Como avaliar a equipe?
Como avaliar a equipe? |
Publicado em 18/06/04 às 15:09 |
Por Lourenço Stelio Rega Misturando um pouco de teologia a princípios de liderança, estabelecemos quatro critérios úteis A avaliação se constitui um procedimento fundamental no processo de liderança em busca do aperfeiçoamento, seja da equipe, seja do cumprimento dos ideais da organização. A busca dos critérios para a avaliação de cada membro da equipe é o ideal, para que o líder não se perca olhando apenas para a amizade, necessidades pessoais de cada liderado, afeição e conseqüências quanto às atitudes de quem é avaliado e precisa ser recapacitado ou até mesmo substituído. Se o líder não avalia e assume a postura laissez-faire, "deixa estar para ver como fica", pode levar tudo a perder. Se for um "rigorosista", que pinça cada detalhe e "fica no pé" da equipe, torna o ambiente neurótico e insuportável. Além disso, entram em cena as atitudes dos liderados que poderão ficar numa cômoda posição, protegidos pelo seu cargo, enquanto a responsabilidade pelo sucesso acaba sendo lançada apenas sobre as costas do líder. Por isso mesmo, o melhor é estabelecer com a equipe, em primeiro lugar, a necessidade da avaliação periódica. Em segundo lugar, estabelecer, também com a equipe, os critérios que serão utilizados na avaliação e o que será feito após os resultados dela. Será preciso deixar claro que não deverá haver acomodação por parte de ninguém -líder e liderados. Se alguém não desejar atender os critérios, deverá também estar pronto a deixar a equipe. Misturando um pouco de teologia, ética e princípios de liderança, poderemos estabelecer pelo menos quatro critérios úteis para o processo de avaliação na equipe. Primeiro, temos a competência, que tem a ver com a capacidade em potencial que a pessoa tem para as suas funções. A pessoa está capacitada para saber como lidar com as situações envolvidas naquilo que vai executar? Temos também que considerar o desempenho, que é a competência na prática. Como a pessoa executa ou se envolve nas atividades que lhe são atribuídas. Como ela encara o seu trabalho, qual é o seu ânimo? Como ela está empenhada no sentido de participar na concretização da visão/missão da organização? Em seguida, temos a coerência, que tem a ver com a identificação da pessoa com os ideais cristãos. Ela é um modelo coerente de vida? Faz o que fala e fala o que faz e tudo isso é compatível com os ideais bíblicos de vida? Tem ela um caráter irrefutável? Como lida com a cultura do grupo, com alguma fofoca? Por fim, temos a lealdade, que tem a ver com a disposição da pessoa em se alinhar à missão/visão da organização e ao líder. Como o liderado encara uma decisão contrária à sua opinião? É uma pessoa que, se as coisas não forem como ela quer, procura gerar conspiração ou motim no grupo? É uma pessoa que diz "isso é coisa do chefe, eu não posso fazer nada"? Para dificuldades na competência e no desempenho, em geral um treinamento ou uma recapacitação ajudarão. Mas no caso da coerência e da lealdade, a situação é mais séria, pois poderá estar havendo desvio de conduta proveniente de uma desordem do caráter. A depender do grau de distúrbio na coerência e na lealdade, o caminho poderá ser doloroso, implicando a demissão do liderado, pois alguém com tal desvio de conduta poderá pôr tudo a perder. Além disso, como ter alguém na equipe em quem não se pode confiar? |
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