foram pastores antes de se tornarem líderes?

David, filho de Jessé, segundo rei de Israel, pontua em um de seus Salmos a técnica que empregava na alimentação de seu rebanho. Os textos dizem que a compaixão que dedicava a cada ovelha conferiu-lhe aptidões para conduzir sua nação.

Moisés cuidava do rebanho do sogro quando uma cabra fugiu. Conta a tradição Judaica que ele a seguiu e encontrou-a bebendo água numa fonte. Aproximando-se com cuidado, disse: "Tua sede te fez fugir? Estás cansada. Sacia-te e eu te carregarei de volta. Cuidarei para que isso não ocorra mais".

Estes dois pastores, em especial, são exemplos de duas virtudes ímpares em liderança adquiridas junto aos seus rebanhos: compaixão e sensibilidade. Conheciam os hábitos e rotinas de cada um dos animais, e os tratavam individualmente. Seus maiores desafios? Os animais mais fracos.

O Judaísmo observa que o comportamento do grupo vem do topo. Numa obra chamada Zôhar, lê-se: "Os atos do líder são os atos da nação. Se o líder é justo, a nação também é. Se o líder é injusto, a nação também é injusta e será punida pelos pecados do líder". ‘Nação' aqui se aplica a qualquer grupo de pessoas, inclusive empresas. Veja como ilustração o que ocorreu aos funcionários da Arthur Andersen no episódio Enron. Foram "punidos" pelos "pecados" de seus líderes traduzidos na destruição de documentos e outros comportamentos ilegais de administradores.

Os funcionários da Enron também sofreram em decorrência das atividades ilegais e imorais dos seus líderes. Perderam empregos e, em muitos casos, as economias de toda a vida investidas em ações da empresa. Emocionalmente, a dor foi e continua sendo enorme para muitos. E o que dizer de acionistas externos, fornecedores e parceiros diretos e indiretos da empresa? Aí está o conceito de "nação" no texto citado.
Praticidade e eficácia - particularidades maravilhosas da Bíblia. Faz pensar. Especialmente diante da enxurrada diária de propostas de treinamentos e aperfeiçoamentos de líderes com experiências em florestas, rios, montanhas e outros desafios. Caça-níqueis? Valores astronômicos investidos em programas que só prometem e não cumprem. Cadê os líderes?

Em tempo de "períodos sabáticos" - novo modismo que permeia os altos escalões do mundo corporativo - melhor do que as injustificadas reciclagens, quase nunca diferentes de simples férias, fica a proposta de alguns meses pastoreando ovelhas e cabras. Este treinamento testado, aprovado e certificado por nada menos que as Escrituras Sagradas das três mais importantes religiões do planeta.

É isso. E a Bíblia tinha razão. Outra vez!

Líderes: raros como gemas preciosas. E porque não dizer: escassos como compassivos e sábios pastores de ovelhas!

Texto publicado no dia 22/03/2010 na coluna Profissão Atitude do Jornal de Londrina e cedido gentilmente pelo autor para o Instituto Jetro.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Confiando na Soberania de Deus

Joel Comiskey

O Senhor tem me mostrado ultimamente que eu devo fazer o meu melhor para servi-lo, e então deixar os resultados nas mãos dele. Posso escrever os melhores livros e divulgá-los usando minhas melhores habilidades, mas no final é ele que efetua a venda. Posso ministrar e pastorear com todo meu coração, mas no final tenho de deixar o crescimento da igreja nas mãos dele.
Muitas vezes começo a exigir que Deus faça o que eu quero que ele faça — especialmente na área de vendas e crescimento da igreja. Deus está me ensinando, no entanto, a confiar em sua soberania.
Há um ano aproximadamente, ministrei em uma igreja em células no Centro-Oeste. A igreja foi modelo de crescimento de igreja em células durante vários anos. Mas então estagnou. O pastor fundador sentia que deveria haver crescimento todos os anos e começou a pensar que havia fracassado.
Fiquei muito impressionado com a vida e entusiasmo na igreja, mas o pastor estava aborrecido consigo mesmo porque não se sentia bem-sucedido. “Pra mim chega”, ele me disse. “Simplesmente perdi o interesse. Talvez devesse fazer outra coisa.”
Preguei em sua igreja no domingo e fui encorajado pela obra de Deus ali. Mas, novamente o pastor começou a se autocondenar porque a igreja não crescia anualmente. Ele me disse que se sentia fracassado e que talvez fosse o momento de ele deixar a igreja. Eu o ouvi atentamente, mas de repente me peguei dizendo-lhe: “Quem traz o crescimento? Você faz bem muitas coisas, mas você tem um problema em confiar na soberania de Deus para trazer o crescimento à sua igreja. Você precisa aguentar firme até que aconteça”. Sua esposa, sabendo que eu havia acertado um nervo exposto, encorajou-o a ouvir com atenção.
Quando voltei para casa, ainda sentia o peso da conversa que tivemos. Por quê? Porque tantos de nós lutamos com o mesmo problema. Muitos pastores não perseveram o suficiente. Eles não confiam na mão soberana de Deus para trazer o crescimento e dar as consequentes vitórias. Eles desistem cedo demais.
Há um tempo em que Deus chama pastores e líderes para ir embora? Ah, sim. No entanto, mudar para fazer outra coisa quando nos sentimos fracassados não é o melhor a fazer. Meu conselho é perseverar. A bênção virá. Deus quer alcançar almas perdidas e fazer discípulos. E ele também quer usar você e eu nesse processo.
Descobri que liderar uma igreja frequentemente é mais o que Deus quer por meu intermédio do que outras coisas. Quando suas lições são completadas na minha própria vida, ele então traz os resultados desejados. Deus agirá, mas o fará no seu tempo.

JCG, Setembro 2009, Newsletter, www.joelcomiskeygroup.com


quarta-feira, 8 de agosto de 2012

E-church: Internet e Igreja 2.0

Renan Alencar de Carvalho

É inegável o impacto e transformação que a internet causou na sociedade. Os meios de negociação, trabalho e relacionamento mudaram, o e-comerce se tornou algo cotidiano, levando inclusive a diversas lojas deixarem de existir fisicamente para atuar apenas no mundo virtual.
As notícias e acontecimentos são divulgadas quase instantaneamente, não somente pelos canais de comunicação normal, mas por pessoas comuns que se tornam referência em um determinado assunto, o conhecimento é criado de forma colaborativa de diversas partes do mundo, e amplamente divulgadas através de redes sociais, blogs, foruns etc.
O próprio modo de relacionamento entre as pessoas mudou. Para muitas pessoas é mais comum conversar por redes sociais do que pessoalmente. O ensino a distância (EAD) aumentou consideravelmente, e existem até mesmo faculdades oferecendo curso de graduação pelo Facebook. Toda essa revolução é muito bem mostrada na séries de vídeos "Você sabia?" ("Did You Know?"), que pode ser encontrada no site do youtube.

A Internet e a Mobilidade
Toda essa mudança é alavancada pela rápida inovação tecnológica que passamos. Os meios de acessos e consumo de informação estão cada vez menores e portáteis, além de financeiramente mais acessíveis. As interfaces de uso estão cada vez mais intuitivas e mesmo pessoas com pouco conhecimento em informática são capazes de operar um tablet como o iPad®. De fato, o acesso ao ambiente virtual tem se tornado tão intuitivo e portátil que muitas vezes o mundo real e virtual se mesclam, e conceitos como realidade estendida (ou sexto sentido), ou presença remota se tornam cada vez mais comuns. Apenas como exemplo, existem robôs sendo vendidos para o mundo corporativo em que o funcionário manipula remotamente seu "avatar" da sua residência e interage com seus colegas de trabalho como se estivesse presente na empresa, participando de reuniões, debates, conversas no café etc.
Outro fator que influencia essa migração para mundo virtual são os crescentes problemas que os grandes centros urbanos geram, como violência e trânsito. A locomoção para estar fisicamente em um lugar tem se tornado cada vez mais complicada nos grandes centros. Em São Paulo, onde resido, é extremamente comum demorar entre 1 e 2 horas para fazer em horário de pico um trajeto que normalmente levaria de 10 a 20 minutos. Em épocas de chuvas e alagamentos, se torna inviável ir para alguns lugares da cidade, além da crescente violência, que inibem a circulação em determinados lugares e horários.

Oportunidades para a E-church (Igreja 2.0)
Todo esse contexto apresenta uma grande oportunidade para a igreja. Temos a oportunidade de romper a barreira física, e nos relacionarmos como igreja idenpendentemente do local ou distância que estejamos uns dos outros. Existem diversas possibilidades na expansão virtual, mas vou citar alguns benefícios imediatos:

Pregação - Podemos levar o evangelho de forma muito mais rápida e barata para muito mais pessoas ao redor do mundo, além de ser uma forma mais segura em países fechados para o evangelho. Outra vantagem é que podemos utilizar diversos recursos para complementar o que está sendo pregado, mapas, fotos etc.

Acessibilidade - Pessoas que estariam incapacitadas para estarem em um culto fisicamente (sejam por problemas de saúde, impossibilidade de locomoção ou qualquer outro motivo) poderiam participar junto com a igreja, cantando, louvando, orando e ouvindo da palavra do Senhor.

Ensino - Através das práticas de EAD, poderíamos educar e formar pessoas em diversas partes do mundo, ou mesmo ensinar para uma quantidade de pessoas muito superior ao que seria possível colocar em uma sala física. Jogos e realidade virtual - Apesar de ser um conceito relativamente novo, existe uma tendência para se utilizar jogos e mundos virtuais com o fim de educação, reunião e produção de conhecimento. Um exemplo disso é o CityOne, jogo lançado pela IBM para educar executivos e consultores sobre o seu programa Smarter Planet ("Um mundo mais inteligente"), e como aplicar as diversas ferramentas disponíveis pela empresa. Similarmente, poderíamos criar jogos educativos sobre a bíblia, valores éticos, princípios etc, atingindo principalmente o público infantil/adolescente.

Reuniões - Muitas vezes é preciso reunir pessoas para resolver determinados assuntos. Utilizando tecnologias de tele-presença, voip e outras tecnologias de comunicação, poderíamos resolver problemas com ações mais rápidas e precisas.

Aconselhamento - Muitos dos problemas que as pessoas passam poderiam ser atendidos por um conselheiro ou pastor via internet, seja por mensagens, ou por tele-presença. Isso representaria uma capacidade maior de atenção para mais pessoas, pois retira-se o tempo de transporte.

Não perder o foco: alcançar vidas
Antes de concluir esse post, gostaria de deixar claro que não estou propondo uma troca no nosso modo de se relacionar como igreja, e que a relação física deva ser deixado de lado. Pelo contrário, ainda não existe nada que substitua o "estar frente a frente". No entanto, não podemos descartar as oportunidades e benefícios que a tecnologia tem nos proporcionado. Vejo que ainda poucas igrejas têm investido algo nesse sentido, e engana-se quem pensa que somente as grandes igrejas conseguirão ter esse tipo de infraestrutura. Uma das poucas igrejas que conheço que disponibiliza seus cultos em tempo real via web, com a possibilidade de interação das pessoas, é uma igreja pequena.

Concluindo, vejo um futuro cheio de possibilidades e desafios pela frente, e como igreja, devemos nos preparar para aproveitá-los a favor do Reino. Não podemos ignorar as mudanças comportamentais que temos sofrido devido ao rápido avanço tecnológico, mas devemos entendê-los e aproveitá-los.
Espero que esse post tenha ajudado a você enxergar o investimento em tecnologias como o site da sua igreja como uma oportunidade de expansão do reino, e não como algo supérfluo. Incentive a sua igreja a utilizar redes sociais, fóruns, blogs, programas em Cloud Computing, faça do site de sua igreja um portal dinâmico e útil para as pessoas, invista em tecnologias de transmissão de vídeos ao vivo.
Tudo isto sem perder o foco que esse investimento é para alcançar vidas.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/

A espiritualidade do líder

Ednilson Correia de Abreu

O tema da espiritualidade está na moda. Se por um lado isso é positivo, por chamar a atenção do mundo para uma perspectiva muitas vezes ignorada, por outro, corre-se o risco de uma banalização e um desvirtuamento do tema. Mas, e para os líderes, que implicações o tema da espiritualidade tem?
Falar que o líder cristão precisa ser espiritual, é um truísmo. Não se pode ser um líder cristão e não ser espiritual. Como manter uma liderança cristã relevante sem manter um vital relacionamento com Cristo?
Não basta apenas ser líder, conhecer as técnicas e as estratégias mais modernas do mundo da liderança. O líder eficaz, antes de fazer, precisa ser, e ser espiritual. Muitos caem aqui. Começaram bem como líderes espirituais, mas no decorrer da jornada se tornaram apenas líderes, firmando-se apenas em suas habilidades gerenciais, eloqüência, personalidade, manipulações, etc.

Fatores geradores de problemas na espiritualidade do líder

Pragmatismo – Muitos líderes perderam o seu relacionamento vital com Deus por conta de um comprometimento radical com o pragmatismo. Como estratégias de sucesso, passaram a pautar seus atos pelos resultados, acabaram negociando valores antes inegociáveis. Os fins acabaram justificando os meios e com isso a perspectiva espiritual sadia foi para o espaço.
Competição com outros ministérios - Uma visão competitiva extrema pode produzir uma perda ou enfraquecimento da vivência espiritual do líder. É quando ele passa apenas a lutar pelo seu lugar no mercado, como se a sua própria sobrevivência ou dignidade humana dependesse disso. Líderes cristãos não são competidores entre si. Somos partes de um mesmo time.
Visão materialista do ministério - Quando um líder desenvolve uma visão materialista do ministério é um sinal forte de que a sua espiritualidade encontra-se extinta ou em vias disso. Quando o homem perde a visão espiritual da vida ele precisa substituí-la por outras realidades e a mais comum é o apego às coisas materiais e a aparente segurança que elas promovem.
Perda do cultivo de um relacionamento real com Deus - Creio que a raiz disso tudo está na perda de um relacionamento diário, real e equilibrado com Deus. Quando o líder se deixa enredar por uma rotina dura e fria e ignora a necessidade de se manter na presença do Senhor como um estilo de vida, isso terá um efeito decisivo sobre o seu poder e relevância.

Um caminho de prevenção e cura espiritual do líder

Lembre-se de quem você realmente é Todo líder cristão precisa se lembrar que é um cristão. Parece óbvio, mas o problema é que, por ser óbvio, acabamos nos esquecendo disso, e deixamos a rotina se instalar e achamos que funcionaremos em uma espécie de piloto automático. Isso não existe. Espiritualidade sadia requer ações proativas de nossa parte, o tempo não nos torna mais espirituais nem o fato de estarmos envolvidos em afazeres eclesiásticos ou para-eclesiásticos. Espiritualidade sadia é vida em Deus e com Deus.

Viva perto de Deus
Precisamos viver com Deus de verdade. Quanto mais perto de Deus estivermos, mais aptos estaremos para levar as pessoas sob a nossa influência para mais perto dele. A palavra profética de Miquéias nos chama atenção aqui quando diz: “O Senhor já nos mostrou o que é bom, ele já disse o que exige de nós. O que ele quer é que façamos o que é direito, que amemos uns aos outros com dedicação e que vivamos em humilde obediência ao nosso Deus. Miquéias 6.8 (NTLH)

O que gera a proximidade de Deus
Transformação pessoal ética – Um líder espiritual será um líder ético, cujo moral é ilibada e limpa diante dos homens e de Deus; cujo coração é levado a amar e perdoar como ele mesmo é amado e perdoado por Deus.

Sabedoria – Na luz do Senhor, veremos a luz para nos iluminar ao longo dos caminhos difíceis e das decisões do dia-a dia. A sabedoria verdadeira vem de Deus para nós.
Visão – Aliada à sabedoria, uma vida de proximidade de Deus produzirá visão, que é aquela capacidade de poder ver aquilo que a maioria não vê. Um líder que anda com Deus de verdade é capacitado e enxergar.
Consolo – Temos carências e limitações, enfrentamos tragédias e tristezas, como todo ser humano. A liderança não nos isenta de experiências dolorosas. Mas temos um Deus que prometeu caminhar conosco em todos os momentos, inclusive nos vales de lágrimas.
Paz – Liderar não é fácil e a todo instante algo tenta roubar a nossa paz, por isso, quanto mais próximo do Senhor estivermos, mais de sua paz receberemos.
Esperança – Sem esperança não podemos liderar. A esperança energiza os sonhos. Um líder que vive perto de Deus terá suas esperanças renovadas diariamente e assim seus sonhos serão renovados na mesma medida.
Encorajamento – Há dias em que parece que tudo está contra nós, que o Diabo jogou todas as suas armas em nossa direção. Mas uma vida próxima de Deus vai trazer encorajamento, Deus usará os seus meios maravilhosos para nos mostrar que ele está lá ao nosso lado para nos fortalecer.
Vitória espiritual – Um líder espiritual obterá vitórias espirituais e estas são as mais importantes da vida, pois elas fundamentarão todas as outras que podemos ter no trabalho, na família, nos relacionamentos e etc.

Concluindo, quero lembrar três coisas:

O mundo precisa de líderes espirituais
O mundo precisa de líderes com conteúdo espiritual verdadeiro, homens e mulheres que sejam referencias de vidas iluminadas pelo sobrenatural, marcadas por um poder transcendente que vem de um Deus que é capaz de usar vasos de barros, como nós, transformando-os em utensílios tremendos, cheios de graça e poder influenciador de vidas.

A sociedade está buscando um caminho espiritual
A sociedade está em busca de um caminho espiritual seguro e quem melhor do que os líderes deste tempo para apontarem este caminho?
Líderes espirituais, comprometidos seriamente com Deus e sua vontade na terra podem influenciar decisivamente a sociedade enferma em que vivemos hoje.

Jesus como o maior líder espiritual discipulou os seus liderados como homens espirituais
Portanto devemos seguir a mesma rota. Se há uma marca que precisamos deixar sobre os nossos liderados, esta precisa ser essencialmente espiritual. Eles precisam entender e ver em nós o poder de uma vida realmente comprometida em viver com Deus todos os dias.
Cuidado para que não ocorra em sua vida aquilo que Bill Hybels citou: “O ritmo no qual estou fazendo a obra de Deus está destruindo a obra de Deus em mim”. Ao contrário, Deus espera que a nossa liderança seja exercida em sua presença e que esta nos leve cada vez para mais perto dele, levando junto conosco aqueles que estão sob a nossa influência.
Que Deus nos abençoe assim.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com

quarta-feira, 11 de julho de 2012

20 erros cometidos em reuniões

Fernando Henrique da Silveira Neto

Existem erros que são sistematicamente cometidos, e que consomem vorazmente o tempo em reuniões, gerando frustração de expectativas, ou pior, conduzem a uma outra reunião! A lista de 20 desses erros, e algumas dicas de como podem ser evitados, é apresentada a seguir:

1) Compareça à reunião, mesmo sem conhecer previamente a agenda da mesma
Esta receita é excelente para quem quer ouvir o que não deseja. A reunião começa, discute-se o orçamento do novo projeto de marketing ou evangelismo, delibera-se sobre investimentos, fala-se do destino do prédio recém-adquirido, e no final você se levanta e diz para você mesmo: o que vim fazer aqui, se nenhum dos meus assuntos foi discutido?

2) Só comece a reunião quando todos chegarem
Esta receita penaliza aqueles que chegam sempre no horário, premiando os atrasados. O segredo contra os que atrasam é um só: comece a reunião no horário, com os presentes, e não volte a debater assuntos já vistos só porque alguém acabou de chegar.

3) A agenda é apenas uma orientação, não um dogma
Este é o melhor atalho para transformar a reunião de trabalho numa reunião social. O orçamento é interrompido pelo futebol, os investimentos para o próximo período são entrecortados por comentários sobre a ministração do último domingo, e finalmente chega-se ao final tendo-se discutido dez assuntos extras, mas deixando de lado um assunto muito importante, que certamente justificará outra reunião!

4) Minha memória é meu mais fiel colaborador
Não tomar notas e confiar exclusivamente na memória traz dois inconvenientes para você: uma sobrecarga para sua memória com números, datas e textos, e a responsabilidade de confiar exclusivamente nela, sem um só papel para conferir. Que tal escrever as decisões e pendências das reuniões no papel, guardando sua memória para quando ela for mais necessária?

5) Convoque uma reunião quando uma decisão envolver muitas pessoas
Os especialistas não recomendam reuniões com mais de 6 pessoas, pois isto aumenta as conversas paralelas, os assuntos não interessam a todos os presentes, as alçadas de decisão são diferentes. Talvez duas ou três reuniões menores tragam melhor resultado.

6) A reunião deve durar até o assunto ser esgotado
O que significa que se o assunto não se esgotar, a reunião não terminará! Toda reunião deve ter horários de início e fim, pois o prazo determinado exercita o processo de avaliação e decisão, produzindo reuniões mais organizadas e objetivas.

7) Não há regras a serem seguidas: as reuniões acontecem naturalmente
E acontece cada uma! Coloque uma bola num campo e apite: possivelmente alguém chutará, outro rebaterá com as mãos, outro estará procurando uma cesta e talvez outro sente na bola. Como qualquer evento, existem regras a serem seguidas.

8) Numa reunião, todos participam do início ao fim
Veja um jogo de vôlei: cada jogador entra e sai dependendo da contribuição que pode dar. Numa reunião também. Não há sentido em manter diversas pessoas sentadas por horas numa reunião, quando apenas poucos minutos são relevantes para elas. Permita, pois, que elas entrem e se ausentem tão logo tenham dado sua contribuição. Lembrete: a agenda deve ser muito bem feita para comportar estas participações de forma organizada.

9) Tudo discutido, reunião encerrada
Engano. Se uma reunião termina, uma ata da mesma deve resumir os tópicos discutidos: quem é responsável por quê, que prazo tem para realizar a tarefa, como será cobrado. Então sim, a reunião está encerrada.

10) Vamos decidir: convoque uma reunião!
Que tal pensar assim: vamos decidir - será mesmo necessária uma reunião? O ponto aqui é: desencoraje reuniões desnecessárias e mantenha as reuniões necessárias dentro de regras conhecidas, práticas e aceitas por todos. E, algumas vezes, tome decisões sem realizar reuniões. Colete os dados e opiniões separadamente, analise e decida: A reunião será necessária?

11) Convoque uma reunião, mesmo que você já tenha opinião formada e decisão tomada sobre o assunto
É claro que existem reuniões informativas, mas os participantes devem saber disso antecipadamente pois normalmente as reuniões de que participamos são decisórias, ou seja, os assuntos são discutidos e toma-se uma decisão durante a mesma.

12) O local não é importante, e sim o que será discutido
Vemos nos filmes estrangeiros os big-shots decidindo assuntos importantes à beira de uma piscina, e sabemos que alguns grandes negócios são realizados assim. No entanto, a realização da quase totalidade das reuniões eficazes nas organizações é altamente beneficiada se realizadas numa sala adequada, especialmente destinada a reuniões, com acesso controlado à porta, e sem telefones para interrupções.

13) Permita que as secretárias transfiram ligações para o local
Ou seja, realizar a reunião se as interrupções permitirem. Sabemos que o dia de trabalho é pontilhado de interrupções causadas por telefonemas. Se a sala tiver telefone, não permita a transferência e chamadas durante a reunião. Uma saída discreta para atender uma chamada urgente permite que a reunião continue sem interrupção.

14) Deixe sua secretária abrir a porta e anunciar para todos: Pr. João, Pr. Paulo chama no telefone!
Pronto: pausa para amenidades. Na realidade das empresas, embora pareça irreal, mais de metade de executivos consultados confessa que esse é o procedimento de suas secretárias, e na igreja ou ministério pode não ser diferente. A solução é bastante simples: ela deve ser instruída para entrar no recinto com um bilhete dizendo quem chama, qual é o assunto, apresentá-lo discretamente ao destinatário, e aguardar uma resposta. Ao atender o telefonema, a secretária deve sempre perguntar se o assunto é urgente, e explicar que a pessoa chamada encontra-se em reunião. Se aquele que chama decidir que mesmo assim precisa falar, então sim, ela leva o bilhete ao destinatário, a quem caberá decidir se atende ou não.

15) As conversas em paralelo devem ser feitas com bastante discrição
Melhor seria dizer: as conversas em paralelo não devem ser feitas, pois significam, no mínimo, uma indelicadeza para com os demais participantes. Se você está participando de uma reunião, todos têm interesse em ouvir o que você tem a dizer; portanto, dirigir-se a uma só pessoa cria uma reunião em paralelo dentro da reunião maior, o que poderá ocasionar atraso da mesma, dispersão e desinteresse dos demais participantes.

16) Uma agenda de convocação e uma ata final contribuem para mais papel e mais burocracia
É preciso acabar com a idéia de que qualquer papel adicional é aumento de burocracia. Concordamos que a maioria desses papéis realmente pouco ou nada contribui para o melhor desempenho da máquina administrativa, mas esse não é o caso de uma ata de reunião. Em verdade, uma ata concisa e bem feita, ao apontar o que foi decidido, quem é responsável e quando e como será cobrado, torna-se um instrumento de acompanhamento e controle, dispensando avisos e memorando de follow-up. É importante lembrar que modernamente a ata não é um longo discurso para papel, mas um impresso esquemático, a ser preenchido de forma clara e sintética.

17) Vamos comer um sanduíche e continuar a reunião, pois não vai dar para almoçar hoje
Resultado: indigestão administrativa! Seu relógio orgânico não deve ser penalizado só porque seu relógio profissional ou ministerial está em descompasso. Respeite o ciclo natural das coisas, e faça uma pausa para o almoço. Procure almoçar corretamente, sem exageros, e caminhe um pouco após a refeição. Seu corpo vai lhe agradecer e retribuir. E, durante o almoço, por favor: discuta temas amenos, deixando o prosseguimento da reunião para olocal adequado.

18) Se o pastor principal chamá-lo com urgência durante uma runião, diga a todos: Aguardem, volto já!
Quarenta e cinco minutos depois, quando todos já estão impacientes e irritados ("É sempre assim"), sua secretária entra e avisa que você vai demorar, e julgou que seria melhor liberar todos. Pense apenas isso: "O que teria cada um de meus subordinados produzido se eu os tivesse liberado logo que fui chamado?"

19) Reuniões não necessitam condução nem liderança. Afinal, são todos adultos e competentes
As orquestras e conjuntos também são compostos de adultos e profissionais bons e competentes, mas não dispensam a condução de um maestro ou líder para atingirem um melhor desempenho. E levam a vantagem sobre as reuniões, porque todos têm uma pauta à frente, já sabendo, portanto, o que vão executar até o final. A liderança numa reunião é um importante fator no bom desenrolar da mesma, pois o líder coordena, modera, busca consenso, enfim, age como um catalisador em busca do melhor resultado e da melhor decisão.

20) Temos cometido tantas falhas em reuniões que resolvemos acabar com elas de vez
Espere, nada de radicalismos. Porque está com dor de cabeça, você não a corta, mas busca as causas e procura saná-las. E a solução pode ser desde um analgésico até uma cirurgia. As reuniões existem porque têm valor para a gestão e a boa condução de suas atividades e projetos ministeriais.

Se suas reuniões não estão se realizando como você gostaria, que tal um seminário ou uma palestra para todos os líderes, obreiros ou membros que atuam com você no ministério, a respeito das boas práticas e condutas em reuniões?...

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/

terça-feira, 10 de julho de 2012

Casal acha R$ 20 mil na rua e devolve à PM


Polícia suspeita que dinheiro era de restaurante furtado; eles acharam malote após ouvirem alarme.
Um casal de moradores de rua achou na madrugada de ontem um malote com R$ 20 mil perto de um ponto de ônibus da Radial Leste, no Tatuapé (zona leste), e o entregou à polícia.
A quantia havia sido furtada de um restaurante das imediações. Ao encontrar com os moradores de rua e reaver seu dinheiro ontem, um dos donos do estabelecimento deu comida ao casal e ofereceu emprego a eles, o que foi logo aceito.
Um homem que os ameaçou de morte após os dois terem entregue o valor foi preso e será investigado pela Polícia Civil. Ainda não se sabe se ele era um dos criminosos que invadiu o restaurante e levou o dinheiro ou se ficou indignado com o fato dos dois terem devolvido a quantia.

Malote na árvore
O saco havia sido deixado debaixo de uma árvore por volta das 2h por um homem que passou a pé e foi embora, segundo a Secretaria de Segurança Pública. Momentos depois, o catador de produtos recicláveis Rejaniel de Jesus Silva Santos e a mulher, Sandra Regina Domingues, que moram há cerca de quatro meses embaixo do viaduto Azevedo, ouviram o barulho de um alarme. Ao ver o que havia ocorrido, eles encontraram o malote.
Santos pegou o saco com o dinheiro e parou um segurança que passava em uma moto. Ele pediu para que a PM (Polícia Militar) fosse avisada e viesse recuperar a quantia. A honestidade dos moradores de rua impressionou até os policiais que atenderam a ocorrência.
Santos ganha R$ 15 ao dia como catador de materiais recicláveis, segundo a "Folha de S.Paulo".
Ele abandonou o Maranhão para vir trabalhar com o irmão na construção civil, há 16 anos. Casou e teve filho, mas se separou e perdeu o emprego. Acabou indo morar nas ruas.
Ele disse que a única coisa que pensou ao ver a quantia foi no ensinamento de sua mãe. "Eu parei para pensar no que minha mãe falou para mim, para nunca roubar nada que é dos outros", disse, em entrevista ao "SPTV".


Após achar R$ 20 mil, casal sofre ameaças de criminosos
Após encontrar e devolver aos donos a quantia de R$ 20 mil, que havia sido levada em um assalto ao restaurante Hokkai Sushi, os catadores de lixo Rejaniel de Jesus Silva Santos, 36 anos, e Sandra Regina Domingues tiveram uma reviravolta em suas vidas, chegando a sofrer ameaças dos próprios criminosos.
Os dois, que dormiam embaixo do viaduto Carlos Ferraci, no Tatuapé, em São Paulo, acordaram com o som do alarme do estabelecimento na madrugada de segunda-feira e, ao olhar próximo a uma árvore, encontraram sacos com o dinheiro. A polícia acredita que os assaltantes tenham deixado o valor escondido com o intuito de retornar e pegar em outro momento.

"A primeira coisa que veio na minha cabeça foi avisar a polícia", afirmou Rejaniel.
Na manhã de ontem, o casal e representantes do restaurante se encontraram para o dinheiro ser devolvido. "Estamos muito agradecidos. Foi um ato de extrema humildade e honestidade que precisa ser valorizado", disse Daniel Uemura, um dos sócios do restaurante. Como agradecimento, o restaurante ofereceu duas opções aos moradores de rua: um curso de qualificação para trabalhar em uma das unidades da empresa ou passagens e ajuda financeira para o casal para se mudar para o Maranhão, onde vive a família de Santos, que ele não vê há 16 anos. Com as ameaças sofridas pelos dois, os empresários resolveram dar diárias em um hotel até que eles resolvam qual das ofertas aceitar.

Folha/Terra/Destak e outras agências de Notícias

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Liderando desde pequenininho



terça-feira, 3 de julho de 2012

O processo de formação de uma equipe

O Chamado de Mateus
Por Mauricio Dias da Silva

Leia o Evangelho de Marcos 2. 14-17.
Jesus formou a equipe mais importante já reunida. Ela foi instituida para continuar o trabalho de Cristo neste mundo (Atos dos Apóstolos 1.8-9).
O Evangelista Lucas registra a continuação dessa história no livro de Atos dos Apóstolos.
A igreja que conduziam espalhou-se de Jerusalém para todo o mundo ao longo de 2 mil anos de história.
O texto em estudo relata um evento aparentemente insignificante – o chamado de Mateus. Mas ao escolher Mateus, Jesus demonstrou dois princípios importantes para a formação de equipe.
Primeiro, ele recrutou pessoas especificas por razões especificas. As equipes são formadas por jogadores. Cada jogador tem sua posição. Espera-se deles que contribuam com algo bem-feito. O ideal é que trabalhem melhor que qualquer outro jogador da equipe.
Em segundo lugar, Jesus recrutou um jogador “estranho”. Começou com um grupo de galileus – trabalhadores, a maioria pescadores, todos com formação judaica. Então, inexplicavelmente, acrescentou Mateus ao grupo, um cobrador de impostos, um publicano odiado.
Jesus também escolheu Simão, o Zelote, que no espectro político, estava no extremo oposto de Mateus.
Jesus ensinou os membros de sua equipe a compreender, valorizar e amar uns aos outros. Jesus montou sua equipe em uma unidade bem ajustada. Mas eles foram recrutados com base nos pontos fortes de cada um.
Ele recrutou homens capazes de auxiliar os outros membros da equipe e de contribuir para os objetivos gerais do grupo.
As equipes, por natureza, exigem especialistas. E os especialistas muitas vezes diferem quanto à personalidade e à perspectiva.
Os membros da equipe combinam seus pontos fortes a fim de contribuir para o crescimento e a transformação do mundo à sua volta. Pode ser difícil treinar uma equipe muito diversificada. Mas treinar um Leão é mais emocionante que dar comida a peixinhos dourados.

Administradores

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Pastor: seu primeiro rebanho é a sua casa!



Oswaldo Luiz Gomes Jacob
Inicio esta reflexão lembrando o que Paulo ensinou ao jovem pastor Timóteo (1 Tm 3.2a;4,5) “É necessário que o bispo... governe bem a sua própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (pois, se alguém não sabe governar a própria casa, como cuidará da Igreja de Deus?)”.

A vida do pastor começa em casa. É no lar que ele tem ou não tem autoridade espiritual. Este é o calcanhar de Aquiles de muitos obreiros. Focam a Igreja e a comunidade em volta, bem como as amizades, mas se esquecem de duas coisas essenciais: a vida devocional e a vida familiar. Aqui estão os dois pilares da vida pastoral. O insucesso de muitos obreiros está ligado à falta de compromisso na intimidade com Deus e na família. Isto é muito sério. Deve haver sempre coerência entre a vida dentro e fora do lar, pois as pessoas estão de olho na vida do pastor.
Tedd Tripp, em seu artigo da Revista Fé para Hoje, nos ensina: “O lar é um microcosmo da igreja. As qualidades da vida espiritual que dão credibilidade ao pastor em casa fornecerão a mesma medida de confiança às pessoas que ele serve na Igreja... A vida familiar é a fornalha, na qual as características do pastor serão forjadas”. A nossa vida no lar é a medida da nossa autoridade. Como pastor, devo ser um líder espiritual em casa e na igreja, um marido e pai, bem como um protetor. A nossa espiritualidade definirá que tipo de líderes somos em casa e na igreja. Deus nos chamou à coerência de Cristo, o nosso Supremo Pastor.
O pastor que tem sua família bem estruturada é um homem que dá um excelente testemunho do evangelho de Cristo. Na contramão desta verdade, Eli, sacerdote em Israel, cuidava do sacerdócio, mas não foi enérgico com os seus filhos. “Eram, porém, os filhos de Eli filhos de Belial e não se importavam com o Senhor... Era, pois, mui grande o pecado destes moços perante o Senhor, porquanto eles desprezavam a oferta do Senhor” (1 Sm 2.12,17). A nossa casa é o primeiro templo onde devemos cultuar ao Senhor com todos da família. Se falhamos em casa, falhamos na igreja. Se não temos autoridade em casa, não a teremos na igreja. A qualidade do nosso ministério dependerá da nossa qualidade em casa. Se não somos enérgicos em casa, como seremos na Igreja? Se não levamos a sério a disciplina no lar, como será na igreja? Se não pastoreamos o nosso pequeno rebanho, como o faremos com o grande? É a lei de causa e efeito ! O lar deve ser sempre o fator que causa as mudanças relevantes na Igreja. Há uma retroalimentação aqui.
O Dr. Maybue (Redescobrindo o Ministério Pastoral, da Editora CPAD) cita um bestseller sobre o ministério pastoral que contém um capítulo intitulado ‘Alerta: O Ministério Pode Ser Uma Ameaça para Sua Família’. Por mais chocante que seja, o título reflete com precisão a realidade do ministério pastoral hoje. Uma pesquisa pastoral realizada há alguns anos, publicada em um jornal importante, descobriu as seguintes dificuldades significativas que produzem problemas conjugais nas famílias de pastores: 81% tempo insuficiente em conjunto; 71% uso do dinheiro; 70% nível de renda; 64% dificuldades de comunicação; 63% expectativas da congregação; 57% diferenças quanto ao lazer; 53% dificuldades na criação dos filhos; 46% problemas sexuais; 41% rancor do pastor com relação à esposa; 35% diferença quanto à carreira ministerial e 25% diferenças quanto à carreira da esposa.”
Esta pesquisa aponta para uma realidade pior nos dias de hoje. Aumenta sensivelmente as separações em nossas igrejas, inclusive de líderes. Uma série de fatores comprova esta triste realidade. Como líderes, não temos sido cuidadosos, prudentes na relação familiar. Não temos sabido conciliar os compromissos do lar com os demais. Sentimo-nos pressionados, muitas vezes, pela opinião pública. Deus, família e igreja são o trinômio fundamental na vida do homem de Deus. Richard L. Maybue nos alerta, dizendo o seguinte: “A única maneira de reverter o declínio geral da qualidade das famílias dos pastores é voltar aos princípios espirituais para o casamento e a família. Entendo que, quaisquer que sejam as pressões hoje vigentes, elas já tiveram equivalentes no passado e terão paralelos no futuro... Portanto, a família do pastor deve ser uma prioridade em sua vida”.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site www.institutojetro.com 

terça-feira, 29 de maio de 2012

Verbos poderosos: Bendizer

Rodolfo Garcia Montosa

Baseado no Salmo 103

"O que você diz pelo presente da titia?", orienta a mãe. "Obrigada, titia!' Satisfeita, a mãe finaliza: "Muito bem, filhinha". Desde pequenos somos ensinados e lembrados constantemente de que devemos reconhecer e agradecer os presentes recebidos. Parece que sofremos de um problema de percepção, insensibilidade, distração, ou esquecimento. Mesmo adultos, continuamos necessitando ser lembrados e relembrados aos modos da boa educação. Isso é mais forte ainda em nosso relacionamento com Deus.
No contexto do Salmo, bendizer é dizer bem de Deus. É louvar, glorificar, agradecer. Bendizer é dizer da bênção, do bem recebido, percebido, desfrutado, experimentado. No Antigo Testamento é uma palavra usada como expressão de reconhecimento e gratidão. E é isso que o salmista está lembrando, instruindo e ordenando a si mesmo: "Bendize, ó minha alma, ao SENHOR!"

100 bençãos por dia
Judeus devotos desenvolveram um hábito de relacionar e repetir pelo menos cem bênçãos todos os dias. Ao memorizar e recitar todos os dias, espera-se que tenham suas consciências dilatadas da presença generosa de Deus nas coisas mais comuns da vida. Pequenas coisas revelam em si um grande Deus. O Senhor se propôs ao papel de criar todas as coisas e nos beneficiar com sua criação. A nós cabe o papel de bendizê-lo por tudo.
Deus não tem qualquer problema de autoestima para precisar receber louvores. Não precisamos elogiá-lo para que ele se sinta bem. Ele é Deus, e ponto! Quando o bendizemos, estamos dando crédito onde o crédito é devido. Bendizer é, portanto, um ato de coerência e consciência.

Bendizer faz bem para a saúde
Como se isso não bastasse, bendizer faz bem a nós! Cientistas tem descoberto que a gratidão é o traço emocional com maiores probabilidades de favorecer a saúde física e a recuperação de um doente. "Um coração agradecido tem a possibilidade de ser um coração saudável", concluiu o pesquisador Robert A. Emmons depois de estudar o efeito da gratidão na superação do estresse e da hipertensão. Seus estudos comprovaram que o ato de agradecer melhora o sono, diminui a ansiedade e depressão.
Se bendizer faz bem, deixar de bendizer faz muito mal. Em certa ocasião (2 Crônicas 32.24-29), o rei Ezequias, mesmo tendo sido profundamente abençoado pelo Senhor, "não correspondeu aos benefícios que lhe foram feitos" deixando seu coração se exaltar. A consequência foi que adoeceu mortalmente. Não tinha seguido a orientação da Palavra de que não deveria deixar seu coração se elevar achando que foi pela sua força e poder do seu braço que teve suas conquistas na vida, esquecendo-se de que é o Senhor que dá força para adquirir riquezas (Deuteronômio 8.11-18). Quando, porém, "Ezequias se humilhou por se ter exaltado o seu coração", voltou a ter saúde plena e ainda realizou muitas obras na força do Senhor.
Segundo o Salmo 103, o que fazer então? Bendizer a Deus (v1). Quem deve bendizer? Todos e tudo. Que eu bendiga (v 1, 2), que vocês bendigam (20-22). Como bendizer? Com tudo o que há em mim (v1). Por que bendizer? Por todos os seus benefícios (v 2), pelas bênçãos pessoais (vv3-5) e pelas coletivas (vv 6-19). Onde bendizer? Em todos os lugares (v 22).
Comece com palavras simples. Aliás, que tal fazer o exercício de escrever no papel pelo menos cem bênçãos? Ao desenvolver esse hábito, prepare-se para os efeitos poderosos de conjugar o verbo bendizer ao Senhor.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/

terça-feira, 15 de maio de 2012

Verbos poderosos: Honrar

Rodolfo Garcia Montosa(*)

Verbo é uma palavra que exprime uma ação ou estado. Ele deve ser conjugado por todas as pessoas (eu, tu, ele...), em todos os tempos (passado, presente, futuro). Ser conjugado implica em dizer ser vivenciado, experimentado. Com esse conceito, damos início ao estudo de alguns verbos muito repetidos e enfatizados pela Bíblia. Verbos que, quando conjugados, trazem efeitos poderosos sobre nossas vidas.

Nosso verbo de hoje será: HONRAR. Segundo o dicionário, HONRAR é:

(lat honorare) vtd 1 Conferir honras a. vtd 2 Dignificar, distinguir, penhorar. vpr 3 Alcançar honra ou distinção. vtd 4 Exaltar, glorificar: Honrar a Deus. vpr 5 Exaltar-se, enobrecer-se, lisonjear-se, ufanar-se. vtd 6 Reverenciar, tratar com respeito, venerar. vtd 7 Não desmerecer de: Sempre honrou o nome de seus pais. Var: honorar. H. a firma de: aceitar ou pagar uma letra que outro não aceita ou não paga. H. a memória de: a) citar com louvor os feitos ou merecimentos de alguém; b) perpetuar, rememorar; c) celebrar algum ato solene em memória de alguém.

No Velho Testamento, a palavra honra literalmente significava "pesado". "Pesado" no sentido de valioso, caro, precioso. Como um metal nobre avaliado por seu peso. Honrar alguém é colocar um valor maior na pessoa que em qualquer outra coisa. O oposto aplica-se à desonra. Podemos, pelo o que falamos e a maneira que tratamos uma pessoa, comunicar a ela que ela é de pouco valor para nós; que as suas palavras e seus esforços tem "pouco peso" no nosso modo de ver.

Mas a quem devemos honrar?

1. Honre a Deus


Com lábios e coração | Isaías 29.13 O Senhor disse: Visto que este povo se aproxima de mim e com a sua boca e com os seus lábios me honra, mas o seu coração está longe de mim, e o seu temor para comigo consiste só em mandamentos de homens, que maquinalmente aprendeu,
Com exclusividade | Isaías 42.8 Eu sou o SENHOR, este é o meu nome; a minha glória, pois, não a darei a outrem, nem a minha honra, às imagens de escultura.
Com bens e primícias | Provérbios 3.9 Honra ao SENHOR com os teus bens e com as primícias de toda a tua renda;
Quando não honramos ... | Malaquias 2.2 Se o não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz o SENHOR dos Exércitos, enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei as vossas bênçãos; já as tenho amaldiçoado, porque vós não propondes isso no coração.
Quando honramos ... | João 12.26 Se alguém me serve, siga-me, e, onde eu estou, ali estará também o meu servo. E, se alguém me servir, o Pai o honrará.

2. Honre seu pai e mãe (sogro e sogra)

Com disposição de dar ouvidos | Provérbios 23.22 Ouve a teu pai, que te gerou, e não desprezes a tua mãe, quando vier a envelhecer.

Com disposição de obedecer | Colossenses 3.20 Filhos, em tudo obedecei a vossos pais; pois fazê-lo é grato diante do Senhor. | Efésios 6.1 | Filhos, obedecei a vossos pais no Senhor, pois isto é justo.

Com ações práticas | 1 Timóteo 5.4; 16 Mas, se alguma viúva tem filhos ou netos, que estes aprendam primeiro a exercer piedade para com a própria casa e a recompensar a seus progenitores; pois isto é aceitável diante de Deus. | Se algum crente tem viúvas em sua família, socorra-as, e não fique sobrecarregada a igreja, para que esta possa socorrer as que são verdadeiramente viúvas.

Quando não honramos nossos pais ... | Provérbios 19.26 O que maltrata a seu pai ou manda embora a sua mãe filho é que envergonha e desonra. | Êxodo 21.15 Quem ferir seu pai ou sua mãe será morto. | Êxodo 21.17 Quem amaldiçoar seu pai ou sua mãe será morto | Levítico 20.9 Se um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, será morto; amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue cairá sobre ele. | Deuteronômio 27.16 Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe. E todo o povo dirá: Amém! | Provérbios 20.20 A quem amaldiçoa a seu pai ou a sua mãe, apagar-se-lhe-á a lâmpada nas mais densas trevas. | Provérbios 30.17 Os olhos de quem zomba do pai ou de quem despreza a obediência à sua mãe, corvos no ribeiro os arrancarão e pelos pintãos da águia serão comidos. | Mateus 15.4 Porque Deus ordenou: Honra a teu pai e a tua mãe; e: Quem maldisser a seu pai ou a sua mãe seja punido de morte.

Quando honramos nossos pais ... | Êxodo 20.12 Honra teu pai e tua mãe, para que se prolonguem os teus dias na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. | Deuteronômio 5.16 Honra a teu pai e a tua mãe, como o SENHOR, teu Deus, te ordenou, para que se prolonguem os teus dias e para que te vá bem na terra que o SENHOR, teu Deus, te dá. | Efésios 6.2, 3 Honra a teu pai e a tua mãe (que é o primeiro mandamento com promessa), para que te vá bem, e sejas de longa vida sobre a terra.

3. Honre tantos outros:

A si próprio | 1 Tessalonicenses 4.4 que cada um de vós saiba possuir o próprio corpo em santificação e honra.

O Cônjuge | Hebreus 13.4 Digno de honra entre todos seja o matrimônio, bem como o leito sem mácula; porque Deus julgará os impuros e adúlteros.

Os mais velhos | Levítico 19.32 Diante das cãs te levantarás, e honrarás a presença do ancião, e temerás o teu Deus. Eu sou o SENHOR.

Os necessitados | 1 Timóteo 5.3 Honra as viúvas verdadeiramente viúvas.

Os irmãos na fé | Romanos 12.10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.

Os pastores | Hebreus 13.17 Obedecei aos vossos guias e sede submissos para com eles; pois velam por vossa alma, como quem deve prestar contas, para que façam isto com alegria e não gemendo; porque isto não aproveita a vós outros.

Conclusão:

Provérbios 25.27 ... procurar a própria honra não é honra.

Honrar deve ser um novo estilo de vida | 1 Pedro 2.17 Tratai todos com honra, amai os irmãos, temei a Deus, honrai o rei. Romanos 13.7 Pagai a todos o que lhes é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem respeito, respeito; a quem honra, honra.

(*)Graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP e Teologia pela FTSA, pós-graduado em Administração Financeira pela FGV-SP e MBA Executivo pela USP- SP. É diretor e fundador do Instituto Jetro. Colunista da Revista Igreja e da Revista Saber e Fé. Também faz parte dos Conselhos da Editora Mundo Cristão, da Missão Portas Abertas e de Fundação Eduardo Carlos Pereira. Pastor titular da Primeira Igreja Presbiteriana Independente de Londrina e empresário no setor de serviços, sendo diretor presidente do Consórcio União.

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/

quinta-feira, 3 de maio de 2012

10 verdades-chave para o casamento do líder

Izabel Rojo Santis

O casamento é o relacionamento mais básico e mais importante depois do relacionamento com Deus. Como conselheira tenho observado que líderes e pastores têm falhado nesta área de suas vidas, não cultivando de forma bíblica este relacionamento. Alguns se envolvem em adultérios, pornografias, desistindo de seus casamentos e ministérios por não aplicarem a Palavra de Deus, que tanto pregam às suas ovelhas, em suas próprias vidas. Muitas vezes o cuidar do próximo nos faz esquecer de quem está mais próximo ainda. Mas o amor de Deus insiste e continua a nos ensinar. Segue abaixo algumas verdades que acredito serem essenciais para um relacionamento cristão:

1 - Deus Tem Propósito Em Seu Casamento.
O casamento foi criado por Deus (Gn 1:26-28,31). Portanto o seu casamento é ideia de Deus . Ele o estabeleceu como relacionamento de aliança com seu cônjuge, debaixo de Sua autoridade (Pv 2:17; Ml 2:14) e o propósito de Deus para seu casamento é que: Sejam companheiros, tenham e criem filhos, desfrutem da união sexual, ajudem um ao outro a crescer em semelhança a Cristo, juntos sirvam aos outros em equipe ministerial e mostrem através deste relacionamento, a misteriosa união entre Deus e Seu povo.(Os 1-3; Is 54: 4-7; Ef 5:22-23).

2- Vocês Têm Papéis Definidos Por Deus: Liderança e Submissão (Ef 5:22-25)
A você marido foi dado ser o cabeça de seu casamento, como Cristo o é da Igreja e Sua liderança deve ser respeitada. E a Você esposa, ser submissa a seu marido, ajudando-o em sua liderança, dando-lhe todas as condições para que seu esposo lidere sua família.Vocês devem conhecer seus papéis e suas responsabilidades dados Por Deus, e assim, em obediência viverem. Não se esqueçam jamais: a desobediência de um não pode interferir na obediência do outro a Deus.(Rm 8:28,29; Mt 7:3-5; 5:3-12; Tg 1:1-12; 1Pe 1).

3- Vocês São Pecadores.
Vocês se casaram e continuam pecadores mas se esquecem deste fato muitas vezes e por isso acabam exigindo um do outro aquilo que você mesmo não conseguiria fazer. Por isso Jesus nos adverte em Mt 7:3-5 a primeiro tirar a trave de nosso olho antes de querer tirar o argueiro do olho do outro. Admitam que são pecadores e que não são perfeitos (cf 1 Jo1:8-10) mas que neste lar de pecadores há um Salvador que vive entre vocês, que os ama.

4-Sempre Haverá Conflitos\ Seja Um Pacificador
É preciso entender que no seu casamento sempre haverá conflito. Tg 4:1 nos fala sobre a razão principal do conflito, ele está em nossas vidas desde o Éden e é preciso que vocês conheçam o terreno em que estão pisando e como vocês podem reagir a eles: de forma bíblica ou não. Entendam e vejam que os conflitos são oportunidades que Deus nos dá para resolvermos nossos problemas nos submetendo a Ele e esperando nEle, também uma ferramenta de Deus para nos tornarmos mais parecidos com Jesus (Rm 8:28;28).Busquem a paz (Rm 12:18) em seu relacionamento, vise a glória de Deus, veja a trave no seu olho, mostre o erro a seu irmão, e se reconcilie com seu irmão.

5-Comunicação é Indispensável Nos Relacionamentos
"A comunicação é fundamental para um casamento centrado em Cristo, porque é o meio pelo qual marido e mulher, pais e filhos se estabelecem, crescem e se mantém". O apóstolo Paulo a descreve em Ef 4 a partir do vs 25, frisando sua necessidade como uma capacidade fundamental para o estabelecimento e a manutenção de relacionamentos sadios. Então, para que seu casamento seja verdadeiramente cristão e que vocês possam caminhar juntos é preciso fazê-lo com base na honestidade e verdade. Sejam sinceros em tudo.

6- Sejam Misericordiosos
"Sejam misericordiosos, como também é misericordioso o vosso pai do céu" (Lc 3:36). Como você vê sua esposa ou o seu esposo quando peca contra você? É preciso enxergá-lo(a) como Deus o(a) enxerga: com misericórdia. Éramos inimigos de Deus (Rm 5:10), mas Ele resolveu agir em nós com Seu amor - isso é misericórdia! Ela muda os relacionamentos, dá gosto, transforma o que, por causa do pecado, poderia ser amargo, em doce. É preciso dispensar misericórdia a cada dia para seu cônjuge assim como sobre você "as misericórdias do Senhor se renovam a cada manhã" (Lm 3:22,23). Deus nos deu a misericórdia para que ela seja compartilhada, e o casamento é o palco onde mais podemos expressar essa preciosidade da graça. Filhos de Deus tem Cristo como o centro de seu casamento. Ele é nosso modelo em tudo.

7- Ataque o Problema e Não a Pessoa
Muitos conflitos surgem e perduram por causa da falta de discernimento dos cônjuges em: ao invés de juntos detectarem e atacarem o problema que estão vivendo, eles se atacam (Ef 4:29). E usam palavras "torpes". As palavras "torpes" destroem um ao outro e jamais deveriam ser usadas. O cristão deve edificar o outro (Rm 14:19). Quando as palavras são dirigidas para o problema em vez de serem dirigidas contra a pessoa, as palavras a edificarão ajudando-a a resolver o problema. Portanto, ao invés de atacar seu cônjuge ataque o problema, enfrentando-o com soluções dadas por Deus.

8- Perdoem Um ao Outro
Só é capaz de perdoar aquele que entendeu o perdão que recebeu na cruz (Mt 18:23-35). Deus decidiu nos perdoar, cancelou nossa dívida, quebrou a barreira do pecado que havia entre nós e Ele, Seu perdão nos uniu depois que o pecado havia nos separado. Assim deve ser o seu perdão para com seu cônjuge. (Mt 7:12) O perdão é um ato deliberado de amor para com o outro. Vocês devem pensar no perdão como um conjunto de quatro promessas (extraídas do Livro: Os Conflitos no Lar e a Escolhas do Pacificador, pg 125):
Eu não pensarei mais sobre sua ofensa.
Eu não mencionarei mais a ofensa e não a usarei contra você.
Eu não falarei a outras pessoas sobre a ofensa.
Eu não permitirei que a ofensa fique entre você e eu ou que prejudique o nosso relacionamento pessoal.
Se arrependam, confessem, peçam e concedam perdão (1 Jo1:9) e, não se iludam, só o fazemos por meio da graça nos dada em Jesus. Ele é a provisão de Deus pra nossas vidas e relacionamentos.

9- Disciplinem Seus Filhos na admoestação do Senhor
Busquem a sabedoria de Deus ao ensinar e disciplinar seus filhos (Ef:1-4) e o façam no temor do Senhor. Respondam a seus filhos qualquer dúvida que possam ter em relação à fé; os ensine acerca de Deus (Cf Dt 6:7-9;2Tm 1:5; Tt 2:3-5) não somente no falar, mas em suas vidas, gastem tempo com seus filhos (principalmente os pais, pois é sobre o pai que Deus lançará responsabilidade pelo que acontecer no lar), sejam um testemunho vivo de Cristo em suas vidas; não provoquem sua ira (Ef 6:4;Cl 3:21); sejam compassivos. (1 Pedro 3:8)

10- Aprendam a Lidar com as Críticas
Por causa de nossos desejos idólatras da autojustificação, tememos as críticas e simplesmente perdemos a capacidade de ouvir e aprender por meio delas - principalmente se partem de nossos cônjuges. Mas a Bíblia nos ensina a prestar atenção nelas. O livro de Provérbios nos ensina "que ser ensinável, capaz e desejoso de receber a correção é a marca do sábio" (Pv 12:15: 13:10:17:10;13:13;9:9:15:32). Davi entendeu que havia benefício em aceitar a crítica (Sl 141:5) ele sabia que aceitá-las seria benignidade, benção e honra. A cruz me faz concordar com o juízo de Deus a meu respeito: se declaro ser um cristão concordo com tudo o que Deus diz sobre o meu pecado (Rm 3:10).Se você se reconhece como alguém já crucificado com Cristo e entende que a cruz é a maior crítica que poderia receber, e a recebeu, então você pode encarar a crítica de seu cônjuge, entendendo que a correção e o conselho que ouve são de Deus. Não tema a crítica, aceite-a como um presente para o seu crescimento. (Hb 12:5,6).
Façam críticas a vocês mesmos, do tipo: "Como reajo às críticas? Fico amuado quando sou criticado?..." Conversem sobre isso, peçam ao Senhor que lhe dê coração de sábio ao invés de tolo. Concentrem-se na crucificação de Cristo. Aprendam a dizer palavras que nutram um ao outro, para a glória de Deus.
Estes são alguns passos básicos para que todo líder (todo cristão) deve estar atento, embora lógicos percebemos em nossos aconselhamentos que tem sido negligenciados por muitos pastores e líderes cristãos. Que possamos nos submeter a Deus, buscando fazer a Sua vontade" que é boa agradável e perfeita" (Rm 12:2b). Sendo líderes amorosos, fiéis, que honram a Deus em todas as áreas de nossas vidas, e principalmente em nossa casa.
"Que governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia. Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus?" 1ª Timóteo 3:4-5

Reprodução Autorizada desde que mantida a integridade dos textos, mencionado o autor e o site http://www.institutojetro.com/

sábado, 17 de março de 2012

Hagnos lança livros com conteúdos para Igreja e a Liderança

Neste início de ano, a Editora Hagnos tem investido no lançamento de livros com conteúdos para a Igreja e para a liderança.
Dos lançamentos destacamos o livro PALAVRAS – O Poder da Comunicação na Pregação do Evangelho, obra assinada pelo experiente pastor e pregador John Piper em conjunto com o editor Justin Taylor é uma engenhosa apuração sobre a importância das palavras na vida e na propagação das Escrituras Sagradas. No livro, Seis autores mostram a perspectiva de Deus sobre as palavras: de relacionamento, de eloquência, de sarcasmo, palavras de histórias ou palavras de cânticos.
A narrativa do livro de Tiago já alertava para a força arrebatadora e inflamante das palavras e como a habilidade no seu manejo pode representar a opção pela vida ou pela morte. Por essas razões os autores debruçaram-se sobre diversos trechos das Escrituras Sagradas, numa jornada que percorre desde os conselhos de Provérbios até a triunfal encarnação do Verbo de Deus, em Jesus. Nada escapa ao olhar dos escritores, que com competência regem letras, sílabas, pontos e espaços e transformam em palavras pensamentos capazes de mudar a vida das pessoas.
Este livro oferece a oportunidade de refletir de maneira bíblica o uso que damos às palavras em diferentes situações comuns a todos os cristãos: com os filhos, no louvor, com os chefes e subordinados, como cônjuge, na rua e outros. Com a experiência de quem, como pastor, usa as palavras para propagar vida, esperança e louvor a Deus, John Piper (e coautores) elabora uma ferramenta indispensável, por meio desse livro, para qualquer pessoa que espera que suas palavras sejam edificantes e transformadoras.
O outro lançamento é Homens... além de churrasco e futebol, de autoria de Patrick Morley,David Delk e Brett Clemmer. Homens... não pretende ser um simples método pronto a resolver todas as agruras do ministério masculino com poucos passos. A ideia é estimular o discipulado. É apenas por esse caminho, defendem os autores, que se pode fortalecer a igreja local. “Um discípulo é alguém chamado para caminhar com Cristo, capacitado a viver como Cristo e enviado para trabalhar para Cristo”, afirma um dos trechos da obra. Nesse aspecto Homens além do Churrasco e Futebol serve como uma bússola para líderes e pastores que querem extrair dos homens de suas igrejas muito mais do que uma mera força de trabalho e sim homens de valor que transformem suas famílias e, como consequência, a sociedade.
Basta observar como muitos problemas sócioculturais (como a violência, evasão escolar ou gravidez precoce), se rastreados na origem, têm como início a falha masculina. No sistema prisional norte americano, por exemplo, onde o contingente é 93% masculino, 85% relatam a ausência paterna em suas experiências de vida. No Brasil, apesar da falta de dados estatísticos, é evidente também que a falta da figura do pai encurta o caminho dos filhos em direção às confusões na vida.
Para adquirir este e outros lançamentos da Editora Hagnos, ligue para: (11) 5668-5668 ou acesse o site da Hagnos: www.hagnos.com.br. Aproveite as promoções de lançamento.

Do Site Notícias Cristãs